10 research outputs found
Avaliação clínica estruturada
O mundo vive profundas modificações na área do conhecimento, da tecnologia, do sócio político e não poderia permanecer estático, na área da saúde. Requer-se um novo perfil de profissional, cuja prática seja pautada na ética, no rigor científico, na integralidade, na cidadania e na promoção de saúde e que desenvolva competências além de atenção em saúde como tomada de decisão, comunicação, liderança, administração e gerenciamento e educação permanente. Não existe um único método de avaliação capaz de atingir todos estes elementos (conhecimentos, habilidades e atitudes), entende-se que apenas a combinação de métodos é capaz de produzir os resultados esperados da avaliação. Como alternativa, as avaliações clínicas estruturadas, baseadas na observação “do fazer ou do demonstrar como se faz”, objetivando a avaliação. Na perspectiva de promover uma visão dos métodos avaliativos que vem sendo utilizado na educação em saúde, pretende-se neste artigo, de revisão de literatura, oferecer ao leitor uma descrição geral e diversificada, de métodos de avaliação clinica estruturada, enfatizando o Exame Clínico Objetivo Estruturado, o mais difundido no Brasil, almejando oportunizar, que mais profissionais da área de saúde possam conhecer e fazer uso desta ferramenta avaliativa.
Descritores: Avaliação Educacional, Avaliação em Saúde, Educação Baseada em Competência, Educação Superior
Caregivers of elderly people: Burden and Quality of Life
Objetivo: Identificar os fatores que se relacionam à sobrecarga produzida sobre cuidador no cuidado de idosos dependentes e sua correlação com a qualidade de vida. Métodos: Estudo transversal, que avaliou variáveis sócio-demográficas (sexo, faixa etária, escolaridade, grau de parentesco com o idoso e remuneração da atividade cuidador), a sobrecarga (Zarit Burden Interview) e a qualidade de vida (WHOQOL- Abbreviated) dos cuidadores de pacientes idosos do Hospital Dia do Idoso de Anápolis. Foram obtidas informações sobre o perfil do idoso dependente: o nível de dependência (índice de Katz) e variáveis demográficas (sexo e faixa etária). As médias das variáveis categóricas foram analisadas estatisticamente pelo teste T-Student e ANOVA e entre as variáveis quantitativas foi calculada correlação Pearson. Resultados: De 35 cuidadores incluídos, 83% apresentaram grau de sobrecarga no mínimo moderada. Cuidadores do sexo feminino, alfabetizadas, sem grau de parentesco com idoso obtiveram maiores médias de sobrecarga. Idosos muito dependentes estiveram relacionados também a maiores índices de sobrecarga. Evidenciou-se associação entre altos níveis de sobrecarga e baixos escores na percepção da qualidade de vida. Conclusões: Conclui-se que sobrecarga vivenciada pelos cuidadores de idosos com maior dependência influencia na pior percepção de qualidade de vida e que há um perfil de cuidadores mais suscetível à sobrecarga, contribuindo para conscientização da equipe de saúde sobre a importância de formular medidas de apoio ao cuidador e até de tratamento para que o cuidado seja exercido de forma eficiente no Hospital Dia do Idoso de Anápolis
Impacto da avaliação geriátrica direcionada de 10 minutos (TaGA-10) no prognóstico do paciente idoso no contexto do hospital dia geriátrico de Anápolis- Goiás
O aumento do número de idosos traz como consequência a alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e maior risco de multimorbidades, cursando com o declínio das capacidades funcionais e maior mortalidade, gerando uma maior procura pelos serviços de saúde. Assim, em locais de alto fluxo a Avaliação Geriátrica Direcionada (TaGA) é um instrumento de fácil aplicação que possibilita o rastreio de síndromes geriátricas, de forma rápida e direcionada. O presente estudo objetiva validar a capacidade da TAGA-10 de prever o desfecho clínico de pacientes atendidos no Hospital Dia Geriático (HDG) de Anápolis. Trata-se de um estudo primário observacional, de prevalência, transversal, descritivo e quantitativo, que será realizado no HDG de Anápolis por meio da aplicação da TAGA-10. Em relação a amostra, o estudo contará com 375 idosos de ambos os sexos com faixa etária entre 60 e 80 anos de idade, tendo confiabilidade de 95%. Os dados serão transferidos para o Microsoft Excel para posterior análise e tratamento estatístico. Espera-se que idosos que apresentam pontuação mais próxima de zero terão desfecho clínico favorável e bom prognóstico. E os que possuírem pontuação mais próxima de um estarãomais suscetíveis a desenvolver alguma complicação, necessitando de cuidado e atenção diferenciados
