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    Caracterização química e atividade antioxidante das inflorescências de Musa paradisiaca L.

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    Orientadora : Profa. Dra. Juliana Bello Baron MaurerCo-orientador : Profa. Dra. Selma Faria Zawadzki BaggioDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências : Bioquímica. Defesa: Curitiba, 20/03/2015Inclui referências : f. 80-92Resumo: O presente estudo teve como objetivos caracterizar fitoquimicamente e avaliar a atividade antioxidante das inflorescências de Musa paradisiaca L. Esta espécie, cujo fruto é conhecido popularmente como banana, tem suas inflorescências tradicionalmente usadas no combate a diabetes mellitus, menorragia e desordens digestivas e respiratórias como bronquite, tosse e asma. As inflorescências frescas de M. paradisiaca foram utilizadas para o preparo dos extratos aquosos, hidroalcoólicos e frações com solventes de diferentes polaridades. As amostras foram submetidas, primeiramente, a uma análise fitoquímica qualitativa e, em seguida, a dosagens espectrofotométricas de diferentes metabólitos como carboidratos, proteínas, fenólicos, flavonoides, taninos condensados e antocianinas. Para caracterização de compostos fenólicos, as amostras foram submetidas à análise por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). As amostras ainda foram testadas quanto a sua atividade antioxidante in vitro através dos ensaios de: redução do radical 1,1- difenil-2-picril-hidrazila (DPPHo), sequestro dos radicais superóxido e hidroxila, poder redutor e capacidade de inibir a peroxidação lipídica através do ensaio de inibição das espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). A análise qualitativa mostrou a presença nas inflorescências de polifenois, antocianinas, flavonoides, taninos, saponinas, triterpenos/esteroides e cumarinas, todos compostos com já relatada atividade terapêutica. As amostras estudadas apresentaram variações nos conteúdos de carboidratos (14 a 42 %), proteínas (4,8 a 6,8 %), fenólicos (1,5 a 16 %) e taninos condensados (0,07 a 0,3 %). O conteúdo de antocianinas foi semelhante nas amostras testadas, com variação entre 42 a 46 mg equivalente à cianidina-3-glucosídeo por 100 g extrato seco. A análise de CLAE sugere a presença de ácidos fenólicos (ácido clorogênico, ácido cumárico, ácido ferúlico e ácido sinápico) e de flavonoides (rutina, miricetina e epicatequina). A presença de ácido clorogênico e rutina no material em estudo sugere que eles podem estar envolvidos nas atividades apresentadas pelo seu uso tradicional, como no combate a injúrias intestinais e asma. As amostras apresentaram atividade antioxidante, com valores de concentração efetiva de amostra necessária para inibir 50 % da concentração inicial de radicais (EC50), em mg.mL-1, variando de 0,27 a 1,94, para DPPHo; 1,97 a 5,64, para hidroxila, e 1,22 a 2,25, para superóxido. O ensaio de redução do radical DPPHo do extrato hidroalcoólico das flores (EOH-F) apresentou atividade semelhante ao padrão comercial BHT e foi constatada uma forte correlação entre a atividade antioxidante e o conteúdo fenólico das amostras nesse ensaio (r= -0,8494). Também apresentaram poder redutor com absorbância a 700 nm variando de 0 a 1,3 e atividade de inibição da peroxidação lipídica, com atividade de inibição média entre as amostras de 19 %. Portanto, os resultados sugerem que