Barraqueiras e heroínas: escritos feministas nas ruas de Porto Alegre

Abstract

Ao caminhar pelas ruas de Porto Alegre, nos deparamos com muitas mensagens voltadas às mulheres, falando sobre luta feminista, visibilidade lésbica, violência contra a mulher, empoderamento, entre outras. Essas palavras são pintadas, pichadas, coladas, estão nas paredes, muros, postes e prédios em um modo de fazer política que se mistura à arte urbana. Neste artigo, investigo sobre mulheres que utilizam o espaço urbano como uma tela para passar sua mensagem. Ao desviar da norma-padrão, em que o domínio do olhar e do espaço público é assumido como masculino, falo sobre a produção visual e artística de militância relacionada às questões de gênero e como isso se reflete na ocupação das ruas. A partir da observação e catalogação fotográfica das mensagens e de entrevistas com artistas, pesquiso sobre táticas do ativismo feminista relacionadas ao fazer artístico e à ocupação da cidade por corpos femininos.When walking through the streets of Porto Alegre, we face many messages directed to women, talking about feminism, lesbian visibility, violence against women, empowerment, among others. These words are painted, “pichadas”, glued, they are on walls, buildings, poles, in a way of doing politics that mixes with urban art. In this article I investigate women who use urban space as a canvas to spread their message. By diverting from the standard norm, where the domain of the gaze and the public space is assumed to be masculine, I talk about the visual and artistic production of militancy related to gender issues and how this is reflected in the occupation of the streets. From photographic observation and cataloging of messages and interviews with artists, I research on feminist activism tactics related to the act of producing art and occupation of the city by female bodies

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