Mudança tecnológica e organizacional: análise de tendências na indústria

Abstract

Assiste-se a uma difusão crescente de novas tecnologias baseadas na microelecrónica nas empresas que procuram vantagens competitivas num mercado dinâmico com novas exigências referentes à flexibilidade, qualidade e inovação. As novas condições de mercado e o aumento da concorrência pressionam, cada vez mais, as empresas para a modernização tecnológica. As tecnologias avançadas abrem novas vias para a revitalização da indústria. Nomeadamente, permitem obter ganhos pela integração das mais diversas áreas de actividade anteriormente separadas, pela flexiblidade (possibibilidade de diversificar e mudar frequentemente modelos, inovar produtos), sem perdas de produtividade. Desta forma as empresas podem responder mais rapidamente a uma procura caracterizada pela grande diversidade e individualização e, consequentemente ir ao encontro de novas exigências económicas. Essa flexiblidade técnica constitui a grande vantagem das novas tecnologias, dado que é cada vez mais vital a capacidade de adaptação rápida às mudanças do mercado num quadro de concorrência acrescida. Para além disso caracterizam-se igualmente pela grande vulnerabilidade face aos erros e falhas provenientes de factores imprevistos e incontroláveis pelos automatismos. Essa vulnerabilidade aumenta a importância do papel do trabalhador cujas capacidades são fundamentais para evitar e/ou corrigir erros que podiam resultar em graves prejuízos. Nas condições técnico-económicas e sócio-culturais actuais, a crise das formas até então dominantes de organização do trabalho é cada vez mais reconhecida. Essa crise manifesta-se pela falta de qualidade, pelo baixo nível de produtividade e pela incapacidade das empresas darem resposta às mudanças quantitativas e qualitativas provenientes da procura. Daí um maior interesse nos meios empresariais mais avançados pela introdução de novas formas de organização do trabalho e novos métodos de gestão. A procura de novas formas organizacionais do trabalho visa maior flexibilidade, envolvimento e empenhamento dos trabalhadores. Trata-se de tentar responder às novas exigências económicas e, ao mesmo tempo, às exigências de uma mão-de-obra cada vez mais escolarizada. Esta procura, além de uma remuneração satisfatória, a identificação com aquilo que faz, a participação nas decisões e o desenvolvimento pessoal e profissional

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