Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura, com a especialização em Arquitetura apresentada na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa para obtenção do grau de Mestre.O presente trabalho partiu do interesse pelo património esquecido, no qual se insere a Fortaleza de São Francisco, em Peniche. Debruçada sobre o mar e de atmosfera singular, ela interpela-nos à descoberta da sua história e das camadas que a constroem.
Considerada uma das praças-fortes mais importantes do reino, fez parte do conjunto de defesa costeiro da capital e um dos maiores exemplares de arquitetura militar portuguesa que prevaleceu, não intacta, ao passar do tempo. Dos seus apoios defensivos, pouco ou nada resta.
Parte-se da reflexão sobre o seu valor patrimonial, do carácter e da sua essência. Da ligação entre o património e o espaço que o envolve. Do que o lugar quer ser, do que se pode tornar. Estuda-se a sua evolução, como se alterou no tempo e explora-se as valências que contem, a singularidade do lugar.
Numa tentativa de reavivar a sua importância, de compreender de que modo se reergue um monumento perdido no tempo, apresenta-se uma proposta que assume a sua regeneração, através da ligação entre as suas pré-existências e a atribuição de uma nova linguagem arquitetónica. Concede-se um novo uso, uma nova vivência, como resposta ponderada às fragilidades do lugar.ABSTRACT: The present work started from the interest in the forgotten heritage, in which the Fortress of San Francisco, in Peniche, is located. Leaning over the sea and with a unique atmosphere, it challenges us to discover its history and the layers that build it.
Considered one of the most important strongholds of the kingdom, it was part of the coastal defense complex of the capital and one of the largest examples of portuguese military architecture that prevailed, not intact, over time. Of its defensive supports, little or nothing remains.
It starts from the reflection on its patrimonial value, the character and its essence; the link between heritage and the space that surrounds it. What the place wants to be, what it can become. Its evolution is studied, as it has changed over time and explores the valences that it contains, the singularity of the place.
In an attempt to revive its importance, to understand how a monument lost in time retains, a proposal that assumes its regeneration, through the link between its pre-existences and the attribution of a new architectural language is presented. A new use, a new experience, is given as a pondered response to the fragility of the place.N/