Catastrophic health expenditure and multimorbidity among older adults in Brazil

Abstract

OBJETIVO: Estimar a relação entre gasto catastrófico em saúde (GCS) e multimorbidade em amostra nacional representativa da população brasileira com 50 anos de idade ou mais. MÉTODOS: Foram utilizados dados de 8.347 participantes do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (2015–2016). A variável dependente foi o GCS, definido pela razão entre as despesas com saúde do adulto de 50 anos ou mais e a renda domiciliar. A variável de interesse foi a multimorbidade (duas ou mais doenças crônicas), e a variável utilizada para estratificação foi o escore de riqueza. As principais análises foram baseadas na regressão logística multivariada. RESULTADOS: A prevalência de GCS foi de 17,9% e 7,5% para gastos correspondentes a 10% e 25% da renda domiciliar, respectivamente. A prevalência da multimorbidade foi de 63,2%. A multimorbidade apresentou associações positivas e independentes com GCS (OR = 1,95, IC95% 1,67–2,28 e OR = 1,40, IC95% 1,11–1,76 para gastos correspondentes a 10% e 25%, respectivamente). Os gastos associados à multimorbidade foram maiores entre aqueles com menor escore de riqueza. CONCLUSÕES: Os resultados chamam atenção para a necessidade de uma abordagem integrada da multimorbidade nos serviços de saúde, de forma a evitar os GCS, particularmente entre adultos mais velhos com piores condições socioeconômicas.OBJECTIVE: To estimate the relation between catastrophic health expenditure (CHE) and multimorbidity in a national representative sample of the Brazilian population aged 50 year or older. METHODS: This study used data from 8,347 participants of the Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI – Brazilian Longitudinal Study of Aging) conducted in 2015–2016. The dependent variable was CHE, defined by the ratio between the health expenses of the adult aged 50 years or older and the household income. The variable of interest was multimorbidity (two or more chronic diseases) and the variable used for stratification was the wealth score. The main analyses were based on multivariate logistic regression. RESULTS: Th e p revalence o f C HE w as 17.9% a nd 7.5%, f or e xpenditures c orresponding t o 10 and 25% of the household income, respectively. The prevalence of multimorbidity was 63.2%. Multimorbidity showed positive and independent associations with CHE (OR = 1.95, 95%CI 1.67–2.28, and OR = 1.40, 95%CI 1.11–1.76 for expenditures corresponding to 10% and 25%, respectively). Expenditures associated with multimorbidity were higher among those with lower wealth scores. CONCLUSIONS: Th e r esults d raw a ttention t o t he n eed f or a n i ntegrated a pproach o f multimorbidity in health services, in order to avoid CHE, particularly among older adults with worse socioeconomic conditions

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