13 research outputs found
Interfaces entre ensino, pesquisa e extensão: relato de experiência do Núcleo FonoVOZ na reabilitação e aperfeiçoamento vocal nas diversas etapas da vida
A voz faz parte da identidade do indivíduo, constituindo uma manifestação de suas crenças, experiências e personalidade; e é influenciada pela cultura na qual o sujeito está inserido. Assim, a comunicação é composta por elementos verbais e não verbais, sejam esses gestos ou manifestações faciais e/ou corporais contribui para as relações do indivíduo com seus pares, para a exposição de suas ideias e pensamentos e constitui parte relevante de seu cotidiano, considerando que pelo menos 7% da comunicação se dá por palavras, 38% por sinais paralinguísticos (entonação de voz, velocidade com que as palavras são ditas entre outros) e 55% pelos sinais do corpo. Apresentamos o relato dos primeiros cinco anos de atividade do Núcleo de Estudos da Voz e Distúrbios da Comunicação Oral - FonoVOZ, o qual tem a sua sede no Instituto de Psicologia da UFRGS, mais especificamente no Centro Interdisciplinar de Pesquisa e Atenção à Saúde. O FonoVOZ iniciou as suas atividades em 2009, com a nomeação dos primeiros docentes da área de voz do curso de Fonoaudiologia da Instituição, e, desde aquele período, desenvolveu as suas atividades articulando ensino, pesquisa e extensão. Contamos com a parceria com setores diversos e com profissionais com trajetórias variadas
Professional theatre actors : environmental and sociooccupational use of voice
Objetivo: Verificar a ocorrência de queixas e sintomas vocais em atores profissionais de teatro e sua relação com aspectos ambientais desta atividade laboral e com o histórico de intervenções especializadas. Métodos: Estudo transversal com 48 atores profissionais realizada a partir de questionário sobre sintomas e queixas vocais e extra-vocais, bem como aspectos ambientais, hábitos e demandas relacionados ao trabalho de ator de teatro. Foi utilizado protocolo padronizado específico previamente estruturado (PROTEA). Resultados: O histórico de treinamento vocal para atuar foi referido por 40 (83,3%) entrevistados. Os recursos mais utilizados foram aquecimento vocal, hidratoterapia e métodos alternativos. Dificuldades para a manutenção da qualidade vocal nas demandas do dia-a-dia foram referidas por 14 (35,0%) sujeitos, sendo que oito (16,7%) as percebem desde o início da carreira. Durante a atuação, 14 (29,2%) referem dificuldades de coordenação entre fala e respiração. Todos os entrevistados consideraram que a saúde vocal é importante para o ator de teatro. A maioria dos atores negou dificuldades quanto à projeção vocal, respiração e/ou articulação das palavras em cena. Entretanto, o palco italiano parece estar mais relacionado que o teatro de arena com dificuldades de coordenação pneumofonatória (p=0,00). Conclusão: Em que se pese que atores profissionais têm histórico de treinamento e orientação para a utilização da voz profissional, há porção significativa destes com queixas em relação ao uso profissional da voz, especialmente relacionadas a condições físicas presentes no ambiente de trabalho.Purpose: To investigate the occurrence of vocal complaints and symptoms among professional theatre actors, and its relationship with environmental aspects of this professional activity and with the history of specialized intervention. Methods: Cross-sectional study with 48 professional actors who answered a questionnaire regarding vocal and extra-vocal complaints, as well as environmental aspects, habits and demands related to their professional activity in the theatre. A specific previously structured protocol (PROTEA) was used for this purpose. Results: Previous history of acting vocal training was reported by 40 (83.3%) subjects. The most used resources were vocal warming, hydrating therapy, and alternative methods. Vocal difficulties in day-today demands were reported by 14 (35.0%) subjects, and eight (16.7%) of them noticed these difficulties since the beginning of their career. During performances, 14 (29.2%) reported difficulties coordinating breathing and speaking. All actors interviewed consider vocal health important for theatre acting. Most actors denied difficulties regarding vocal projection, breathing and/or articulation of words in scene. However, the Italian stage seems to be more related to difficulties coordinating breathing and speaking than the arena theater (p=0.00). Conclusion: In spite of professional actors who have a history of training and orientation regarding the use of professional voice, a significant portion of them have complaints related to professional voice use, especially associated to the environment conditions at work