Ascensão das IST em idosos
Introdução: No Brasil observou-se um aumento significativo na expectativa de vida da população, cursando com uma inversão da pirâmide etária. Isso se deve a uma queda na taxa de mortalidade, bem como na taxa de fecundidade. De acordo com os indicadores, no país, a população com idade acima de 60 anos passou de 3 milhões em 1970 para 7 milhões em 1975, 14 milhões em 2002 e 20 milhões em 2010, isso representa um aumento total de 600% em apenas 50 anos. Além dessa transição demográfica, o Brasil vem passando também por uma transição epidemiológica, que, enquanto nos demais países foi caracterizada por uma redução das doenças infecciosas e parasitárias e, ascensão das doenças crônicodegenerativas, nos estados brasileiros, pode-se observar a permanência dessas duas entidades como principais causas de morte. Objetivo: Avaliar a ascensão das infecções sexualmente transmissíveis nos idosos, dando ênfase na infecção pelo HIV. Material e método: Trata-se de uma revisão integrativa, em que a busca por artigos foi realizada nas plataformas Google Acadêmico, National Library of Medicine and National Institutes of Hellth (PubMed) e Scientific electronic Library Online (SciELO). Foram utilizados 15 artigos com restrição de tempo de publicação de 2011 a 2018 e que, atendiam ao objetivo do estudo. Foram utilizados os seguintes descritores: “idosos” e “HIV” nos idiomas português e inglês. Resultados: Sabe-se hoje que, o passar do tempo não interfere, necessariamente, na libido do homem e da mulher senil, mesmo havendo alterações anatômicas e fisiológicas na senescência e que, somado a criação de agentes farmacológicos para disfunção sexual acabou-se observando uma elevação dessa prática nesse grupo. Entretanto, devido a criação de uma visão estereotipada do idoso, sendo considerado um ser "assexual", observamos certa negligência pelas campanhas de conscientização sobre o uso de preservativos e transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) o que contribui para a persistência dessa cultura de estereótipos e permanência dos idosos como um grupo de risco. Logo, podese observar um drástico aumento de ISTs, sendo que delas, a infecção pelo HIV, é a que mais se destaca. Essa doença leva a uma disfunção no sistema imunológico do indivíduo propiciando assim a instalação de doenças oportunistas, elevando a morbidade e mortalidade desses indivíduos. De acordo aos estudos, apenas 16,64% dos indivíduos entre 50 e 64 anos confirmaram o uso de preservativos. Isso seria explicado pela menor preocupação dessa população com a concepção, dificuldades com manuseio de preservativo, estabilidade do relacionamento e submissão ao companheiro. Já em relação a qualidade de vida desses idosos convivendo com HIV/AIDS, foi comprovado que a maioria deles apresentam menores escores nas escalas de QV comparada a idosos não infectados. isso seria explicado pelas alterações já características da senilidade associadas as limitações impostas pelo vírus. Conclusão: A partir dos estudos, conclui-se a necessidade em maiores investimentos públicos em educação em saúde dos idosos, uma vez que esse grupo apresenta ainda um conhecimento insatisfatório sobre a correta transmissão da doença, além das complicações e limitações estabelecidas pela AIDS. Além de maior objetividade dos profissionais de saúde limitando seu campo de diagnósticos a preceitos e paradigmas já quebrados pela globalização. Palavra
