Klein, Iasmin

Pereira, Aline Vianna

Portuguese

Lume 5.8

ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA JUNTO AO AMBULATORIOFDG/HCPACoordenador: MAIRA ROZENFELD OLCHIKSemanalmente ocorre na zona 08 do Hospital de Clínicas de Porto Alegre(HCPA) o ambulatório Fonoaudiologia Adulto Degenerativo (FDG), ligadoao serviço de neurologia. Neste ambulatório, estudantes do curso defonoaudiologia têm a oportunidade de aprofundar seus conhecimentossobre avaliação fonoaudiológica nas áreas de deglutição (disfagia), fala(disartria) e cognição, de pacientes oriundos do setor de Neurologia domesmo hospital. Além disso, o ambulatório FDG também possibilita aaprendizagem de manejos voltados a reabilitação e gerenciamentofonoaudiológico de pacientes com doenças neurológicas, tais comoDoença de Parkinson (DP), Acidentes Vascular Cerebrais (AVC), AtaxiasEspinocerebelares (SCA). Por perceber a necessidade comum adiferentes perfis de pacientes de trabalhar com as questões relacionadasa inteligibilidade de fala (disartria), propôs-se a um grupo de 8 pacientes(3 destes com diagnóstico de Doença de Machado-Joseph e 5 comdiagnóstico de DP) uma nova possibilidade de terapia ambulatorial: aterapia em grupo. Inicialmente, realizou-se uma gravação de fala comamostras guiadas e espontâneas de todos os participantes do grupoatravés do programa Audacity com utilização de um microfone acoplado aredutor de ruído. Além disso, realizou-se a aplicação do questionárioRadboud Oral Inventory Motor for Parkinson´s disease (ROMP) e doprotocolo de Avaliação dos Distúrbios Adquiridos de Fala em Indivíduoscom Doença de Parkinson (PADAF) para quantificar a auto-percepçãodas alterações de fala e suas repercussões cotidianas e o grau dedisartria. Posterior a isso, elaborou-se um cronograma de atividades deconsistia em: 4 sessões (semanais) seguidas de terapia guiada;regravação das amostras de fala guiadas e espontâneas e reaplicação doprotocolo ROMP na 5ª semana; 2 sessões (quinzenais) de terapia;reaplicação dos protocolos ROMP e PADAF e regravação de fala. Asquatro primeiras semanas de terapia foram segmentadas para quefossem abordados os temas a) bases motoras da fala afetadas nadisartria, b) estratégias facilitadoras para minimizar os efeitos dasalterações de fala, c) exercícios voltados a respiração, fonação earticulação e d) troca de vivências relacionadas à disartria. Acreditamosque essa troca de vivências e estratégias entre pacientes e graduandos,a fim de melhorar a comunicação verbal, resulte também numa melhorada auto-percepção, por parte dos pacientes, das dificuldades de fala decada um, uma vez que perceber-se e a suas dificuldades a partir dapercepção da dificuldade do outro parece trazer uma novas perceptivadas alterações de fala nestes pacientes. Do ponto de vista dos pacientestem sido interessante pois é uma abordagem em que os proprios pares,ou seja, os pacientes se auxiliam, sendo o terapeuta apenas ummediador. Do ponto de vista dos extensionistas, tem sido um grandeaprendizado, permite uma vivencia que junta o ensino e a extensao,dando mais embasamento pratico.

ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA JUNTO AO AMBULATORIO FDG/HCPA

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/215864/1/Resumo_41398.pdf

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