Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil, da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheira Civil.Vigas de concreto armado que sofreram com a ação de incêndios podem ter sua capacidade de absorver esforços recuperada. A fibra de carbono aplicada com resina epóxi pode tornar uma estrutura sinistrada pronta para receber as solicitações de uma edificação (MACHADO, 2002). Com base nesse contexto, esse estudo tem como objetivo avaliar a eficiência do reforço com fibra de carbono em vigas de concreto armado submetidas a altas temperaturas. Para isso foram confeccionadas quinze vigas de mesmas dimensões e armaduras e levadas ao aquecimento em duas faixas de temperaturas: 400 °C e 800 °C, além da temperatura de referência de 23 °C. Após os aquecimentos as mesmas foram levadas à ruptura pelo ensaio de flexão a três pontos em grupos sem e com o reforço na região de maior tração. Como resultado observou-se que, avaliando a carga no deslocamento máximo permitido pela NBR 6118 (2014) assim como a carga máxima de ruptura, as amostras de referência tiveram um acréscimo significativo na resistência à flexão com a aplicação da fibra de carbono; as vigas aquecidas a 400 °C também tiveram um bom resultado com a aplicação do reforço; contudo a fibra de carbono não incrementou a resistência das vigas expostas a temperatura de 800 °C, a falta de aderência, encadeada pelas reações na micro e macroestrutura, prejudicou a incorporação do composto fibra-resina ao concreto aquecido