Professional theatre actors : environmental and sociooccupational use of voice
Objetivo: Verificar a ocorrência de queixas e sintomas vocais em atores profissionais de teatro e sua relação com aspectos ambientais desta atividade laboral e com o histórico de intervenções especializadas. Métodos: Estudo transversal com 48 atores profissionais realizada a partir de questionário sobre sintomas e queixas vocais e extra-vocais, bem como aspectos ambientais, hábitos e demandas relacionados ao trabalho de ator de teatro. Foi utilizado protocolo padronizado específico previamente estruturado (PROTEA). Resultados: O histórico de treinamento vocal para atuar foi referido por 40 (83,3%) entrevistados. Os recursos mais utilizados foram aquecimento vocal, hidratoterapia e métodos alternativos. Dificuldades para a manutenção da qualidade vocal nas demandas do dia-a-dia foram referidas por 14 (35,0%) sujeitos, sendo que oito (16,7%) as percebem desde o início da carreira. Durante a atuação, 14 (29,2%) referem dificuldades de coordenação entre fala e respiração. Todos os entrevistados consideraram que a saúde vocal é importante para o ator de teatro. A maioria dos atores negou dificuldades quanto à projeção vocal, respiração e/ou articulação das palavras em cena. Entretanto, o palco italiano parece estar mais relacionado que o teatro de arena com dificuldades de coordenação pneumofonatória (p=0,00). Conclusão: Em que se pese que atores profissionais têm histórico de treinamento e orientação para a utilização da voz profissional, há porção significativa destes com queixas em relação ao uso profissional da voz, especialmente relacionadas a condições físicas presentes no ambiente de trabalho.Purpose: To investigate the occurrence of vocal complaints and symptoms among professional theatre actors, and its relationship with environmental aspects of this professional activity and with the history of specialized intervention. Methods: Cross-sectional study with 48 professional actors who answered a questionnaire regarding vocal and extra-vocal complaints, as well as environmental aspects, habits and demands related to their professional activity in the theatre. A specific previously structured protocol (PROTEA) was used for this purpose. Results: Previous history of acting vocal training was reported by 40 (83.3%) subjects. The most used resources were vocal warming, hydrating therapy, and alternative methods. Vocal difficulties in day-today demands were reported by 14 (35.0%) subjects, and eight (16.7%) of them noticed these difficulties since the beginning of their career. During performances, 14 (29.2%) reported difficulties coordinating breathing and speaking. All actors interviewed consider vocal health important for theatre acting. Most actors denied difficulties regarding vocal projection, breathing and/or articulation of words in scene. However, the Italian stage seems to be more related to difficulties coordinating breathing and speaking than the arena theater (p=0.00). Conclusion: In spite of professional actors who have a history of training and orientation regarding the use of professional voice, a significant portion of them have complaints related to professional voice use, especially associated to the environment conditions at work
Interfaces entre ensino, pesquisa e extensão: relato de experiência do Núcleo FonoVOZ na reabilitação e aperfeiçoamento vocal nas diversas etapas da vida