A EXPERIÊNCIA DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DE GOIÂNIA NO PROGRAMA MUNICIPAL DE CONTROLE DO TABAGISMO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o tabagismo como dependência de nicotina, sendo incluído no grupo de transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substâncias psicoativas. É uma doença crônica, configurando um dos grandes problemas de saúde pública, sendo a maior causa de morte evitável em todo o mundo. O tratamento dos tabagistas inclui: avaliação clínica, abordagem mínima ou intensiva, individual ou em grupo e, se necessário, terapias medicamentosas. O presente projeto objetiva determinar o índice de cessação do tabagismo, examinar os fatores associados e correlacionar os medicamentos utilizados com o índice de sucesso do tratamento no grupo de assistência aos tabagistas do Centro de Referência em Atenção à Saúde da Pessoa Idosa em Goiânia. Será realizado estudo baseado na análise retrospectiva de prontuários de pacientes atendidos pelo Programa Municipal de Controle do Tabagismo na respectiva instituição, no período de 2011 a 2014. Serão incluídos na pesquisa todos os pacientes que obtiveram atendimento neste período cujos prontuários tenham informações suficientes para a coleta de dados. Espera-se com esta pesquisa verificar o índice de cessação do tabagismo e os fatores que influenciaram na adesão e na motivação para o abandono do hábito de fumar. É interesse destacar quais fatores colaboraram com a cessação, assim como se houve recaída após a participação no grupo de apoio
Análise do perfil clínico-epidemiológico e da qualidade de vida dos pacientes idosos portadores de HIV no município de Anápolis- Goiás
O processo de envelhecimento e aumento da expectativa de vida são uma realidade mundial. No Brasil, está ocorrendo um crescente estágio de transição, em que a diminuição da mortalidade e fertilidade permitirá uma possível inversão da pirâmide etária. A epidemia da AIDS, uma doença crônica adquirida pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e de transmissão predominantemente sexual, vem aumentando nos últimos anos em indivíduos idosos, devido principalmente aos possíveis comportamentos de risco desenvolvidos por esse grupo. O objetivo do presente trabalho é caracterizar o perfil epidemiológico da infecção pelo HIV em idosos que buscam a Terapia Antirretroviral no Posto de Saúde – Unidade Jundiaí (OSEGO) do município de Anápolis – Goiás, utilizando-se para isso a análise de prontuários no período de 2010 a 2018 e entrevistas com os pacientes. Também será pesquisada a qualidade de vida desses pacientes por meio da aplicação de um questionário específico. Além disso, este trabalho busca principalmente correlacionar o perfil epidemiológico e a qualidade de vida dos idosos entrevistados. Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, descritivo e transversal de natureza quantitativa. A AIDS é uma doença prevalente em diversas faixas etárias. Compreendê-la na população idosa, um grupo de grande prevalência no meio social, é de fundamental importância na análise do perfil de risco para o desenvolvimento da doença e de seu impacto na qualidade de vida dos indivíduos infectados
Medical health condition of institutionalized elderly / Condição médica de saúde de idosos institucionalizados
Brazil has been experiencing a process of population aging, which has led to an increase in the number of elderly people, as well as an enhancement of the importance of Long-term Institutions for Elderly People (LIEP). Based on this approach, this study aimed to know the health medical conditions and the medications used by the elderly people institutionalized in the city of Anápolis (GO). It was a descriptive and quantitative cross-sectional typology with pre-structured questionnaires used for analysis of medical records and reports of a population composed by 101 elderly people hosted in five LIEP. The results of this research were a higher prevalence of institutionalized elderly people over 76 years old, female, who suffer from high functional dependence, concomitantly with the decompensation of their chronic diseases, such as hypertension and diabetes, as well as worsening of acute aggravations, such as falls, and gastrointestinal disorders. It was also evaluated the prevalence of the medication classes used by the group, highlighting the usage of antihypertensive, in accordance with the most prevalent chronic disease. In addition, it was reported some difficulty in accessing adequate medical treatment. Finally, most of these places present socioeconomic characteristics of low financial conditions, conflicting family contact, absent leisure activities, with acute aggravations and decompensation caused by chronic diseases, and restricted medical care. However, all visited institutions were interested in the search for improvements that culminate in quality of life for the elderly people and fit the requirements recommended by the Ministry of Health.
