Introdução: Nas últimas décadas, surge o conceito de família multiespécie, que significa incluir um animal de estimação na família, tornando-o membro dela. Diante disso, este animal passa a estar submetido à configuração da família que o adotou. Dentre as várias particularidades que compõem o ambiente familiar, sabe-se da violência doméstica, que na pandemia obteve um aumento de incidências. Este tipo de violência, pode afetar o animal de estimação, e até fazer dele um alvo para que se violente o cônjuge de alguma maneira. Objetivo: Verificar a relação entre os maus tratos aos animais e a violência doméstica, e também o papel do médico veterinário neste contexto. Metodologia: Foi realizada uma revisão literária exploratória nas bases de dados Scielo e Lilacs, com as palavras chave: “Violência doméstica”, “Maus tratos animais” e leituras que contemplam os temas de tipos de violência, direitos humanos e bem-estar animal. Considerações: A violência doméstica é entendida como aquela que causa algum tipo de dano a qualquer membro da família. Nesta pandemia provocada pela COVID-19, houve um aumento de casos com violência doméstica, incluindo os maus tratos aos animais. Observa-se também, que em alguns casos, o animal pode ser maltratado com o objetivo de atingir algum membro da família – o tutor dele. Neste ponto, entra o trabalho do médico veterinário, que pode constatar a violência desferida contra o animal e até investigar como é a organização no lar que ele reside. Por fim, o papel do médico veterinário nestes casos de maus tratos aos animais, é de investigação e denúncia, para que os agressores sejam penalizados, o que poderá impactar positivamente na redução da violência doméstica