ÚLCERA DE MARJOLIN EM OVINOS

Abstract

Due to the scarcity of comprehensive and in-depth studies on sheep cancer in Brazil, especially in the Northeast, it becomes difficult to classify and accurately know the prognosis, treatment and prevention of these neoplasms. Thus, this study aimed to describe the clinical and histopathological aspects of Marjolin ulcer in Santa Inês sheep with pigmented skin (black). Four ewes, half-bred from Santa Inês, aged approximately 36 months, were evaluated. The animals belonged to a farm located in the municipality of Sousa-PB. The history was of the occurrence of protruding lesions on the back, lesions were identified in the region of the back, comprising the skin over the thoracic and lumbar vertebrae, presenting a cauliflower aspect, but with raised borders and extensive areas of central necrosis, however Did not present local pain. The main suspect is that the lesions came from cuts caused by barbed wire. A biopsy of skin and subcutaneous tissue was performed, histopathological and immunohistochemical analyzes were performed. Histologically, the lesions showed squamous cell carcinoma moderately pleomorphic, with ulcerated surface, covered by fibrin and bacterial colonization and extensive dermal invasion. In the immunohistochemical analysis of neoplasms all neoplastic cells with marked reaction for pancytokeratin were observed. At the necropsy of a sheep, intense infiltration of the dermis and subcutaneous tissue and extensive areas of tumor necrosis associated with purulent and fetid exudate were observed. The diagnosis based on epidemiology and clinical signs was compatible with Squamous Cell Carcinoma (SCC) due to Marjolin's ulcer. This is the first confirmatory report of SCC associated with Marjolin ulcer in sheep. The ECC has a simple diagnosis of being elaborated, however, this presentation makes it clinically, necessitating histopathological analysis. The prognosis is unfavorable when the traumatic insult is persistent.Devido à escassez de estudos abrangentes e aprofundados sobre o câncer em ovinos no Brasil, especialmente no Nordeste, torna-se difícil a classificação e o conhecimento exato de prognóstico, tratamento e prevenção dessas neoplasias. Assim, este estudo teve como objetivo descrever os aspectos clínicos e histopatológicos da úlcera de Marjolin em ovinos Santa Inês de pele pigmentada (pele preta). Foram avaliadas quatro ovelhas, mestiças de Santa Inês, com idade de, aproximadamente, 36 meses. Os animais pertenciam a uma fazenda localizada no município de Sousa-PB. O histórico era da ocorrência de lesões protuberantes no dorso. Foram identificadas lesões na região do dorso, compreendendo a pele sobre as vértebras torácicas e lombares, apresentando um aspecto de couve-flor, porém com bordas elevadas e extensas áreas de necrose central, que no entanto não apresentavam dor local. A principal suspeita é que as lesões eram oriundas de cortes ocasionados por arame farpado. Foi realizada biopsia de pele e tecido subcutâneo. Foram realizadas análises histopatológicas e imuno-histoquimicas. Histologicamente, as lesões demonstravam carcinoma de células escamosas moderadamente pleomórfico, com superfície ulcerada, recoberta por fibrina e colonização bacteriana e extensa invasão dermal. Na análise imuno-histoquímica das neoplasias foram observadas todas as células neoplásicas com marcada reação para pancitoceratina. Na necropsia de um ovino foi observada intensa infiltração da derme e tecido subcutâneo e extensas áreas de necrose do tumor, associado a exsudado purulento e fétido. O diagnóstico baseado na epidemiologia e sinais clínicos foi compatível com o carcinoma de células escamosas (CCE) decorrente de úlcera de Marjolin. Este é o primeiro relato confirmatório de CCE associado a úlcera de Marjolin em ovinos. O CCE tem um diagnóstico simples de ser elaborado, no entanto, esta apresentação torna-o clinicamente complicado, necessitando de análise histopatológica. O prognóstico é desfavorável quando o insulto traumático é persistente

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