'Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO'
Abstract
Autores: Pâmela de Paula Vicente, Fabiana de Abreu, Ana Carla Cavalcanti, Elaine Cortez.
Descritores: Insuficiência cardíaca; Saúde mental; Enfermagem
INTRODUÇÃO
A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma doença crônica que acomete cerca de 2% da população mundial, e em 2007 no Brasil, foi responsável pelo maior número de casos de internação no Sistema Único de Saúde (SUS) no total de internados por doença cardiovascular. Assim, a IC é hoje um dos maiores problemas em saúde pública, e um dos seus principais desafios é o de reduzir o número de pacientes portadores de IC que são internados sucessivas vezes por descompensação da doença, o que tem gerado elevados custos financeiros ao Sistema de Saúde, visto que o alto índice de reinternações pode ser causado por uma dificuldade do paciente em aderir corretamente à terapêutica implementada. Em vista disso, além do tratamento farmacológico, que a cada dia tem evoluído, o tratamento não-farmacológico tem demonstrado possuir uma importância cada vez maior, sendo comprovada a necessidade do enfermeiro atuando nesse cenário, já que o mesmo é quem detém o manejo das intervenções não-farmacológicas. Partindo do ponto de que o perfeito bem estar físico e mental de qualquer indivíduo depende de uma manutenção eficaz de sua saúde mental, esta última é um aspecto importante a ser considerado nos pacientes com IC, pois em muitos casos nos pacientes, está debilitada, desgastada e precisando de um suporte, pelo fato de serem pessoas que devem adquir hábitos novos, os quais muitas vezes são indesejáveis. Destaca-se que, a promoção da saúde mental tem como objetivo reestruturar uma condição mental e pessoal visando uma composição íntegra do paciente em entender o que se passa e o porquê, transpondo mais calma, tranqüilidade e segurança a quem se encontra em condições que não gostaria.
OBJETIVO
Sabendo que a promoção à saúde mental dos portadores de Insuficiência cardíaca crônica ainda é um aspecto do tratamento que tem sido negligenciado, percebendo a importância e um papel diferenciador desta promoção, este trabalho tem o objetivo de discutir a saúde mental do paciente com IC e refletir sobre a formação e o cuidado de enfermagem na perspectiva da promoção da saúde mental.
METODOLOGIA
A pesquisa foi exploratória, com abordagem qualitativa e realizada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados do BDENF e do LILACS. Realizou-se após a coleta dos dados a pré-leitura e a leitura seletiva seguindo os critérios estabelecidos de inclusão que foram: publicações nacionais, publicadas entre os anos 2000 e 2010 e que e que expressassem em seu conteúdo o tema abordado no objetivo deste trabalho. Desta feita, elegeu-se como bibliografia potencial dez(10) produções científicas. Após a seleção, realizou-se a análise temática, e emergiram duas categorias, são elas: o impacto biopsicossocial das mudanças no estilo de vida do paciente com insuficiência cardíaca; e reflexão sobre a formação e o cuidado de enfermagem tendo como foco a promoção da saúde mental.
RESULTADOS
Pode-se observar através dos resultados que a saúde mental tem um papel relevante na qualidade de vida das pessoas durante o processo saúde-doença, além de ser um fator crucial na avaliação do prognóstico do paciente, sendo um impacto importante que deve ser considerado. Constituem um desafio real não só para a formação, mas para a implementação do cuidado de enfermagem, a melhor compreensão e avaliação não só da qualidade de vida, como também, das variáveis psicossociais, como por exemplo, nos transtornos mentais que acometem esses pacientes e na indicação de um suporte social que tem se tornado um significativo determinante na evolução dos portadores de IC.
CONCLUSÃO
Conclui-se que há necessidade de mais estudos e medidas onde se possa avaliar no paciente com IC, o nível de sua saúde mental no qual abrange diversas variáveis tais como, qualidade de vida, ansiedade, depressão, medo, insegurança, dentre outros e incorporá-los na avaliação do paciente, na definição de tratamento, no cuidado prestado, e na avaliação da eficácia da terapêutica, a fim de interferir de forma positiva e eficaz na adaptação do paciente a sua nova condição de vida, e contribuir para a sua saúde de forma humanizada e integral, de forma a considerar a saúde mental como aspecto imprescindível para o sucesso do cuidado interal ao paciente com IC.
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