'Centro de Estudos de Comunicacao e Sociedade, Universidade Minho'
Abstract
O artigo convida-nos a refletir sobre o modo como um grupo de 16 crianças e jovens, de quatro a 15 anos, moradores do antigo aterro sanitário do Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro, atua como agentes narradores das suas próprias histórias. A partir da análise das fotografias produzidas pelo grupo de participantes, o trabalho propõe-se perceber como representam visualmente as práticas sociais de consumo contemporâneo e o ambiente de descarte em que vivem. A fotografia participativa é a ferramenta de construção e reflexão crítica de significados que possibilita uma percepção crítica em torno do consumo, mas não da aquisição de bens como brinquedos, ambientes de brincadeiras e outros objetos através do método photovoice. A pesquisa se integra ao projeto de intervenção social “Olhares do Gramacho” que desenvolveu em novembro de 2018 um conjunto de oficinas e culminou numa exposição fotográfica no fim da ação.This article invites us to realize how a group of 16 children and young people, from four to 15 years, residents of the old landfill of Jardim Gramacho, in Rio de Janeiro, act as narrators of their own stories. Based on the analysis of the photographs produced by the group of participants, the article aims to understand how they visually represent contemporary social consumption practices and the disposal environment in which they live. The participatory photography is a tool for the construction and critical reflection of meanings that involve a critical perception around consumption, but not the acquisition of goods such as toys, play environments and other objects, through the photovoice method. The research is part of the project of social intervention “Olhares do Gramacho” that developed in November 2018 a set of workshops which culminated in a photographic exhibition at the end of the action