A exposição a cães e gatos como fatores de risco para sibilância em crianças em idade pré-escolar: são os seus efeitos modificados pela remoção?

Abstract

Objective: To define the relationship between current wheezing in preschoolers and exposure to dogs and cats at home, and to find out to what extent their removal modifies the associations.Methods: Previously validated questionnaires were completed by parents of 1784 preschoolers (mean age 4.08±0.8 years). Children were stratified according to the presence (20.0 %) or absence of wheezing in the previous year. Information regarding cat or dog exposure currently and during the first year of life was collected, as well as information about the removal of the pets.Results: A higher proportion of families owning a cat in the first year of the child’s life, as well as in the previous year, was found in the wheezing group. The proportion of families owning a dog was marginally higher in this group. Cat exposure was shown to be a significant risk factor when present in the first year of the child’s life (Adjusted Odds Ratio [aOR] 1.73, 95 % CI 1.04-2.88), and an even higher association was found with current exposure (aOR 2.00, 95 % CI 1.22-3.26). The association was highest (aOR 2.68, 95 % CI 1.32-5.44) among the wheezing group for the subset of families that had removed a cat from the home. Dog exposure did not appear to be a significant risk factor, neither during the first year of life (aOR 1.24, 95 % CI 0.88-1.76) nor with current ownership (aOR 1.04, 95 % CI 0.73-1.50). However, a significant association was found in the group that had removed a dog from the home (aOR 5.88, 95 % CI 2.62-13.17).Conclusions: Exposure to cat allergens is a risk factor for asthma, when exposure occurs during the first 12 months of life. However, this factor is of limited influence beyond the first year. It is likely that children who are prone to developing an allergy would benefit from control of environmental allergen exposure, including cat avoidance. Objetivo: Definir la relación entre sibilancias activas en niños en edad preescolar y su exposición a gatos y perros en el hogar, y mostrar hasta qué punto la retirada de los mismos modifica dicha asociación.Métodos: Los padres de 1784 niños en edad preescolar (media de edad 4,08 ± 0,8) cumplimentaron los cuestionarios que previamente habían sido validados. Se realizó una estratificación de los niños en función de la presencia (20 %) o ausencia de sibilancias en el último año. Se recogió la información relacionada con la exposición actual a gatos o perros y durante el primer año de vida, además de información respecto a la retirada de las mascotas.Resultados: En el grupo con sibilancias se encontró una mayor proporción de familias que durante el primer año de vida del niño tuvieron un gato en casa. La proporción de familias con perro era ligeramente más alta en dicho grupo. La exposición a gatos apareció como factor de riesgo significativo si el gato había estado presente en el hogar durante el primer año de vida del niño (Odds Ratio ajustada [aOR] 1,73, IC 95 % 1,04 – 2,88), y se encontró una asociación incluso más alta con la exposición actual (aOR 2, IC 95 % 1,22 – 3,26). La asociación más elevada (aOR 2,68, IC 95 % 1,32 – 5,44) se encontró en el subgrupo de familias que habían retirado el gato del hogar. La exposición a perros no se mostró como factor de riesgo significativo, ni durante el primer año de vida (aOR 1,24, IC 95 % 0,88 – 1,76), ni en el momento actual (aOR 1,04, IC 95 % 0,73 – 1,50). Sin embargo, en el grupo que había retirado el perro del hogar sí se encontró una asociación significativa (aOR 5,88, IC 95 % 2,62 – 13,17).Conclusiones: La exposición a los alergenos del gato es un factor de riesgo para el asma si dicha exposición tiene lugar en los primeros 12 meses de vida. Sin embargo este factor tiene una influencia limitada si ocurre más allá del primer año de vida. Es probable que los niños con tendencia a desarrollar alergias se beneficien del control de la exposición a alergenos medioambientales, incluyendo evitar los gatos.Objetivo: Definir a relação entre a sibilância em crianças em idade pré-escolar e a exposição doméstica a cães e gatos. Verificar até que ponto a remoção dos animais altera as associações.Metodologia: Um questionário previamente validado foi respondido por pais de 1784 crianças em idade pré-escolar (média de idade 4.08±0.8 anos). As crianças foram estratificadas relativamente à presença (20.0 %) ou ausência de sibilância no ano anterior. Foi recolhida informação sobre a exposição a cães e gatos, atualmente e no primeiro ano de vida, bem como, informação sobre a remoção desses animais domésticos.Resultados: A maior proporção de famílias que possuem um gato no primeiro ano de vida da criança, assim como no anterior ao estudo, foram encontradas no grupo de crianças com manifestações de sibilância. A proporção de famílias que possuem um cão foi ligeiramente superior neste grupo. Verificou-se que a exposição a gatos no primeiro ano de vida é um fator de risco significante (Odds Ration Ajustado [aOR] 1.73, 95 % CI 1.04-2.88), sendo a associação ainda mais forte para uma exposição atual (aOR 2.00, 95 % CI 1.22-3.26). No grupo de crianças com sibilância a associação foi maior (aOR 2.68, 95 % CI 1.32-5.44) entre o subgrupo de famílias que removeram o gato da habitação. A exposição a cães não pareceu ser um fator de risco significante, nem para a exposição no primeiro ano de vida (aOR 1.24, 95 % CI 0.88-1.76) nem para a exposição atual (aOR 1.04, 95 % CI 0.73-1.50). Contudo, foi encontrada uma associação significante no grupo que tinha retirado o cão da habitação (aOR 5.88, 95 % CI 2.62-13.17). Conclusões: A exposição a alergénicos de gatos é um fator de risco para a asma, quando a exposição ocorre durante o primeiro ano de vida. Contudo, esse fator é de influência limitada além do primeiro ano. É provável que as crianças que são propensas a desenvolver uma alergia beneficiem de um controlo da exposição ambiental a alergénicos, incluindo evitar o contato com gatos

    Similar works