A voz faz parte da identidade do indivíduo, constituindo uma manifestação de suas crenças, experiências e personalidade; e é influenciada pela cultura na qual o sujeito está inserido. Assim, a comunicação é composta por elementos verbais e não verbais, sejam esses gestos ou manifestações faciais e/ou corporais contribui para as relações do indivíduo com seus pares, para a exposição de suas ideias e pensamentos e constitui parte relevante de seu cotidiano, considerando que pelo menos 7% da comunicação se dá por palavras, 38% por sinais paralinguísticos (entonação de voz, velocidade com que as palavras são ditas entre outros) e 55% pelos sinais do corpo. Apresentamos o relato dos primeiros cinco anos de atividade do Núcleo de Estudos da Voz e Distúrbios da Comunicação Oral - FonoVOZ, o qual tem a sua sede no Instituto de Psicologia da UFRGS, mais especificamente no Centro Interdisciplinar de Pesquisa e Atenção à Saúde. O FonoVOZ iniciou as suas atividades em 2009, com a nomeação dos primeiros docentes da área de voz do curso de Fonoaudiologia da Instituição, e, desde aquele período, desenvolveu as suas atividades articulando ensino, pesquisa e extensão. Contamos com a parceria com setores diversos e com profissionais com trajetórias variadas
Distúrbios fonoaudiológicos autodeclarados e fatores associados em idosos
Objetivo: identificar os distúrbios fonoaudiológicos e fatores associados autodeclarados em uma população de idosos. Métodos: estudo transversal a partir de visitas domiciliares com uma amostra de 44 idosos com idade igual ou superior a 60 anos. A amostragem foi aleatória por múltiplos estágios. Utilizou-se um roteiro previamente estruturado com questões relacionadas a: aspectos sócio demográficos de saúde geral e uso de serviços de saúde; comunicação oral; motricidade e funções orofaciais; audição e equilíbrio segundo auto-percepção. Perguntou-se ainda sobre a existência ou não de tontura, zumbido uso de prótese dentária, dentição precária, diagnóstico de doenças sistêmicas, uso de cigarro ou assemelhados e manutenção de acompanhamento médico sistemático. Os dados foram registrados em banco de dados e as análises estatísticas realizadas por meio do programa EpiInfo versão 7.0. Foram verificadas as frequências das variáveis e sua distribuição na amostra estudada. Resultados: 44 idosos com idades entre 60-80 anos (média de 66,04 anos; DP=4,8). Destes, 52,3% eram do sexo masculino e 47,4% do sexo feminino. 11,4% dos sujeitos da amostra referiram alteração de fala; 09,1% alteração de voz; 11,4% alteração de motricidade orofacial sendo que 27,3% fazia uso de prótese dentária e 18,2% apresentava dentição precária; 6,8% citaram audição e equilíbrio ruins sendo que 40,9% relataram tontura; 54,5% mencionaram serem portadores de doença sistêmica; 18,2% declararam-se fumantes e 70,4% disseram manter acompanhamento médico periódico. Conclusão: as queixas fonoaudiológicas mais frequentes na população entrevistada estão relacionadas à motricidade orofacial, audição e equilíbrio, sendo que ter doença sistêmica está mais comumente associado às queixas fonoaudiológicas.Purpose: to identify self-reported speech-language disorders and associated factors in an elderly population. Methods: we conducted a cross-sectional study based on home visits made to each participant from a multistage random sample of 44 elderly aged 60 years or older. We used a structured self-report questionnaire containing questions related to sociodemographic characteristics, general health and use of health services, oral communication, orofacial movements and functions, hearing, and balance. The participants were also asked about the presence or absence of dizziness and tinnitus, use of dental prosthesis, poor dentition, diagnosis of systemic diseases, whether they were smokers, and whether they were included in a systematic medical follow-up. Data were recorded in a database and the statistical analysis was performed using Epi Info version 7.0. The frequency and distribution of variables in the sample selected were examined. Results: of 44 elderly aged 60-80 years (mean, 66.04 years; SD=4.8), 52.3% were male and 47,7% female; A 11.4% of the subjects reported abnormal speech, 9.1% reported voice changes, and 11.4% orofacial movements changes . In addition, 27.3% reported wearing a dental prosthesis, 18.2% poor dentition, 6.8% poor hearing and balance, 40.9% reported dizziness; 54.5% had a systemic disease, 18.2% reported being smokers, and 70.4% were receiving regular medical care. Conclusion: the most common speech-language complaints in the investigated population were related to orofacial movements, hearing, and balance. It was identified that systemic disease as the most prevalent factor associated to speech-language complaints