Programa patrulha da saúde: indicadores de saúde em policiais rodoviários federais = Health’s Patrol Program: health indicators from federal highway policemen

Abstract

OBJETIVOS: Avaliar o perfil sociodemográfico, de saúde, nutricional, físico e funcional de policiais rodoviários federais participantes do Programa Patrulha da Saúde e avaliar a associação dessas características com idade e tempo de serviço. MÉTODOS: Estudo transversal com policiais rodoviários federais de Pelotas, Rio Grande do Sul, em setembro de 2015. Foram incluídos participantes do Programa Patrulha da Saúde que não estavam de férias ou licença. Aplicou-se questionário com informações sociodemográficas, nível de atividade física e sintomas osteomusculares. Foram aferidos dados antropométricos e nutricionais, pressão arterial e capacidades físicas e funcionais. As variáveis foram categorizadas por idade e tempo de serviço. Utilizaram-se os testes t independente e Qui-quadrado ou exato de Fisher para avaliar as associações. O nível de significância adotado foi p≤0,05. RESULTADOS: Dos 64 policiais da delegacia de Pelotas, 41 (64,1%), todos homens, foram incluídos no estudo. Houve percentuais superiores de casados, não fumantes, com pressão arterial normal e fisicamente ativos no lazer. Registraram-se as seguintes médias: índice de massa corporal 28,5±3,4 kg/m2 , circunferência da cintura 99,2±8,5 cm, gordura corporal 25,1±4,9%, flexibilidade 21,2±9,4 cm, força isométrica de preensão manual direita e esquerda respectivamente 47,4±6,2 kgf e 44,6±6,3 kgf e força isométrica de membros inferiores 127,1±20,8 kgf. O escore médio da avaliação funcional foi de 13,8±2,6 pontos (57% com ≤14 pontos). Os sintomas osteomusculares que mais se associaram a afastamento do trabalho foram localizados no joelho (22%) e lombar (14,6%). Policiais mais velhos exibiram piores valores para índice de massa corporal, circunferência de cintura e porcentagem de gordura corporal, e os mais antigos na corporação demonstraram maior circunferência de cintura CONCLUSÕES: Os policiais rodoviários federais participantes do Programa Patrulha da Saúde em Pelotas, mesmo declarando estarem fisicamente ativos, apresentaram frequentemente condições morfológicas e físicas inadequadas, assim como níveis de força e flexibilidade inferiores aos recomendados para essa população. Nesta amostra, a idade mais avançada e maior tempo de serviço na Polícia Rodoviária Federal estiveram associados a parâmetros morfológicos de alto risco para doenças cardiovasculares. Observou-se, também, que os PRF possuíam alto risco de lesões musculoesqueléticas e afastavam-se do trabalho principalmente por queixas osteomusculares nas regiões lombar e dos joelho

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