Abstract

Introdução: Automedicação em crianças é uma prática pouco conhecida no Nordeste do Brasil. Objetivo: Estimar a prevalênciae fatores associados à automedicação em menores de cinco anos. Métodos: Estudo transversal, de base populacional, comamostragem probabilística mínima de 960 crianças, no Maranhão. Foram entrevistadas 1.214 mães em domicílio e a automedicaçãoe as classes de medicamentos foram associadas as variáveis independentes, distribuídas em cinco níveis hierárquicos.Resultados: A automedicação ocorreu em 34,7% das crianças, sendo 10% com antibiótico/psicotrópico. Tiveram maior chancede automedicação filhos de beneficiários (OR= 1,56; IC95%=1,13-2,15), de mães que realizaram menos de cinco consultas prénataisno Sistema Único de Saúde (OR= 1,58; IC95%=1,17-2,14), sem adoecimento três meses antes à pesquisa (OR= 2,05;IC95%=1,45-2,89) e sem plano de saúde (OR= 1,25; IC95%=1,13-2,15). O uso de antibiótico/psicotrópico foi mais frequente emcrianças cujas mães realizaram consultas pré-natais no Sistema Único de Saúde (OR= 0,69; IC95%=0,50-0,95), sem histórico deconsulta médica atual (OR= 0,16; IC95%=0,08-0,33) e sem plano de saúde (OR= 3,78; IC95%=1,45-9,81). Conclusões: A prevalênciade automedicação e o uso de antibióticos e/ou psicotrópicos foi elevada. Tiveram maior chances de automedicação filhosde famílias de menor renda, que receberam benefício social, residentes em área urbana, sem plano de saúde e cujas mães fizeramcinco ou menos consultas pré-natais.Palavras-chave: Automedicação. Antibacterianos. Psicotrópicos. Criança. Sistemas de Saúde

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