Impacto do feedback visual da coluna cervical na intensidade da dor e amplitude de movimento em utentes com dor cervical

Abstract

Resumo: A dor cervical representa um problema de saúde individual, social e económico, a par de uma das principais causas de incapacidade da população ativa. O recurso ao feedback visual revela-se uma estratégia com resultados promissores em síndromes de dor crónica e em indivíduos saudáveis sujeitos a dor experimental; no entanto, a evidência disponível nesta área, relativamente, à dor cervical crónica idiopática é escassa. Objetivo: Avaliar o impacto do feedback visual, da região posterior da coluna cervical, na intensidade da dor, amplitude de movimento e aspetos psicossociais em utentes com dor cervical crónica idiopática. Métodos: Um total de 42 participantes, com idade média de 45,05±13,57 anos participaram neste estudo. Foi avaliada a dor (intensidade, localização, frequência, duração e incapacidade associada), amplitude de movimento da cervical e tempo necessário para a dor diminuir até ao nível basal após a intervenção. O medo do movimento, catastrofização da dor e ansiedade foram avaliados através da Tampa Scale of Kinesiophobia (13 itens), Inventário de Ansiedade Estado-Traço e Pain Catastrophizing Scale, respetivamente. Resultados: O feedback visual não teve um efeito positivo no que diz respeito à diminuição da intensidade da dor (p=0,729). Em contraste, o recurso a esta estratégia teve um efeito significativo na melhoria da amplitude de movimento, em cada um dos movimentos fisiológicos da cervical (p<0.05). Conclusão: Dez repetições ativas de cada um dos movimentos fisiológicos da cervical, com recurso a feedback visual, parece ter um impacto na amplitude de movimento mas não na intensidade da dorBackground: Cervical pain represents an individual, social and economic health problem, along with one of the main causes of disability, in the active population. The use of visual feedback is a strategy with promising results in chronic pain syndrome and in healthy individuals subject to experimental pain, however, the available evidence regarding chronic idiopathic cervical pain is scarce. Aim: To evaluate the impact of visual feedback, posterior cervical spine, pain intensity, range of motion and psychosocial aspects in patients with chronic idiopathic cervical pain. Métodos: A total of 42 participants, mean age of 45,05±13,57 participated in this study. It was evaluated the pain (intensity, location, frequency, duration and associated disability), range of motion of the neck, time required for the pain to decrease to the basal level after the intervention. Fear of movement, catastrophic pain and anxiety were evaluated through the Tampa Scale of Kinesiophobia (13 items), Inventário de Ansiedade Estado-Traço and Pain Catastrophizing Scale, respectively. Results: The visual feedback did not have a positive effect on the pain intensity (p=0,297). In contrast, visual feedback significantly improved range of motion of the cervical spine (p<0.05). Conclusion: Ten active repetitions of each of the physiological movements of the cervical, using visual feedback, appear to have a positive impact on range of motion, but not on pain intensityMestrado em Fisioterapi

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