'Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/Edicoes UESB'
Abstract
This article is about the elements around the notion of transmission in the process of accompanying teachers who have just started work in institutional settings of higher education. The work is part of the research project Curricular processes and accompanying practices (PCyPA). Training is a cultural process that takes place under material conditions and with strategies for organizing social ties. In the time and space of the cultural act, multiple human links are unleashed that organize the plot, the drama of the transmission as an act of mediation between what is presented by the experts and what is incorporated in the newcomers to institutional practices. The encounter between two agents —generationally different— takes the form of dispositions to build paths that lead to the mobilization of knowledge — especially the desire to know — and of wanting to be in a certain way that leads to the modeling of the self, to the formation of oneself from the vital force that is located in the transmission. The incorporation process is on the side of transformation, modification, alteration, almost conversion. Transmission does not stop having communicational effects, but it is not reduced to it. Transmission has political effects since it gives way to organize and project social ties it tends to generate an aesthetic —as a principle of reality— and to cultivate collegiate strategies and collective frameworks. To reflect on the chiaroscuro of the transmission, we took two narrative diaries of teachers built in the process of immersion in a higher education institution. On the one hand, they expose the process of becoming university teachers; on the other, they reveal the vicissitudes of the accompaniment: hesitations, passions, interest and shaping of the self.O artigo reflete sobre os elementos que caracterizam a noção de transmissão no processo de acompanhamento de docentes recém-iniciados em ambientes institucionais de ensino superior. Inscreve-se no projeto de investigação Processos curriculares e práticas de acompanhamento (PCyPA). A formação é um processo cultural que se dá em condições materiais e com estratégias de organização dos laços sociais. No tempo e no espaço do ato cultural, desencadeiam-se os múltiplos vínculos humanos que organizam a trama, o drama da transmissão como ato de mediação entre o que é apresentado pelos especialistas e o que se incorpora nos recém-chegados às práticas institucionais. O encontro entre dois agentes - geracionalmente distintos - assume a forma de disposições para construir trajectos que conduzam à mobilização do saber - especialmente o desejo de saber - e de querer ser de uma determinada forma que conduz à modelagem de si, ao formação de si mesmo a partir da força vital que se localiza na transmissão. O processo de incorporação está do lado da transformação, modificação, alteração, quase conversão. A transmissão não deixa de ter efeitos comunicacionais, mas não se reduz a isso. A transmissão tem efeitos políticos porque dá origem a uma forma de organizar e projetar os laços sociais, tende a gerar uma estética - como princípio da realidade - e a cultivar estratégias colegiadas e quadros coletivos. Para refletir sobre o claro-escuro da transmissão, tomamos dois diários narrativos de professoras construídos no processo de imersão em uma instituição de ensino superior; de um lado, expõem o processo de se tornarem professores universitários, de outro, revelam as vicissitudes do acompanhamento: hesitações, paixões, interesse e formação de si.El artículo reflexiona sobre los elementos que caracterizan a la noción de transmisión en el proceso de acompañar a profesores que recién inician labores en marcos institucionales de educación superior. Se inscribe en el proyecto de investigación Procesos curriculares y prácticas de acompañamiento. Formar es un proceso cultural que se efectúa en condiciones materiales y con estrategias de organización de los vínculos sociales. En el tiempo y espacio del acto cultural se desencadenan múltiples vínculos humanos que organizan la trama, el drama de la transmisión en tanto acto de mediación entre lo que se presenta por los expertos y lo que se incorpora en los recién ingresados a las prácticas institucionales. El encuentro entre dos agentes —generacionalmente distintos— toma la forma de disposiciones para construir trayectos que llevan a la movilización del saber —en especial del deseo de saber— y del querer ser de una determinada manera que conduce a la modelación del yo, a la formación de sí a partir de la fuerza vital que se localiza en la transmisión. El proceso de incorporación está del lado de la transformación, de la modificación, de la alteración, casi de la conversión. La transmisión no deja de tener efectos comunicacionales, pero no se reduce a ella. La transmisión tiene efectos políticos pues da cauce a una forma de organizar y proyectar los vínculos sociales, tiende a la generación de una estética —en tanto principio de realidad— y al cultivo de estrategias colegiadas y marcos colectivos. Para reflexionar sobre los claroscuros de la transmisión tomamos dos diarios narrativos de profesoras construidos en el proceso de inmersión a una institución de educación superior; por un lado, exponen el proceso de convertirse en docentes universitarios, por otro, revelan los avatares del acompañamiento: vacilaciones, pasiones, interés y moldeamiento del yo