Diante da atual crise da biodiversidade, exercícios que identificam grupos indicadores capazes de representar a diversidade como um todo tornaram-se imprescindíveis para a proposição de estratégias eficazes de conservação. Tais grupos ajudam a direcionar ações, reduzindo o tempo para as tomadas de decisão. Independentemente do grupo indicador utilizado, todas as estratégias de conservação atuais assentam-se sobre o arcabouço conceitual do planejamento sistemático da conservação, em que as seleções de áreas a serem conservadas devem obedecer ao critério da complementaridade. Ademais, as estratégias atuais devem levar em conta diferentes aspectos da biodiversidade (como diversidade funcional), além da riqueza de espécies. Neste artigo, revisamos e discutimos as diferentes aplicações do uso de grupos indicadores como atalho para a proposição de planos integrados de conservação. Apresentamos, ainda, sugestões práticas para a aplicação de grupos indicadores com vistas à conservação de diferentes aspectos da biodiversidade. Sustentado pelo conhecimento teórico, o uso de grupos indicadores fornece uma base científica fundamental para as tomadas de decisão no que concerne ao direcionamento de esforços para o estabelecimento de áreas visando a conservação da biodiversidade