13 research outputs found

    The Aristotelian theory of regimes and the problem of kingship in Politics III

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    A proposta principal do presente artigo é compreender o caráter complexo e multifacetado da teoria dos regimes elaborada por Aristóteles, no livro III da Política, e, por meio disso, identificar os principais elementos filosóficos e conceituais que tornam possível ao filósofo, nesse momento da obra, efetuar uma vigorosa defesa da tese segundo a qual a realeza pode ser considerada, em determinadas circunstâncias políticas, como a melhor forma de governo.The main purpose of this paper is to understand the complex and many-sided nature of the theory of regimes elaborated by Aristotle in Politics III and thereby to identify the main philosophical and conceptual elements that make it possible for the philosopher, at this point of the work, to accomplish a vigorous defense of the thesis according to which the kingship can be considered, under certain political circumstances, the best form of government. Recebido: 25/11/2016 Aceito: 16/08/201

    Platão e a questão da democracia na República

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    Resumo: O presente artigo pretende analisar a reflexão política desenvolvida por Platão na República sobre o problema da democracia. Trata-se de compreender como o filósofo grego, na obra referida, questiona o funcionamento do regime democrático tanto de um ponto de vista epistemológico quanto de um ponto de vista ético ou axiológico, explicitando os riscos morais presentes naquele que é seu princípio mais fundamental: a liberdade.Palavras-chave: Platão; Democracia; Politeía; Regime; Liberdade

    O problema do erro (pseûdos), a possibilidade do discurso predicativo e a questão ontológica no Sofista de Platão

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    O trabalho analisa as relações entre discurso e ser estabelecidas de forma dialética por Platão em seu diálogo tardio Sofista. Os sofistas defendiam a impossibilidade de provar a falsidade ou veracidade dos discursos. Tais pensadores baseavam-se no interdito ontológico de Parmênides de Eleia, que preconizava, em linhas gerais,  a existência de uma estrita correspondência entre tudo que pode ser dito e o ser, de forma que seria, assim, impossível, dizer algo que não é, ou seja, um não-ser. Contrariando tal perspectiva e fazendo uso do método da diaíresis – em que os seres são caracterizados por suas diferenças mais fundamentais –, o  Sofista se desenrola revisitando e revisando as teorias ontológicas de seu tempo, a fim de explorar uma nova forma de pensar a relação entre os seres. Platão assegura, com isso, a possibilidade de análise qualitativa do discurso predicativo e define, consequentemente, o erro como desarmonia entre o dizer e o ser. Para tamanha empreitada, o filósofo  explica como se dá o entrelaçamento na relação de ser e não-ser, relação mediada pelas seguintes categorias fundamentais: ser, mesmo, outro, movimento e repouso. A partir disso, a dialética é finalmente constituída como a técnica correta de diferenciação entre os predicados possíveis de comunicação com cada sujeito.  Graças aos resultados filosóficos dessa empreitada, iniciaram-se as reflexões que levaram Aristóteles a instrumentalizar as análises da linguagem

    Nômos e epistéme: o problema da natureza da lei no Político de Platão

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    Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-13T06:10:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertacao_richardromeirooliveira.pdf: 22018699 bytes, checksum: c3349e39539b36c449c0060f974f3193 (MD5) Previous issue date: 18A idéia de lei evidencia uma curiosa ambigüidade no pensamento político de Platão; na República e em várias passagens do Político, ela é vigorosamente rechaçada como um dispositivo inútil, o melhor regime sendo considerado o imperium legihus soluíum da razão; nas Leis, todavia, a maior obra do corpus platonicum, ela é paradoxalmente recuperada e transformada no fundamento de toda a vida civil. Tomando o Político como nosso principal objeto de análise, nós tentaremos decifrar no presente texto o sentido desta ambigüidade, demonstrando que o conceito de soberania da lei que domina o último pensamento platônico não signidca uma negação do ideal intelectualista de um governo da razão, mas apenas a forma pela qual este governo se encarna na história.The idea of law shows a curious ambiguity in Plato's political thought; in the Republic and in several passages of the Politicus, it is strongly refused, and the best regime is said to be the imperium legihus soluíum of reason; in Laws, however, the largest work of corpus plalonicm, it is recovered and becomes the basis of the whole civil life. By taking the Politicus as our main focus of analisys, we will try to make out in the present text the meaning of this ambiguity and to demonstrate that the concept of sovereignty of law that overcomes the Plato's later political thought does not mean a denial of the intelectualistic ideal of the rule of reason, but only the way by wich this rule might take place in the history

