Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação
Mestrado em Geografia da
Fundação Rio Madeira, como requisito para
obtenção do titulo de Mestre em Geografia.Este trabalho aborda os temas reforma agrária, agricultura familiar e o
desenvolvimento sustentável. Configurado na metodologia do estudo de caso,
como proposta analítica que procura estudar uma determinada realidade
exaustivamente a fim de se obter as informações. Trata-se de um estudo
empírico que investiga um fenômeno, mediante a utilização de várias fontes de
evidências tanto quantitativas como qualitativas. Com essa técnica procura-se
vivenciar a realidade e emitir parecer conclusivo, quanto a origem das diferenças
social e econômica entre os dois assentamentos Pedra Redonda e Cedro
Jequitibá, localizados ambos no município de Machadinho D'Oeste em
Rondônia.
O enfoque da reforma agrária se caracteriza no vício do latifúndio, que tem
açambarcado os pequenos agricultores; enquanto esses resistem ao longo do
tempo e buscam se organizar para as conquistas de condições dignas no campo
e em defesa do desenvolvimento rural sustentável.
Na atualidade os movimentos sociais exigem terra para quem não tem e
quer viver dela, mais crédito, assessoria técnica social, ambiental, infra-estrutura
viária e apoio à agroindústria. Ou seja, querem produzir mais, com eficiência e
assim encontrar o caminho do desenvolvimento sustentável.
Esse trabalho explora uma situação vivida por dois assentamentos num
mesmo município, próximos da cidade, que tiveram os mesmos benefícios das
políticas públicas, e que se encontram em posições econômicas e sociais
divergentes. Um caminhando com perspectiva de chegada ao porto seguro;
enquanto o outro sem rumo, aguarda uma alternativa plausível do Estado, já que
suas forças não são suficientes para encontrar o caminho desejável.
O que se conclui com este estudo no meio rural, é da existência de
políticas públicas com objetivo de proporcionar o desenvolvimento desse país;
mas que, de posse de métodos inadequados, oriundos de sistemas
centralizadores, não traduz os anseios desses agricultores(as) familiares.
Decepcionados e desesperançados esperneiam contra o sistema injusto há
anos, sistema que os deixa cada vez mais pobres e dependentes, quando não
os deportam para as periferias das cidades.
Por que ocorre tamanha diferença econômica e social entre as duas
comunidades? Indiscutivelmente ocorre em decorrência da falta de sensibilidade
política, para o entendimento de que não se pode tratar de forma igualitária
situações diferentes. Como vem fazendo ao longo dos anos a revolução verde,
com seus pacotes tecnológicos exógenos, tão arraigados no meio rural brasileiro
não tem permitido, a entrada de uma nova matriz tecnológica, identificada com
as características regionais, em respeito ao saber local