Associação entre alterações motoras e mucosite oral em crianças e adolescentes com câncer

Abstract

The antineoplastic treatment can cause adverse effects that affect the physical and psychosocial well-being, besides limiting the day to day of the child, thus compromising the motor activities. Other changes observed three times more in children than in adults are complications of the oral cavity, such as oral mucositis. The objective of the study was to associate the motor alterations and oral mucositis of children and adolescents with cancer, who underwent antineoplastic treatment at the Hospital Napoleão Laureano, in the city of João Pessoa - PB. It is an observational, cross-sectional and analytical study, carried out from April to September 2017, with a sample of 70 children and adolescents aged 2 to 19 years. A semi-structured questionnaire was used, as well as the Oral Assessment Guide (OAG), and domains of the International Classification of Functioning Disability and Health (CIF), with clinical data collected by a calibrated examiner (Kappa> 0.75). Logistic regression was performed by the backward method, adopting a significance level of 5%. Oncopediatrous patients presented a predominance of males (54.3%, n = 38), with a mean of 10.9 years, prevalence of self-reported brown color (52.9%; n = 37); (68.6%, n = 48), and with monthly family income of up to 2 minimum wages (87.1%, n = 61). The majority of children and adolescents presented haematological type neoplasia (51.4%, n = 36), and (30.0%; 21) had a diagnosis of acute lymphoid leukemia. As for solid tumors (48.6%; n = 34), the highest prevalence was Osteosarcoma (14.3%; n = 10). Regarding the most widely used antineoplastic treatment, chemotherapy was the most cited (42.9%; n = 30). The presence of oral mucositis (31.4%; n = 22), and the predominance of mild impairment in walking ability (30.0%; n = 21) and dislocation (28.6%; = 20), as well as a mild and severe impairment in the health care capacity (25.7%; n = 18). The chance of developing oral mucositis was associated with primary education (OR = 4.6, [2.9171, 6.2255]), hematological tumor (OR = 5.4, [-1.2202, 1.5868]), severe difficulty in maintaining (OR = 9.9, [8.1778, 11.8044]) and severe difficulty in walking ability (OR = 26.8, [23.1818, 29.6235]). The study reveals that motor changes may influence the development of oral mucositis.NenhumaO tratamento antineoplásico pode provocar efeitos adversos que afetam o bem-estar físico e psicossocial, além de limitar o dia a dia da criança, comprometendo, assim, as atividades motoras. Outras alterações observadas três vezes mais em crianças que em adultos são as complicações da cavidade bucal, a exemplo da mucosite oral. O objetivo do estudo foi associar as alterações motoras e a mucosite oral de crianças e adolescentes com câncer, submetidos ao tratamento antineoplásico no Hospital Napoleão Laureano, no município de João Pessoa – PB. Trata-se de um estudo observacional, transversal e analítico, realizado no período de abril a setembro de 2017, com uma amostra composta de 70 crianças e adolescentes de 2 a 19 anos. Utilizou-se um questionário semiestruturado, assim como o Oral Assessment Guide (OAG), e domínios da Classificação Internacional de Funcionalidade Incapacidade e Saúde (CIF), sendo os dados clínicos coletados por um examinador calibrado (Kappa>0,75). Foi realizado a Regressão Logística pelo método de backward, adotando-se um nível de significância de 5%. Os pacientes oncopediátricos apresentam predominância do sexo masculino (54,3%; n=38), com uma média de 10,9 anos, prevalência de cor autorreferida parda (52,9%; n=37); cursando ensino fundamental (68,6%; n=48), e com renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (87,1%; n=61). A maioria das crianças e adolescentes apresentaram neoplasia do tipo hematológica (51,4%; n=36), sendo (30,0%; 21) com diagnóstico de Leucemia Linfoide Aguda. Quanto aos tumores sólidos (48,6%; n=34), a maior prevalência foi de Osteossarcoma (14,3%; n=10). Em relação ao tratamento antineoplásico mais utilizado, a quimioterapia foi o mais citado (42,9%; n=30). Verificou-se a presença de mucosite oral (31,4%; n=22), e a predominância de comprometimentos leve na capacidade de andar (30,0%; n=21) e deslocar-se (28,6%; n=20), assim como comprometimento leve e grave na capacidade de cuidados da própria saúde (25,7%; n=18). A chance de desenvolver a mucosite oral esteve associado ao ensino fundamental (OR=4,6; [2.9171; 6.2255]), tumor hematológico (OR=5,4; [-1.2202; 1.5868]), dificuldade grave na capacidade de manter a posição do corpo (OR= 9,9; [8.1778; 11.8044]) e dificuldade grave na capacidade de andar (OR=26,8; [23.1818;29.6235]). O estudo revela que as alterações motoras podem influenciar no desenvolvimento da mucosite oral

    Similar works