A Tríplice Fronteira e a Guerra ao Terror: dinâmicas de constituição da ameaça terrorista no Cone Sul

Abstract

Os atentados terroristas ocorridos no dia 11 de setembro de 2001 contra a sede do Pentágono (Washington) e as Torres Gêmeas do World Trade Center (Nova York) são considerados por muitos autores como o mais importante marco histórico do início do século XXI (Chomsky, 2002). Talvez nenhum outro evento tenha tido repercussões tão amplas e decisivas sobre a política mundial contemporânea desde o colapso da URSS e o conseqüente fim da Guerra Fria dez anos antes, em 1991. Os atentados significaram um momento de inflexão tanto na história dos EUA quanto da própria ordem mundial (Booth & Dunne, 2002). No que tange à história norte-americana, foi a primeira vez em quase dois séculos que o território norte-americano foi atacado diretamente por um inimigo externo. Somente os eventos que ficaram conhecidos como a Segunda Guerra de Independência, ocorridos entre 1812 e 1815, impuseram traumas físicos, materiais e simbólicos próximos àqueles dos atentados de 2001. No que se refere ao plano internacional, ao atingir os principais símbolos do poderio econômico e militar da maior potência mundial, os militantes da rede al-Qaeda impuseram um fim dramático à “América Inviolável” (Pecequilo, 2003) e contribuíram decisivamente para a consolida consolidação do então emergente unilateralismo norte-americano (Santoro, 2004). O dia, poderia se dizer, marca o fim de uma era (Booth & Dunne, 2002)

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