Lima, Gisiane Rodrigues

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Repositório do INPA

XV Jornada de Iniciação Científica do PIBICICNPqlFAPEAM/INPA Manaus-AMECO-07EFEITOS DA FRAGMENTAÇÃO NO BANCO DE SEMENTES DAFLORESTA TROPICAL.Gisiane Rodrigues Lima (1 , Niwton Leal Filho (2)(1) Bolsista INP AlPIBI C, (2) Pesquisador INPA/CEPECo banco de sementes (BS) é definido como o estoque de sementes latentes que se conserva viáve~no solo sem germinar (Garwood,1989) a espera de oportunidade para se estabelecer (Thompson,2000). Nas Florestas Tropicais é formado principalmente por espécies pioneiras (Garwood,1989,Baider et aI., 1999; Leal Filho, 2000, Medeiros, 2004) que, em geral, apresentam sementesdormentes por longo período de tempo (Whitmore, 1990). A dinâmica do BS em FlorestasTropicais é pouco conhecida, em especial aquela relacionada a áreas fragmentadas. Assim, oobjetivo deste trabalho foi de comparar a densidade e a composição florística do BS em fragmentosflorestais de 1 e lOha com o BS de uma Floresta Tropical Úmida madura na área do ProjetoDinâmica Biológicas de Fragmentos Florestais (PDBFF) localizado na região de Manaus-AM. Oestudo foi realizado nas fazendas Dimona, Porto Alegre e Esteio e para controle uma área defloresta continua, conhecida como reserva do Km 41. Em cada fazenda foram utilizados umfragmento de 1 e 10ha, onde foram retiradas aleatoriamente 30 amostras de solo, na florestacontínua foram utilizados 3 áreas de lha. As amostras do solo superficial foram retiradas foramcolocadas para germinar em casa de vegetação (CPECIINPA). Para a contagem e identificação dasespécies foi utilizada a técnica de emergência de plântulas com contagens quinzenais. Os resultadosforam analisados através de uma análise de variância (ANOV A) e pelo teste de Scheffe. Asdensidades de sementes encontradas diferiram significativamente entre si. O teste de Scheffe (0,05)indicou que o BS dos fragmentos de 1 e 10ha são estatisticamente iguais, porém maiores do queaquele observado na floresta contínua. Em relação às fazendas, observou-se que ouve diferençasignificativa (f=76,38; p<0,05) no banco de sementes dos fragmentos localizados em cada umadelas. Dimona apresentou maior densidade, seguida de Porto Alegre e por último esteio, sugerindoque o histórico de uso das áreas periféricas a estes pequenos fragmentos esteja influenciando acomposição florística e a densidade do BS dos mesmos. (Fig.1a). Verificou-se que a maioria dassementes que estão presentes no solo germina entre o 3° e o 4° mês após serem expostas a condiçõesfavoráveis de germinação (Fig.1 b). A densidade e a composição florística do banco de sementes dafloresta contínua são coerentes com outros trabalhos realizados em Floresta Tropical na região deManaus (Sena & Leal Filho, 2005), a forma de vida que predominou no BS foi de espécies______________________________________________________________ 83XV Jornada de Iniciação Científica do PIBIC/CNPq/FAPEAM/INPA Manaus-AMarbustivas, seguida por arbóreas pioneiras e em menor quantidade ervas, epífitas e hemiepífitas(Fig.1c). Notou-se a ausência de espécies climácicas, que pode ter ocorrido pelo fato de taisespécies não estarem em período de frutificação durante a realização das coletas. As farmlias quedominaram o BS foram Melastomataceae, representando 54,2% do total de sementes germinadas eCecropiaceae, representando 16,6% do total de sementes germinadas (Fig.1d).7000 3000'"6000 - • ., 2500"O• .,c5000 • Dimona § 2000~ "'"4000 • Esteio '" 1500" • "E E" 3000 • • Porto alegre " 1000E E" • • • controle 3l'" 2000 " 500• "O1000 c O•O >l<:>" ,<:>"",e o~1ha 10ha controle «C/)70 Ol 70"O60 Olc 60'"Oarbusto E" 50 Dárvore pioneira Q; 50E C) Ol" 40 Odesconhecida 40E C/)" .epífita <l)'" 30 C 30" ll!!Ierva <l)"O E 20*- 20 r:iJhem ie pifit a <l)-- C/) 1010 <l)"O OO ;fi-1ha 10ha controle• •• • Cecropiaceae• Melastomataceae• ••1ha 10ha controleFigura 1 - (a) Densidade de sementes/m-; (b) n o de sementes germinadas/mês; (c) formas de vida;(d) farmlias que dominaram o BS.A presença de sementes Trema micrantha, uma espécie típica de áreas sob atividade antrópica, tambémindica que o BS dos fragmentos tende a mostrar uma composição mais próxima daquelas encontradas emvegetações secundárias. Assim, do ponto de vista ecológico, o banco de sementes indica a possibilidades dealterações profundas na dinâmica de vegetação futura no interior dos fragmentos.Baider, c.; Tabarelli, M.; Mantovani, W. 1999. The soil seed bank during Atlantic Forest regeneration in southeastBrazil. Rev. Brasil. Biol. 59(2): 319-328.Garwood, N. C. 1989. Tropical soil seed banks: a review. In: Leck, M. A; Parker, V. T.; Simpson, R. L. (Eds.) Ecologyof Soil Seed Banks. Acadernic Press, San Diego, California. p. 149-209.Thompson, K. 2000. The functional ecology of soil seed banks. In: Fenner, M. (Ed.) Seeds: the ecology of regenerationin plant communities. 2ed. CAB internationa1:Wallingforg. p. 215-235.Leal Filho, N. 2000. Dinâmica inicial da regeneração de florestas exploradas na Amazônia brasileira. Tese deDoutorado, IB/USP. São Paulo, SP. 157p.Medeiros, R. A 2004. Dinâmica de sucessão secundária em floresta de transição na Amazônia Meridional. Dissertaçãode Mestrado. Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, Mato Grosso. 102 p.Sena, J. S & Leal Filho, N. 2005. Dinâmica anual do banco de sementes em uma Floresta Tropical Úmida Amazônica.(Relatório não publicado desenvolvido por bolsista PIBICIINPA).Whitmore, T. C. 1990. An introduction to Tropical Rain Forests. Claredon Press, Oxford. 11Op.84 _

Efeitos da Fragmentação No Banco de Sementes da Floresta Tropical.

https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/3676/1/pibic_inpa.pdf

Efeitos da Fragmentação No Banco de Sementes da Floresta Tropical.

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