    Demiurgia política: as relações entre a razão e a cidade nas Leis de Platão

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    Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-10T15:22:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_de_richar_romeiro.pdf: 2066766 bytes, checksum: 57a3493f4b967f288987820e0c18acb7 (MD5) Previous issue date: 18A questão da demiurgia política, isto é, da fundação e organização de uma politeía virtuosa nos domínios do devir histórico, constitui o objeto central das discussões desenvolvidas pelas Leis, o último e mais longo diálogo platônico. Tal questão suscita uma série de dificuldades teóricas, dentre as quais a mais importante de todas é, decerto, o problema das relações entre racionalidade e vida política concreta. A presente tese tem por objetivo a tentativa de elucidação desse problema no contexto das Leis, através da compreensão da maneira pela qual Platão, nesse diálogo, pensa as possibilidades de racionalização do devir humano, no intuito de introduzir ordem e virtude nas estruturas da cidade.La question de la demiurgie politique, cest-à-dire, la question de la fondation et de lorganisation dune politeía vertueuse dans le domaine du devenir historique, constitue le principal sujet des entretiens développés par les Lois, le dernier et le plus long dialogueplatonicien. Cette question soulève toute une série des dificultés théoriques, dont la plus importante est sûrement celle qui concerne le problème des rapports entre rationalité et vie politique concrète. La thèse ici présentée essaye de proceder à lélucidation de ce problèmedans le contexte des Lois, par le moyen de la comprehension de la façon dont Platon pense, dans ce dialogue, les possibilités de rationalisation du devenir humain, afin dintroduire ordre et vertu dans les structures de la cité

    Du pastorat divin au gouvernement humain Sur la genèse et les limites de la politique dans le Politique de Platon

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    The Statesman can be considered one of the most difficult platonic texts to read. However, if one analyzes the work carefully, it becomes easy to realize that it gives us, through the development of a dialectical research centered on the definition of the political man (πολιτικὸς ἀνήρ), a precious philosophical teaching on the nature of the politics and its inherently human character, teaching that should be taken into account not only for the understanding of the meaning of this particular dialogue but also for the understanding of platonic political theory as a whole. In this article, we will try to understand this aspect of the Statesman by analyzing two parts of the text that are of fundamental importance to its economy: that relating to the myth of Kronos (268d-277c) and that devoted to the theory of the best regime (292d- 303 d)

    Éros, natureza humana e filosofia no Banquete de Platão

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    In this paper we intend to show how in the Symposium Plato elaborates, by a sophisticated reflection on the nature of eros, an unusual anthropological conception that recognizes desire as a primal and constitutive force in the human soul (psyché). From this we try to discern how this dialogue, which presents philosophy as the most elevated manifestation of the visceral eroticism that constitutes our psyche, can be viewed as a rhetorical and apologetic text that seeks to present a vigorous defense of the philosophical life and of the man who was its most famous and brilliant exponent: Socrates.No presente artigo, pretendemos mostrar como Platão, no Banquete, elabora, através de uma sofisticada reflexão sobre a natureza de éros, uma concepção antropológica inusitada, que reconhece o desejo como uma força primordial e constitutiva da alma humana (psykhé). A partir disso, tentaremos observar como esse diálogo, apresentando a filosofia como a manifestação mais elevada do erotismo visceral que constitui a nossa psykhé, pode ser visto como um texto retórico e apologético que procura efetuar uma defesa vigorosa da vida filosófica e daquele que foi seu mais célebre e brilhante expoente: Sócrates

    Ho theos pantôn khrêmatôn metron: a função do discurso religioso e da teologia como instrumentos de fundamentação da legislação e do êthos cívico na politeia das Leis

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    In the Laws, Plato elaborates a project of founding a political regime (politeía) of a normative character that, being supported by the development of a complex legislation, establishes as its main scope the promotion of excellence or virtue (aretê). One of the most striking features of this project is its religious teaching and theological discourse. These are assumed as mechanisms to ensure the authority and effectiveness of the norms and moral values responsible for maintaining civic order. They confer on the model politeía that we find in the Laws a theocratic dimension. The present article seeks to analyze these theoretical elements, in order to highlight the essential connection between politics, morality and religion established by them.Nas Leis, Platão elabora um projeto de regime político (politeia) de caráter fortemente prescritivo que, apoiando-se no desenvolvimento de uma legislação dotada de vertiginosa complexidade, estabelece como seu principal escopo a promoção da excelência ou virtude (aretê) no comportamento humano. Em seu projeto político, o ensinamento religioso e o discurso teológico são assumidos como mecanismos indispensáveis para assegurar a autoridade e a eficácia das normas e dos valores morais responsáveis pela manutenção da ordem cívica, conferindo às Leis uma dimensão nitidamente teocrática. O presente artigo procura efetuar uma análise desses elementos, no intuito de evidenciar a conexão essencial entre política, moralidade e religião por eles estabelecida
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