A produção de plantas duplo-haploides, via cultivo de anteras/micrósporos, tem sido amplamente utilizada há muitos anos para estudos de genética básica e aplicada, e como o método mais rápido para alcance da homozigose em programas de melhoramento. O emprego deste método vem sendo usado com relativo sucesso na criação de novas cultivares de cevada. Porém, alguns entraves ainda impedem sua aplicação em maior escala (genótipos recalcitrantes e o grande número de plantas albinas). Assim, este trabalho objetiva identificar, através do cultivo in vitro de anteras e de dados obtidos ao longo de 14 anos, genótipos mais responsivos ao método da androgênese. Para isso, foi feito um levantamento do número de plantas duplo-haploides produzidas entre os anos de 2005 a 2019 (com exceção de 2016), avaliando-se o número de plantas verdes obtidas por genótipo e por espiga. A variável analisada foi plantas verdes/espiga. Os resultados mais expressivos foram observados para os anos de 2013, seguido de 2012 e 2006, onde foi obtida uma média de 5,38; 3,14 e 2,0 plantas verdes por espiga, respectivamente. No entanto, ao analisarmos por genótipo, um único cruzamento (no ano de 2008), originado dos parentais (BRS Borema/PFC 2005129) rendeu o maior número de plantas verdes por espiga, totalizando 11,27 plantas. Tais informações são especialmente importantes na escolha de genótipos com alto potencial de regeneração in vitro, para que estes sejam preferencialmente incluídos nos blocos de cruzamento visando às futuras hibridizações.bitstream/item/222382/1/BolPesqDes-96-online2021.pd