compostos fenólicos como flavonoides e ácidos fenólicos podem estar relacionados com as propriedades medicinais das inflorescências de M. paradisiaca e que o seu consumo deve ter impactos favoráveis sobre a saúde. Palavras-chave: Musa paradisiaca, inflorescências, caracterização química, atividade antioxidante, compostos fenólicos.Abstract: The present study aims to investigate chemical characterization and antioxidant activity from Musa paradisiaca L. inflorescences. This species, whose fruit is popularly known as banana, has its inflorescences traditionally used to combat diabetes mellitus, menorrhagia and digestive and respiratory disorders such as bronchitis, cough and asthma. The fresh M. paradisiaca inflorecenses were used for the preparation of aqueous and hydroalcoholic extracts and fractions with solvents of different polarities. The samples were subjected, first, to a phytochemical screening, and then to spectrophotometric measurements of various metabolites such as carbohydrates, proteins, phenolics, flavonoids, condensed tannins and anthocyanins. Then with the objective of characterizing the phenolic compounds, the samples were examined by high performance liquid chromatography (HPLC). The samples were also tested for their in vitro antioxidant activity using the 1,1-diphenyl-1-picrylhydrazyl (DPPHo), superoxide and hydroxyl radical-scavenging assays; the reducing power and the ability to inhibit lipid peroxidation by testing inhibition of thiobarbituric acid reactive species (TBARS). The phytochemical screening showed the presence of polyphenols, anthocyanins, flavonoids, tannins, saponins, triterpenes/steroids and coumarins, all compounds reported to have therapeutic activity. The samples exhibited variations in the carbohydrate content (14 to 42 %), protein (4.8 to 6.8 %) phenolic (1.5 to 16 %) and condensed tannins (0.07 0.3 %). The anthocyanin content was similar in the samples tested, ranging from 42 to 46 mg equivalent to cyanidin-3-glucoside per 100 g dry extract. The HPLC analysis suggests the presence of phenolic acids (chlorogenic acid, coumaric acid, ferulic acid and sinapic acid) and flavonoids (rutin, myricetin and epicatechin). The presence of chlorogenic acid and rutin in the material under study, suggests that they may be involved in the activities presented by their traditional use as in combating intestinal injuries and asthma. The samples exhibited antioxidant activity with effective concentration required to inhibit 50 % of the initial concentration of radical (EC50) values, in mg.mL-1, varying from 0.27 to 1.94 for DPPHo; from 1.97 to 5.64 for hydroxyl and from 1.22 to 2.25 for superoxide. The DPPHo assay of the hydroalcoholic extract of the flowers (EOHF) showed activity similar to commercial standard BHT and a strong correlation was found between the antioxidant activity and phenolic content of the samples in this assay (r = -0.8494). Also showed reducing power with absorbance at 700 nm ranging from 0 to 1.3 and inhibition of lipid peroxidation activity with mean activity inhibition between samples of 19 %. Therefore, the results suggest that phenolic compounds such as flavonoids and phenolic acids may be related to the medicinal properties from M. paradisiaca inflorescences, and that their use should have positive impact on health. Key-words: Musa paradisiaca, inflorescences, chemical characterization, antioxidant activity, phenolic compounds

