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No ondear da vida moderna: O volátil sentimento de ser
No cenário da vida moderna, a cidade é a grande promulgadora de novidades. Grosso modo, na cidade pequena, se retomarmos as discussões de Georg Simmel (1979), o ritmo de vida flui mais lentamente, de maneira mais uniforme. Já na metrópole as imagens, os sons, os odores, desencadeiam uma torrente sensorial, que resulta em fragmentos, flashes, mosaicos. Este artigo pretende discutir algumas narrativas de Mário de Sá-Carneiro, suas
personagens, e o modo como (se) (trans)formam (com) a – e a partir das experiências
possíveis através da – cidade. Se Paris pungia-lhes vida, a sensibilidade e sensações que lhes envolviam como se estivessem em bebedeira, insones, sob efeito de narcóticos como que por simbiose: “Paris! Paris! Orgíaco e solene, monumental e fútil...” (SÁ-CARNEIRO, 2007, p. 237), estar nessa grande cidade, sozinho, era como que estar sempre acompanhado de uma amante, sua cidade-amante. É aí que o artista, como sofredor exemplar, emerge, sente, se volatiliza
De Orpheu ao Hades: itinerário bio/gráfico em Mário de Sá-Carneiro
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-graduação em LiteraturaPensar a literatura de Mário de Sá-Carneiro é enveredar por um contexto densamente elaborado. Há os arroubos dos modernistas portugueses - tão bem conectados - que ele e Fernando Pessoa exploraram com maestria, seja em seus projetos pessoais, seja na Revista Orpheu, projeto que desenvolveram em comum. Além disso, há o desenvolvimento de um eu-lírico melancólico, à beira de um abismo de sentimentos. Enquanto Pessoa estava em Lisboa e Sá-Carneiro, em Paris, os dois poetas mantiveram intensa correspondência. Dessas cartas, são conhecidas as enviadas por Sá-Carneiro, as quais extrapolam os limites do pessoal e apresentam fruição poética, uma espécie de arcabouço literário, a que se articula Dispersão - conjunto de poemas publicado em 1915. A melancolia é encontrada também nas linhas consideradas como palavras do próprio Sá-Carneiro em diálogo com o amigo. É aí que a sobreposição literário/extraliterário se evidencia; é aí que ambas as instâncias dialogam. Se as cartas têm notadamente cunho pessoal e os poemas estão no campo do ficcional, as armadilhas da escrita ali tomam corpo, levando o leitor a aproximar ficcional e biográfico, tomando-os por uma escrita confessional, corroborada pelo suicídio do poeta, dado que acaba sendo considerado o elo necessário para dar respaldo a tal leitura
DUAS MARGENS ESQUERDAS DE UM MESMO RIO: uma leitura da poética marginal em Nossos ossos, de Marcelino Freire
Esta leitura se desenvolve a partir do que Beatriz Resende (2008) apresenta acerca da literatura brasileira na “era da multiplicidade”. A pesquisadora toma como marco os anos de 1990 e a primeira década do século XXI, quando se percebe que modelos, conceitos e espaços antes “familiares” são agora deslocados e desestabilizados. A recente e recentíssima produção literária – e, portanto, estamos tratando de publicações que não passaram pelo cômodo “veredicto das eras” mencionado por René Wellek e Austin Warren (2003) em Teoria da literatura e metodologia dos estudos literários – tem em comum alguns aspectos tais como: a presentificação, o retorno ao trágico e o excesso de realismo. Nesse “novo” cenário, evidencia-se a heterogeneidade, a pluralidade, o uso de diferentes linguagens. A cultura passa a ser divisada cultura como fenômeno de hibridização, além da manifestação de discursos contra hegemônicos que tensionam ainda mais o que nos estudos literários se considera – ou tem sido considerado nos últimos séculos – como alta cultura e como cultura de massa. Apresentam-se perspectivas dissonantes com, por exemplo, Altas Literaturas, de Leila Perrone-Moisés (1998), e O cosmopolitismo do pobre, de Silviano Santiago (2004). São modos de ler. No caso de Silviano Santiago, vale ainda mencionar o sucinto, mas importante, texto sobre os estudos das letras nacionais, forma de revisão do conceito de “formação”, sob o ponto de vista de sua inserção no panorama internacional, publicado em 2014 na Folha de São Paulo: A literatura brasileira à luz do pós-colonialismo
Feminismos e democracia
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001
Anais da III Jornadas do LEGH: feminismo e democracia
Anais eletrônicosAnais resultante da III Jornadas do LEGH: feminismo e democracia. O evento foi promovido pelo Laboratório de Estudos de Gênero e História da UFSC, realizado nos dias 20 e 21 de março de 2018, na Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.Capes e Fapes
IV Jornadas do LEGH: anais eletrônicos
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001
IV Jornadas do LEGH: caderno de resumos
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 00
Mulheres de Luta: feminismo e esquerdas no Brasil (1964-1985)
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (Capes) – Código de Financiamento 001
Mundos de Mulheres no Brasil
Mundos de Mulheres no Brasil é uma reunião de textos desenvolvidos a partir das mesas-redondas realizadas no 13th Women’s Worlds Congress e do 11º Seminário Internacional Fazendo Gênero 11, em 2017, na Universidade Federal de Santa Catarina. A partir dos debates, reflexões, discussões empreendidos, este volume pretende ainda, tal como se lê na apresentação, reiterar o "comprometimento com os debates feministas contemporâneos, visando à equidade de gênero e ao compromisso com a visibilidade de sujeitas políticas, que por vezes passam ao largo do espaço acadêmico. Que a leitura destas páginas possa estimular novas pesquisas, trabalhos, militâncias, ações políticas e trocas de saberes." DOI: https://doi.org/10.24824/978854443129.