ÊXODO RURAL DOS JOVENS: a realidade de uma associação comunitária de assentados no município de JOÃO PINHEIRO - MG

Abstract

Introdução: Percebe-se que a vida na zona rural desde os primórdios é perpassada pelo sofrimento. Por várias gerações as terras foram cultivadas com mão de obra familiar, ou seja caracterizada com “Agricultura Familiar”. Sendo assim, desde cedo os filhos aprendiam a ajudar de alguma forma dentro da propriedade, tendo em vista que grande parte do seu sustento era retirado desta. Atualmente, com a evolução das técnicas e manejo no meio agropecuário percebe-se que a agricultura familiar já não é tão dependente da mão de obra familiar, sobretudo dos filhos, deste modo, surge um grave problema diante de assentamentos e pequenas propriedades, principalmente às agricultura familiar de subsistência: O ÊXODO RURAL JOVEM. Tais jovens buscam sair da propriedade que vivem sendo, inclusive incentivados pelos próprios pais a irem em busca de outra atividade, baseados nas experiências vivida pelos pais que relatam grande sofrimento na “roça” e não o querem para seus filhos. Objetivo: Apresentar os dados de uma Associação Comunitária de Produtores Rurais Assentados no Município de João Pinheiro-MG, onde nas fichas de visita comunitária os moradores jovens apresentaram algumas respostas dentre elas se tinham real interesse em permanecerem na zona rural, além de verificar na rotina da Associação através de observação as demandas desta. Metodologia: Pesquisa de abordagem qualitativa através de levantamento de dados em planilhas que não apresentavam dados pessoais, além de observação participante. Durante os meses de maio a julho de 2021 os jovens preencheram os questionários da atividade comunitária da associação e, dentre outras perguntas, foram questionados se tinham interesse em dar continuidade ao trabalho dos pais na agricultura familiar. Ressalta-se que a participação foi voluntária e foram analisadas as respostas de 10 jovens tanto masculinos quanto femininos, com idades de 13 a 25 anos. Considerações: Percebeu-se que no dia a dia da Associação Comunitária existe grande demanda para auxílios no geral, e que existe um envolvimento participativo do presidente de associação, cooperativas e mobilizadores que juntos contribuem  nas ações comunitárias de fixação dos jovens ao campo, dando-lhes subsídios para trabalharem com dignidade. Segundo dados coletados cerca de 30% permanecem no campo, o que é uma soma ínfima diante da quantidade jovens que deixaram o campo nos últimos anos. É nítida a importância da ação comunitária de apoio para que os jovens fiquem no campo, tendo em vista a importância da agricultura familiar para economia regional. Outro ponto é que grande parte dos moradores de comunidades rurais, atualmente, são pessoas aposentadas e que fornecem pouca ou nenhuma produção de mercado, tornando os assentamentos e comunidades improdutivas. A questão que fica pendente é quem irá produzir e gerenciar pequenas propriedades no futuro

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