Monografia apresentada como Trabalho de
Conclusão do Curso de Pedagogia – Habilitação
em Séries Iniciais do Ensino Fundamental e
Gestão Escolar, da Universidade Federal de
Rondônia, no primeiro semestre de 2015, como
requisito parcial para obtenção do título em
licenciatura plena em Pedagogia. Orientadora: Profa. Dra. Ilka de Oliveira MotaO presente estudo teve como temática a educação prisional. O objetivo central que norteou este
trabalho consistiu em analisar o modo como a educação é concebida no espaço discursivo da Casa de
Detenção de Ariquemes. Para tanto, optou-se pela pesquisa bibliográfica e de campo conjuntamente. A
primeira permitiu a compreensão sobre o modo como, ao longo da história do homem, o ato de vigiar
e punir se constituiu, observando principalmente aqueles sujeitos que transgrediam às leis impostas
pelo rei. Acrescente-se, pudemos também compreender o modo de constituição da prisão desde o seu
nascimento até os moldes que temos atualmente. Por sua vez, a pesquisa de campo consistiu na coleta
de dados a fim de compreender que tipo de educação é oferecido pela Casa de Detenção. Ela
possibilitou-nos compreender as dificuldades e limitações encontradas nesse espaço a partir da análise
das informações fornecidas pelos protagonistas desse trabalho. Vale dizer que tais informações foram
coletadas, entre outras, por meio de questionários aplicados aos alunos, professores, agentes
penitenciários e coordenadora entre agosto de 2014 a junho de 2015. O estudo apontou para a urgente
necessidade de maiores investimentos que possam permitir a inserção dos apenados na cultura letrada
de modo a favorecer a sua ressocialização na sociedade. Pudemos observar ainda que a infraestrutura
da Casa de Detenção tem promovido o contrário: a perpetuação de um sistema que, ao invés de
ressocializar, de incluir, promove, isto sim, a marginalidade e a exclusão. Por fim, por meio da
pesquisa empreendida, a ressocialização e a inclusão dos apenados na sociedade atual somente dar-se-
ão se o direito à educação for de fato levado às últimas consequências. Somente assim a tão aclamada
e almejada ressocialização de fato será uma realidade possível e justa