    Movimento de agricultura urbana: estudo de caso da horta comunitária do Muquém, Florianópolis/SC

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    Este estudo se propõe a apresentar e analisar a Horta Comunitária do Muquém (HCM), localizada no distrito de São João do Rio Vermelho, na cidade de Florianópolis/SC. Para isso, busca-se mostrar, através da revisão de literatura, o processo histórico que conduziu à materialização da referida horta e apresentar e refletir sobre as transformações socioespaciais promovidas pelas atividades da horta. A HCM surgiu em 2020, fruto da mobilização social, como uma alternativa para o agravamento da insegurança alimentar com a pandemia de COVID-19. Em pouco mais de um ano de existência, a HCM contribuiu com mudanças significativas na paisagem e no contexto social local, realizando a produção e distribuição de alimentos agroecológicos e a compostagem de resíduos orgânicos. Os resultados apontam que a HCM contribui para uma ocupação mais democrática da cidade, a promoção do convívio coletivo e da sustentabilidade no contexto urbano

    Horta urbana como estratégia para o enfrentamento da insegurança alimentar: o caso da horta comunitária do Muquém, Florianópolis/SC

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    TCC (especialização) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Educação. Curso de Especialização em Permacultura.A insegurança alimentar vem crescendo na população brasileira nos últimos seis anos e, no meio urbano, ela está intimamente relacionada ao crescimento acelerado das cidades e às múltiplas crises (econômica, sanitária e social) que vem infligindo principalmente a parcela mais afetada pela vulnerabilidade social no Brasil. Uma das estratégias para combater a insegurança alimentar é investir em movimentos de agricultura urbana, entre eles as hortas comunitárias. Assim, este estudo se propõe a apresentar e investigar a Horta Comunitária do Muquém (HCM). Para isso, busca-se mostrar, através da revisão de literatura, o processo histórico que conduziu à materialização da referida horta; apresentar e refletir sobre as transformações socioespaciais promovidas pelas ações da horta e compreender quem são as pessoas envolvidas e os impactos que as atividades da horta tem/tiveram na qualidade de vida e alimentar delas através da aplicação de um questionário. A HCM surgiu em julho de 2020, no bairro Rio Vermelho, em Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, como uma alternativa para o agravamento da insegurança alimentar com a pandemia do coronavírus (COVID-19). Em pouco mais de um ano de existência, a HCM contribuiu com mudanças significativas na paisagem e no contexto social local, realizando a produção e distribuição de alimentos agroecológicos, a compostagem de resíduos orgânicos e a promoção de formações, mutirões e ações de engajamento da comunidade local. O perfil médio das pessoas que colaboram com as atividades da horta tem idade entre 30 e 49 anos, nasceu fora de Florianópolis ou grande Florianópolis, pertence ao gênero feminino, possui ensino superior completo, reside a aproximadamente 1,7 km do local da horta, participa há mais de 10 meses das atividades, se encontra no estado de segurança alimentar e afirma que participar da horta trouxe impactos positivos a sua qualidade de vida, como melhora da saúde física e mental e qualidade da alimentação. Tais resultados apontam que a HCM contribui para a promoção da sustentabilidade no contexto urbano e da qualidade de vida e alimentar das pessoas que participam de suas ações

    Impacto de poluentes emergentes da água no metabolismo energético, nas defesas antioxidantes e no influxo de cálcio no testículo de rato (Rattus norvegicus) e de peixe (Danio rerio)

