O presente trabalho tem por objetivo analisar as inovações educacionais no cotidiano do Grupo Escolar Frei Miguelinho, situado na cidade do Natal-RN, nas primeiras décadas do século XX. O trabalho é orientado pelas discussões teóricas de Certeau (1994) sobre o cotidiano e Magalhães (2004) acerca das instituições escolares articuladas ao diálogo com as fontes escritas e iconográficas. Constatou-se que o professor Luiz Soares, que dirigiu o Grupo Escolar Frei Miguelinho por 54 anos, recorrendo às “maneiras de fazer” conseguiu transformar o grupo escolar do bairro do Alecrim em um espaço de educação que articulava o ensino regular às outras práticas educativas, tais como o escotismo, o ensino profissional e musical e o cinema educativo. As aulas do ensino primário ministradas no Grupo Escolar Frei Miguelinho e essas inovações educacionais se complementavam, pois o educador norte-rio-grandense almejava, por meio dessas práticas intervir na realidade social que circundava seus discípulos, tornando-os cidadãos educados, conscientes dos seus direitos e deveres e úteis à sociedade