Formação de identidade docente, representações socioespaciais e autonomia universitária

Abstract

Este artigo tem como objetivo compreender e analisar, no contexto da docência, o movimento relacional existente entre formação de identidade e representação social do espaço. Para tanto, utiliza-se do caso da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), quando da declaração de inconstitucionalidade da lei complementar nº. 100/2007. A argumentação que permeia este estudo é a de que a formação identitária docente resulta de um processo movediço intrinsicamente associado com a apropriação sociocultural dos espaços. Com tal entendimento, buscou-se uma aproximação teórica entre as concepções de identidade docente e representação socioespacial, viabilizada pelo aprofundamento conceitual das categorias território, lugar e cultura. Como procedimentos metodológicos, além da revisão bibliográfica, adotou-se a pesquisa documental, a fim de apreender as narrativas e os discursos provenientes de fontes documentais (administrativas, jornalísticas e eletrônicas). A análise do conteúdo dessas fontes possibilitou uma melhor compreensão das produções de sentido ao contexto investigado. Dentre outras contribuições, o estudo demonstrou que, diante do constante “fazer-se” da identidade docente, o desvelar das ações estatais e a tomada de consciência do professor-sujeito sobre os processos relacionados a esse “fazer-se”, são imprescindíveis para uma formação identitária libertadora e, consequentemente, para a consolidação da universidade como um território/lugar cada vez mais próximo da sua missão genuína de instituição social

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