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    Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, Florianópolis, 2020.O desenvolvimento correto da espermatogênese é fundamental para a fertilidade masculina. Sabe-se que substâncias poluentes ambientais podem interferir nesse importante processo, exercendo efeitos reprodutivos deletérios em diferentes grupos taxonômicos animais. Assim, esse estudo teve como objetivo analisar os efeitos e o mecanismo de ação de poluentes emergentes da água nas funções reprodutivas em ratos e peixes machos. O presente estudo foi dividido em três etapas: na primeira foram estudados os efeitos agudos da exposição in vitro ao efluente da indústria de papel e celulose e ao fitoesteroide presente na madeira, ß-sitosterol, nos testículos e nas células de Sertoli de ratos imaturos (Rattus norvegicus) de 10 e 30 dias de idade; na segunda foram analisados os efeitos agudos da exposição in vitro ao efluente da indústria de papel e celulose e ao triterpeno presente na madeira, betulinol, nos testículos e nos espermatozoides de peixes maduros (Danio rerio); na última foram analisados os efeitos da exposição in vitro e in vivo nos testículos de Danio rerio ao larvicida piriproxifeno. Os resultados principais mostraram que o efluente apresentou, nos testículos de ratos de 10 dias, o papel principal de desregulador do metabolismo energético (diminuição no conteúdo de lactato e na captação de glicose) enquanto nos testículos de animais de 30 dias exibiu uma ação de desregulador do metabolismo oxidativo (conteúdo de espécies reativas de oxigênio (EROs), conteúdo de glutationa reduzida (GSH), peroxidação lipídica (TBARS) e atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) se apresentaram aumentados). Somente nos animais de 10 dias as células de Sertoli mostraram vulnerabilidade aos parâmetros analisados, como um atraso na secreção de vesículas ácidas e alterações nos padrões de consumo de oxigênio mitocondrial. Testículos de peixes expostos ao efluente e ao betulinol apresentaram redução no conteúdo de lactato e no influxo de cálcio, possivelmente devido à ativação da bomba trocador sódio-cálcio (NCX). Além disso, os testículos expostos ao betulinol também apresentaram conteúdo de EROs, GSH e atividade da enzima glutationa-S-transferase (GST) elevados. Testículos de peixes expostos in vivo ao piriproxifeno apresentaram elevação na peroxidação lipídica e na atividade de GST, diminuição do conteúdo de GSH e aumento no número e na área dos cistos de espermatogônia. O fígado dos peixes expostos in vivo ao piriproxifeno apresentou um aumento na basofilia dos hepatócitos e dilatação dos vasos sanguíneos, o que sugere uma ação xenoestrogênica desse larvicida. Além disso, a exposição in vitro ao piriproxifeno causou elevação do influxo de cálcio testicular através da abertura dos canais de cálcio dependentes de voltagem (CCDV) do tipo T, inibição da bomba Ca2+-ATPase do retículo sarcoplasmático (SERCA) e da bomba NCX e pela mobilização de cálcio dos estoques intracelulares. Esses resultados mostram que poluentes comumente presentes nos corpos de água, em períodos agudos de exposição, são capazes de induzir alterações em importantes funções metabólicas que são cruciais para a progressão da espermatogênese em mamíferos e peixes.Abstract: The correct development of spermatogenesis is essential for male fertility. It is known that environmental polluting substances can interfere in this important process, exerting harmful reproductive effects in different animal taxonomic groups. Thus, this study aimed to analyze the effects and mechanism of action of emerging pollutants from water on reproductive parameters in male rats and fish. The study was divided into three steps: in the first, the acute effects of in vitro exposure to the pulp and paper mill effluent industry and to the wood-derived phytosteroid, ß-sitosterol, on the testis and on the Sertoli cells of immature rats (Rattus norvegicus) of 10 and 30 day-old were studied; in the second, the acute effects, of in vitro exposure, of the pulp and paper mill effluent and of the wood-derived triterpene, betulin, were analyzed on the testis and spermatozoa of mature fish (Danio rerio); in the latter, the effects of in vitro and in vivo exposure in mature fish (Danio rerio) testis to the larvicide pyriproxyfen were analyzed. The main results showed that the effluent had, in the testis of 10-day-old rats, the main role of disrupting energy metabolism (decreased in lactate content and glucose uptake) while in the testis of 30-day animals it had an action of disruptor of oxidative metabolism (increased in the content of reactive oxygen species (ROS), in the content of reduced glutathione (GSH) in the lipid peroxidation (TBARS) and in the superoxide dismutase (SOD) enzyme activity). The Sertoli cells of 10-day-old animals were more vulnerable than that of 30-day-old animals in the analyzed parameters because only the first ones showed a delay in the secretion of acidic vesicles and changes in the patterns of mitochondrial oxygen consumption. Testes of male fish treated with effluent and betulin showed a decrease in lactate content and calcium influx, possibly due to the activation of the sodium-calcium exchanger (NCX) pump. In addition, testes treated with betulin also showed high content of ROS, GSH and glutathione-S-transferase (GST) activity. Fish testes treated in vivo with pyriproxyfen showed an increase in TBARS content, GST activity, a decrease in GSH content and an increase in the number and area of testicular spermatogonian cysts. The liver of fish exposed in vivo to pyriproxyfen showed an increase in the basophilia of hepatocytes and dilation of blood vessels, which suggests a xenoestrogenic action of this larvicide. In addition, in vitro exposure to pyriproxyfen caused an increase in testicular calcium influx by opening the voltage-dependent T-type channels (T-type VDCC), inhibiting sarco/endoplasmic reticulum 45Ca2+-ATPase (SERCA) and the NCX and by mobilizing calcium from stores. These results show that pollutants commonly present in bodies of water in short periods of exposure, are capable of inducing changes in important metabolic functions, crucial for the progression of spermatogenesis in mammals and fish
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