Permanência de dente canino decíduo em gato-do-mato-pequeno (Leopardus guttulus)

Abstract

Malformações dentárias são comuns em mamíferos silvestres, entretanto, são pouco documentadas na literatura científica. Nesse sentido, o conhecimento das condições patológicas dentárias em espécies de vida livre é fundamental para a medicina veterinária, permitindo o diagnóstico e tratamento destas enfermidades. O objetivo deste estudo foi relatar a persistência de dente canino decíduo em gato-do-mato-pequeno (Leopardus guttulus), doado pela polícia militar ambiental ao Laboratório de Zoologia do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar, Maringá, Paraná, Brasil. Analisou-se o crânio de um felino macho (comprimento da face: 2 cm; comprimento do crânio: 6,3cm; comprimento total do crânio: 7,5cm; largura da face: 4,5cm; largura do crânio: 5,3 cm). Observando a dentição e discretas fusões de suturas cranianas, foi estimado que era um animal juvenil. O espécime apresentou persistência dos dentes caninos decíduos maxilares direito e esquerdo, localizados caudalmente aos caninos permanentes. Ambos os caninos decíduos mandibulares apresentaram uma fenda na coroa, que não se estendeu à região da raiz dentária. Os caninos decíduos e permanentes maxilares direito e esquerdo ocupavam o mesmo alvéolo. Os pré-molares decíduos maxilares estavam projetados, mas não os mandibulares, assim como os molares maxilares e mandibulares. Devido à falta de informações sobre a idade em que os dentes decíduos esfoliam e os definitivos sofrem erupção em L. guttulus e em outras espécies brasileiras, estudos devem ser conduzidos em filhotes mantidos em cativeiro, visando avaliar enfermidades orais e dentais e como estas se manifestam em felinos silvestres

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