Porque o mundo é mais forte do que a escola: sentidos da escola para uma adolescente em situação de violação de direitos

Abstract

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Fundação Universidade Federal de Rondônia, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Psicologia.A exploração sexual é considerada uma das formas de violência sexual, em que ocorre quando há remuneração fincanceira em troca da satisfazer por meio de atos sexuais uma terceira pessoa ou várias. É muito comum na história de adolescentes em situação de exploração sexual vivências de abandono e fracasso escolar. Diante dessa triste situação, este estudo teve como objetivo principal compreender quais os sentidos da escola para uma adolescente em situação de violação de direitos, mais especificamente em situação de exploração sexual. Teve como objetivos específicos identificar como a adolescente compreende o discurso dos atores escolares, como entende a função da escola e como é percebida a relação escola e sexualidade em seu discurso. Para tanto, os pressupostos teóricos utilizados para discutir e embasar os elementos que circundam essa problemática foi o da Psicologia Histórico-Cultural, constituída pela compreensão de adolescência, função da escola e sexualidade, como também as definições epistemológicas de sentido e significado. A pesquisa foi realizada na capital do Estado de Rondônia, Porto Velho-RO. Para poder compreender a partir de própria visão da adolescente a representação da escola, a participante da pesquisa foi uma adolescente, que na época da entrevista tinha 17 anos. O instrumento utilizado para construção dos dados foi à realização de duas entrevistas semiestruturadas gravadas em áudio. Verificou-se que a escola não adquiriu sentido pessoal na história de vida da colaboradora o que interfere no desenvolvimento das funções psicológicas superiores e de ações conscientizadas que possibilitem modificar sua realidade. As ações desenvolvidas pelos Órgãos governamentais de garantia de direitos não conseguiram realizar mudanças significativas na vida da colaboradora, o que difere da importância de que haja maior investimento em recursos materiais e em capacitação destes operadores de serviços, bem como de maiores articulações com as Secretarias de Educação quanto às intervenções desenvolvidas para a superação da vulnerabilidade e a compreensão da importância da educação para a humanização do educando

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