Elementos para a construção de uma cooperação Brasil-Índia: inovação tecnológica e comércio internacional

Abstract

A aceleração do processo de mudança na produção de ciência e tecnologia, com a difusão de inovações radicais, tem sugerido a um grupo significativo de autores que estamos numa fase de passagem para uma era de informação e conhecimento, evidente, sobretudo, nos países que comandam e dão o ritmo da economia mundial (Lundvall, 2001, Cassiolato, 1999, Albagli, 1999, OCDE, 1992). Este complexo processo tem suscitado múltiplas interpretações, enfeixadas no termo globalização, que, malgrado a compreensão polissêmica, tem algumas características fortes já estabelecidas: em primeiro lugar, que se trata de uma nova fase de internacionalização do capital, iniciada nos anos 80 e resultante de políticas de liberalização e de desregulamentação do comércio mundial, das relações de trabalho e das finanças, sob a hegemonia do capital financeiro. Sob esse regime, tendem a crescer o desemprego mundial e a precarização do trabalho, bem como aumentam as desigualdades entre países, no nível da renda e das condições de existência (Chesnais, 2004). Em segundo lugar, embora o setor produtivo não mais conduza o processo, têm papel destacado as grandes corporações multinacionais, quer pelo ritmo acelerado de oligopolização e de concorrência, quer pela capilaridade e presença mundial, dominando praticamente as complexas relações que envolvem a ciência e a tecnologia

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