Objetivo: Avaliar os hábitos e os comportamentos alimentares, bem como o estado nutricional de adolescentes, ingressos em um colégio de aplicação que residem em um município sem os familiares. Método: Avaliou-se em 2018, pela aplicação de questionário semiestruturado, os hábitos e comportamentos alimentares de adolescentes ingressos em um colégio, e classificou-se o estado nutricional, segundo a proposta da Organização Mundial da Saúde (2007). Este estudo advém de um projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa, com número de parecer 1.852.326. Resultados: Participaram 103 adolescentes, 51,6% (n=56) do sexo feminino, com mediana de idade de 15,6 anos. 91,3% (n=96) não eram nativos de Viçosa, 81,6% (n=84) residiam na cidade a menos de um ano e 68,0% (n=70) moravam sem os familiares. Em relação ao risco cardiometabólico, 6,8% (n=7) do total apresentaram risco, entre eles, 71,4% (n=5) residiam sem familiares. Dos que moravam sem os pais, 90,0% (n=63) estavam eutróficos, 7,1% (n=5) com excesso de peso e 2,9% (n=2) com baixo peso. Quanto ao comportamento alimentar, dos que passaram a residir em Viçosa sem os familiares, 37,1% (n=26) reduziram o número de refeições e destes 84,6% (n=22) omitiram algum lanche, principalmente o lanche da tarde, além do consumo elevado de alimentos ultraprocessados. Conclusão: Identificou-se comportamento alimentar inadequado dos que residem sem os familiares, pela omissão de refeições e pelo elevado consumo de ultraprocessados, sendo necessárias ações de educação alimentar e nutricional com estes adolescentes para promoção da saúde