A representação do povo no cinema português dos anos 60

Abstract

Mestrado em Línguas, Literaturas e CulturasNa luta ideológica entre a ditadura e as forças revolucionárias, o cinema português tornou-se em um dos seus principais campos de batalha. Após décadas de rigorosa censura, o cinema português estava estagnado e condenado a repetir o mesmo estilo de filme. No início dos anos 60, jovens e ambiciosos cineastas procuraram transformar o cinema português e apresentar um olhar franco à sua sociedade, imbuíndo as suas narrativas com mensagens politicamente carregadas contra o estado em que o país se encontrava. A resposta do regime foi de continuar produzindo os mesmos filmes, enquanto os realizadores do Novo Cinema, encorajados pela sua nova linguagem cinematográfica, se esforçaram para serem ainda mais políticos, usando o “povo” e sua representação como uma arma contra o Estado Novo.In the ideological battle between dictatorship and forces of change, the Portuguese cinema became one of its main battlegrounds. Through decades of strict censorship, the Portuguese cinema had become stagnant, doomed to repeat the same sorts of films. In the early 1960s, young and ambitious filmmakers sought to change the Portuguese cinema and present a frank look at their society, imbuing their narratives with politically-charged messages against the state the country faced itself. The regime’s answer was to keep producing the same films as it always had, while the filmmakers of the Novo Cinema, emboldened with their new cinematic language, strove to become even more political, using the ‘people’ and their representation as the weapon against the Estado Novo

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