Monteiro, Roberto Luiz de Souza

Romeiro, Roberto Miranda

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  Seminário Anual de Pesquisa  2017 Faculdade SENAI CIMATEC  Programa de Pós-Graduação em Modelagem Computacional e Tecnologia Industrial Programa de Pós-Graduação em Gestão e Tecnologia Industrial III Workshop de Gestão, Tecnologia Industrial e Modelagem Computacional. ISSN online 2447-­9640   Tratamento de imagem para acionamentos de sistemas de comandos usando redes neurais  Roberto Miranda Romeiro (Mestrando - MCTI), romeiro@ymail.com;  Roberto Luiz de Souza Monteiro (Orientador - MCTI), roberto@souzamonteiro.com;  Faculdade SENAI CIMATEC    Palavras Chave: Redes Neurais, Imagem, Sistemas Complexos   Introdução O SENAI-BA tem como missão promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da indústria baiana. Como base institucional do SENAI-DN (diretoria nacional), em 1999, o Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI), foi criado com o intuito de desenvolver metodologia capaz de apoiar a inclusão de pessoas deficientes nos cursos e nos programas de educação profissional para a indústria (MANICA, 2010, p.14).  No Brasil, o DECRETO Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999 que regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Essa obrigatoriedade instituída pelo decreto 3.298, forçou as instituições de ensino a uma  adaptação e flexibilização curricular . Trazendo para a realidade de Feira de Santana, Bahia, os dados são demonstrados na Tabela 1 abaixo:  Tabela 1 - Número de deficientes visuais em Feira de Santana - Bahia  2014 Alguma dificuldade de enxergar 91.856 Grande dificuldade de enxergar 16.756 Não consegue enxergar de modo algum 7.645 TOTAL 116.257 Fonte: (IBGE, 2010) Adaptado: o autor  Mais de 20% da população de Feira de Santana possui alguma deficiência visual. A visão consegue estabelecer uma aproximação do indivíduo com o meio o que desperta a curiosidade para seu aprendizado. Desenvolver técnicas, recursos e novas tecnologias em ambientes adaptados são meios de aproximar o deficiente visual a sua realidade.  A motivação deste projeto surgiu com a realização do curso sobre Grafia Braile em Operações Matemáticas, ministrado pelo SENAI SP - Departamento Regional de São Paulo e da observação de deficientes visuais em ambientes educacionais não adaptados para interagir com esses alunos.  Assim como toda regra gramatical, o braile possui suas características o que pode, a primeiro momento, causar certo impacto no seu entendimento.  Ocorre que, com a obrigatoriedade da inclusão de portadores de necessidades especiais nos ambientes escolares e os cursos de licenciatura, em sua maioria, prepararem o professor apenas na linguagem de sinais  LIBRAS , o aprendizado no código braile requer uma busca do professor em institutos de atendimento ao deficiente visual. Essa capacitação apenas prepara o professor para adaptar o ambiente, as formas de como lidar com esse novo aluno e em poucos casos, meios de demostrar alguma realidade física por meio do toque.  Neste viés de trabalho, o projeto baseia-se que, na impossibilidade de aprendizado do professor na grafia braile, ele poderá então, ministrar suas aulas    de forma clara e objetiva tendo como seu aliado ao dispositivo.   Métodos e Resultados parciais As redes neurais artificiais (RNA´s) são modelos computacionais para solucionar algum tipo de problema de inteligência artificial. De acordo com ma rede neural artificial é um dispositivo computacional que consiste em muitas unidades conectadas simples (neurônios) que funcionam em paralelo . Nessas redes, existem simulações que também podem incluir comportamentos cerebrais, ou seja, aprender com o tempo, errando e fazendo descobertas ao passo que o sistema evolui. Essas técnicas computacionais são modelos inspirados nas estruturas neurais de organismos inteligentes e que ganham conhecimentos através das experiências do sistema. Podem ser criadas redes neurais artificiais com centenas ou milhares de unidades de processamentos de acordo com a sua aplicação. Muitos dos modelos de redes neurais devem possuir algum tipo de regra, onde haverão pesos de suas conexões e ajustados de acordo com os padrões que se deseja apresentar.  Esses modelos de RNA´s ainda são pouco utilizados em ambientes educacionais e uma proposta é utilizá-lo para interpretar imagens que possuam letras e gráficos. Essas letras e gráficos poderão ser utilizados para transcrição no formato braile que possibilitará a inclusão destes em ambientes educacionais tradicionais sem se quer conhecimento do braile pelo professor. O sistema computacional que será desenvolvido terá a aplicação de RNA´s onde o mesmo fará uma leitura de uma imagem alfanumérica e este interpretará codificando em linguagem braile. Essa linguagem braile emitirá uma mensagem para um micro controlador que fará sua leitura e assim, acenderá os LED´s que corresponderão ao sistema de codificação braile. Esse protótipo que simulará uma mesa com pinos para leitura em braile, a principio, contará com 3000 LED´s dispostos em linhas e colunas com suas respectivas celas que farão a simulação da escrita.  Este protótipo de simulação da mesa braile será desenvolvido pelos alunos do curso técnico em mecatrônica do SENAI CIMATEC         Figura 02  Sistema de representação da escrita braile em LED´s Fonte: O Autor  O sistema será desenvolvido pelo autor com a utilização do software guará script que enviará ao protótipo informações para o acionamento dos LED´s de acordo com a representação Braile.  Conclusões Este trabalho deverá demonstrar a aplicabilidade de sistemas computacionais para a melhor acessibilidade de alunos com deficiência visual em ambientes educacionais que promovam a interação professor-aluno onde o professor não necessitará conhecer o sistema de codificação braile para suas aulas.  O projeto de construção do protótipo da mesa já foi encaminhado para a turma de mecatrônica do SENAI CIMATEC onde está prevista a entrega do projeto de construção em novembro de 2016. Para Março de 2017, está previsto a entrega do protótipo para utilização e construção do modelo computacional que será agregado ao sistema para funcionamento pleno.   Referências  BRASIL, Distrito Federal. Decreto-lei nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta Lei, n. 7.853, 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htm>.  FERREIRA, C. Designing neural networks using gene expression programming. In: Applied Soft Computing Technologies: The Challenge of Complexity. Springer Berlin Heidelberg, 2006. p. 517-535.  IBGE, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo 2010. Resolução CNE/CEB nº 2 de 11 de setembro de 2001, 2010. Disponível em:<ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Caracteristicas_Gerais_Religiao_Deficiencia/caracteristicas_religiao_deficiencia.pdf>.  MANICA, Loni Elisete. A educação profissional especial: uma experiência de sucesso no SENAI do Brasil. Ações Inclusivas na educação profissional do SENAI, p. 14 23, 2010.  

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