STRUCTURED CLINICAL EVALUATION
In a world experiencing profound technological and socio-political
changes in areas of knowledge and capacity, healthcare can not remain static. A new kind of professional is required, whose practice is based on ethics, scientific standards, integrity,
citizenship, and health promotion, who develops skills beyond healthcare, such as decision making, communication,leadership, management, and continuing education. No single method can assess all of these elements (knowledge, skills, and attitudes), and only a combination of methods is able to produce a valid
evaluation. An alternative method exists: structured clinical assessments based on observation of "to do, or how to do" that aim to complete this evaluation by focusing attention on the performance of specific skills. In order to broaden the scope of evaluation methods that have been used in health education, this article, a literature review, intends to offer readers an overview of the diverse types of structured clinical evaluation, emphasizing Objective Structured Clinical Examination, the most widely used in Brazil, with a goal of advancing opportunities for health professionals to make use of this evaluative tool
O comprometimento da funcionalidade dos idosos vítimas da COVID-19
A COVID-19 é uma doença infecciosa que afeta as pessoas de diferentes maneiras. Em sua maioria, os infectados apresentam apenas sintomas leves a moderados, de curta duração, e não necessitam hospitalização. Entretanto, alguns pacientes apresentam doenças e sintomas após a cura da doença viral. Os idosos representam um dos principais grupos de risco para esta infecção, estando expostos a maiores números de agravos e maior mortalidade pela COVID-19 principalmente os com multimorbidades associadas, apresentam maiores déficits no sistema imunológico, estando mais predispostos a mortalidade e complicações pela infecção viral, o que pode acarretar em comprometimento da funcionalidade e aumento da fragilidade nessa população. Foi realizada uma mini revisão de literatura, com base em cinco artigos datados entre 2020 a 2021 e selecionados a partir das bases de dados do PubMed e Scielo. Inúmeros estudos demonstraram que a COVID-19 impactou negativamente na saúde da população idosa. Nota-se que a fragilidade esteve aumentada em idosos após a doença e que os índices de fragilidade estiveram relacionados com o prognóstico. Outros sintomas como dispneia, fadiga e diminuição da atividade física também aumentaram nesses pacientes. Nesse sentido, os sistemas de saúde devem atentar-se às individualidades dessa população frente à nova doença, tendo em vista seus impactos a longo prazo na funcionalidade em idosos, principalmente nos com multimorbidades
Cancer mortality trends in Brazilian adults aged 80 and over from 2000 to 2017
INTRODUCTION: Adults aged 80 and over represent the fastest growing segment of the population in emerging countries. Studies of cancer mortality trends in the oldest old population are scarce in Brazil.
OBJECTIVE: To describe trends in cancer mortality in the Brazilian oldest old, by gender and cancer type, from 2000 to 2017.
METHODS: This was a descriptive study with a time trend design, based on data from the Mortality Information System (of the Informatics Department of the Unified Health System). The variables analyzed were year of death, sex and cancer site. The five most common types of cancer were identified, and mortality rates and trends were calculated for each one. Trends were determined using joinpoint regression. In all cases where one or more joinpoints were statistically significant the average annual percent change (AAPC) was calculated based on the arithmetic mean of the annual percent change (APC), weighted by the length of each segment. The statistical significance of the APC and AAPC was estimated by calculating 95% confidence intervals (CI) with an alpha level of 0.05.
RESULTS: Mortality rates increased over time (AAPC = 1.50; 95%CI, 1.20 - 1.70) in both males (AAPC = 1.90; 95%CI, 1.70 - 2.10) and females (AAPC = 1.30; 95%CI, 1.00 - 1.50). Men had higher mortality rates than women. The most common causes of cancer-related death were prostate cancer (AAPC = 1.70; 95%CI, 1.10 - 2.30) in men, and breast cancer (AAPC = 1.90; 95%CI, 1.50 - 2.20) in women, followed by cancers of the lung and bronchus, stomach and colon. All rates increased over time, except in the case of stomach cancer.
CONCLUSION: The study revealed increasing mortality rates for screenable and/or preventable cancers, alerting to the need for preventive measures.</p