The pitombeira [Talisia esculenta (Cambess.) Radlk. (Sapindaceae), a native species of the
Amazon region and with a large occurrence in the Caatinga, Cerrado and Atlantic Forest, is
explored in the restoration of riparian forests, civil construction, folk medicine and
agriculture. Despite its economic and ecological potential, there is no information about its
reproductive biology and seed production technology. The objective of this work was to study
reproductive biology and to determine the physiological maturity point of the seeds of the T.
esculenta species, contributing with information on the management, propagation and
conservation of the species. The experiments were conducted in areas of natural occurrence of
T. esculenta, in the city of Areia, PB. In the first experiment, aspects of the reproductive
biology and the efficiency of the pollination system of the species were studied. The female
flowers are morphologically hermaphrodite, but functionally pistilated, due to the presence of
non-dehiscent anthers, characteristics that classify it as androdio and indicate that the sexual
system of the species may be in an evolutionary process for dioicia. Pollen viability was
higher in females; however, males produced more flowers per inflorescence and pollen grains
per flower, whose germination of the pollen tube was influenced by sucrose concentration and
incubation time. The fruits from the natural and manual cross-pollination tests between male
and female individuals presented higher numbers and quality. In the second experiment were
determined the physical and morphological characteristics of fruits and seeds, besides the
emergence and vigor of T. esculenta seedlings. During maturation, the water content of fruits
and seeds decreased as the dry mass, emergence and vigor of the seeds increased. The fruits
of T. esculenta should be harvested with the yellow-brown epicarp and the intense pink
embryo. The physiological maturity of the seeds occurs between 98 and 126 days after the
anthesis, however the dimensions of fruits and seeds are not a good indicator of their
maturity.A pitombeira [Talisia esculenta (Cambess.) Radlk. (Sapindaceae)], espécie nativa da região
amazônica e com ampla ocorrência na Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, é explorada na
recomposição de matas ciliares, construção civil, medicina popular e agricultura. Apesar do
seu potencial econômico e ecológico, não há informações sobre sua biologia reprodutiva e
tecnologia de produção de suas sementes. Esse trabalho teve como objetivo estudar a biologia
reprodutiva e determinar o ponto de maturidade fisiológica das sementes da espécie T.
esculenta, contribuindo com informações para manejo, propagação e conservação da espécie.
Os experimentos foram conduzidos em áreas de ocorrência natural de T. esculenta, no
município de Areia, PB. No primeiro experimento, foram estudados aspectos da biologia
reprodutiva e a eficiência do sistema de polinização da espécie. As flores dos indivíduos
femininos são morfologicamente hermafroditas, mas funcionalmente pistiladas, devido à
presença de anteras não-deiscentes, características que a classifica como androdioica e
indicam que o sistema sexual da espécie possa estar em processo evolutivo para dioicia. A
viabilidade polínica foi maior nos indivíduos femininos, entretanto, indivíduos masculinos
produzem uma maior quantidade de flores por inflorescência e de grãos de pólen por flor, cuja
germinação do tubo polínico foi influenciada pela concentração de sacarose e tempo de
incubação. Os frutos oriundos dos testes de polinização natural e cruzada manual entre
indivíduos masculino e feminino apresentaram maior número e qualidade. No segundo
experimento foram determinadas características físicas e morfológicas de frutos e sementes,
além da emergência e vigor de plântulas de T. esculenta. No decorrer da maturação, o teor de
água de frutos e sementes reduziu à medida que a massa seca, a emergência e o vigor das
sementes aumentaram. Os frutos de T. esculenta devem ser colhidos com o epicarpo amareloamarronzado
e o embrião rosa intenso. A maturidade fisiológica das sementes ocorre entre 98
e 126 dias após a antese, entretanto as dimensões de frutos e sementes não são um bom
indicador de sua maturidade