Gomes, Leandro Peratz

Guerreiro, Raquel de Oliveira

Sebastião, Francyne Padilha

Silva, Mateus Victória da

Viegas, Edília da Silva

Portuguese

Lume 5.8

ACOLHIMENTO À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE VIOLAÇÃO DEDIREITOS HUMANOS POR ORIENTAÇÃO SEXUAL, GÊNERO ERAÇA/ETNIA/2018-2019Coordenador: RAQUEL DA SILVA SILVEIRAO tema da deficiência ganha maior corporeidade no cotidiano dauniversidade a partir da política de ações afirmativas em 2018. Oaumento da presença desses/as estudantes tensiona a relação teoria eprática, pois as demandas desses corpos desafiam a norma dauniversalidade. Esta atividade de extensão surgiu a partir do ingresso deum estudante cotista PCD (Pessoa Com Deficiência física) no curso depsicologia, e, posteriormente com a adesão de uma doutoranda comdeficiência motora. A possibilidade desse encontro entre pessoas com esem deficiências nos fez perceber a importância de se estudar e atuar natemática da deficiência, a qual ainda é pouco abordada na academia. Anossa proposta de trabalho em extensão, que proporciona ao/à estudantea saída dos espaços da univers idade para exper ienciar  seusconhecimentos em troca de saberes com a comunidade, é promoverespaços de estudo e discussão sobre o capacitismo numa perspectivainterseccional. O capacitismo se define como a hierarquização de corposem função de sua capacidade funcional, o que produz discriminação epermanente violação de direitos às pessoas com deficiência. Ou seja, aconcepção capacitista coloca as pessoas com deficiência ou as quepossuem corpos defeituosos ou faltantes enquanto incapazes, uma vezque fogem do padrão de normalidade e não se encaixam na lógicaprodutivista das sociedades capitalistas. Assim, criamos um grupo deestudos sobre a temática da deficiência situando-a junto a outrosmarcadores sociais, como raça e etnia, sexualidade e gênero, classessociais, colocando-a em termos de opressão social. Através dametodologia da Educação Popular de Paulo Freire e de bell hooks,buscamos estender o debate para fora do meio acadêmico por meio derodas de conversas com estudantes, profissionais e pessoas dascomunidades. Também realizamos ações com crianças através da leiturade histórias infantis em escolas e creches em que  os/as personagensprincipais são pessoas com deficiência. Outra atividade realizada é omapeamento das escolas especiais e escolas com acessibilidade(escolas públicas, de ensino fundamental e/ou médio), na cidade de PortoAlegre. Para além da acessibilidade física, acreditamos que a promoçãoda inclusão de estudantes com deficiência passa pela desconstrução dasbarreiras atitudinais, que operam nas relações desses/as com docentes eoutros/as estudantes. Nossas práticas pautam o comprometimentoinstitucional com os processos de acompanhamento/acolhimento/auxílioàs pessoas com deficiência, e, a promoção da visibilidade para asquestões que envolvem a deficiência que, apesar de marcadas noscorpos, são invisibilizadas socialmente. Assim, podemos ampliar nossoolhar sobre a sociedade e repensar fatores como acessibilidade erepresentatividade, além de alteridade, visto que lutar pelas nossasdemandas é natural, mas ser capaz de enxergar às do/a outro/anecessita um esforço maior, que é de suma importância na construção deuma sociedade mais justa.

ACOLHIMENTO À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS POR ORIENTAÇÃO SEXUAL, GÊNERO E RAÇA/ETNIA/2018-2019

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