Efeito da exposição crônica à fumaça de cigarro, durante o período pré-natal, na predisposição ao desenvolvimento da esquizofrenia em ratos: análise comportamental e neuroquímica

Abstract

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Bacharel no curso de Farmácia da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.Introdução: A esquizofrenia é um transtorno neuropsiquiátrico grave com fisiopatologia pouco conhecida. O tabagismo durante o período pré-natal vem sendo estudado como fator causador de anormalidades obstétricas, levando a alterações cognitivas e comportamentais associadas a esquizofrenia. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi avaliar ratos e ratas Wistar com 60 dias de vida, e que foram expostos à fumaça de cigarro durante o período pré-natal. As ratas foram expostas à inalação passiva de 12 cigarros ao dia, durante o período gestacional (21 dias). Os filhotes (machos e fêmeas), quando atingiram a fase adulta, foram submetidos à administração de salina ou cetamina na dose de 25 mg/kg i.p., por um período de sete dias (tratamento crônico). Após a realização deste protocolo, os animais passaram por testes comportamentais, em seguida mortos por decaptação e suas estruturas cerebrais retiradas foram utilizadas para a realização de testes bioquímicos. Resultados: A análise comportamental mostrou-se alterada, por influência tanto da cetamina como do cigarro. Em contrapartida, os testes bioquímicos mostraram-se alterados por influência da cetamina em machos. Nesse mesmo parâmetro, a exposição a fumaça de cigarro foi capaz de exacerbar os efeitos da cetamina em machos. As alterações em nível bioquímico foram menores nas fêmeas. É possível que as diferenças entre machos e fêmeas possam ser atribuídas ao perfil hormonal diferenciado. Conclusão: A exposição ao cigarro afeta o comportamento e o sistema colinérgico em estruturas cerebrais da prole adulta submetida ao modelo de cetamina. Esses dados apontam para a importância do período pré-natal na gênese da esquizofrenia

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