30 research outputs found
Avaliação da dinâmica da expressão de receptores para Hormônio Luteinizante no endométrio da égua
A influência dos hormônios reprodutivos no ciclo estral e nas estruturas gonadais das fêmeas já é bem conhecido, porém a descoberta de Receptores para Hormônio Luteinizante (RLH) no trato extra-gonadal abriu novos questionamentos sobre a função deste hormônio no trato reprodutivo nas diferentes espécies. Assim, este trabalho objetivou observar, através de arcadores munohistoquímicos contra os RLH, a atividade dos receptores para o Hormônio Luteinizante no endométrio de seis éguas que encontravam-se no período da luteólise e seis horas após a administração de Hormônio Liberador de Gonadotrofinas
Redução da gestação gemelar em éguas puro sangue de corrida antes ou após a fixação uterina da vesícula embrionária
A gestação gemelar é um sério problema devido às perdas econômicas geradas pelos altos índices de abortos, natimortos, mortalidade perinatal e queda de fertilidade da égua. Diversos métodos têm sido utilizados para realizar a redução de um dos gêmeos, como o esmagamento precoce de uma das vesículas sob controle ultra-sonográfico. O experimento teve como objetivo verificar a eficácia da redução de uma das vesículas embrionárias no 16 o dia pós-ovulação, antes ou depois de sua fixação no útero. Foram analisados os registros de 1337 éguas, da raça Puro Sangue de Corrida (PSC), pertencentes a três criatórios da região Sul do Brasil, num período de 10 anos. O diagnóstico de gestação foi realizado através de ultra-sonografia a partir do 10o dia após a ovulação e repetido semanalmente até os 45 dias de gestação. Uma vez diagnosticadas gestações gemelares procedeu-se a eliminação de uma das vesículas embrionárias pelos seguintes métodos: (a) diagnóstico antes da fixação no 16o dia pós-ovulação - esmagamento de uma das vesículas, (b) diagnóstico após o 16o dia com vesículas não justapostas - esmagamento de uma das vesículas ou (c) diagnóstico após o 16o dia com vesículas justapostas - restrição alimentar de concentrado durante duas semanas. A técnica foi bem sucedida quando ocorreu a redução de apenas uma das vesículas embrionárias. Naquelas gestações em que as vesículas se encontravam justapostas após os 30 dias optou-se pela administração de prostaglandina. A taxa geral de prenhez observada foi de 68,3% (914/1337) e a porcentagem de gestação gemelar foi de 11,5% (105/914). Diagnosticaram-se 38 gestações gemelares após a fixação, no 16o e 62 o dia antes da fixação. Houve cinco perdas de dados. A redução embrionária realizada antes da fixação foi significativamente (p=0,0317) mais bem sucedida do que quando o procedimento ocorreu após a fixação embrionária. Conclui-se, que o esmagamento de uma das vesículas é um procedimento eficaz na redução da gestação gemelar, principalmente quando realizado antes do 15o dia de gestação
Protein profile from the endometrial secretion of the mare
O objetivo geral deste trabalho foi caracterizar o perfil protéico da secreção uterina pura, através da eletroforese bi-dimensional, de éguas em diferentes fases do ciclo estral, com diferentes graus de alterações inflamatórias e degenerativas, e com diferente capacidade de resposta à cobertura. Para tanto se realizaram cinco experimentos. O primeiro objetivou caracterizar o perfil protéico da secreção endometrial de éguas e determinar se essas proteínas estão associadas ao ciclo estral. A hipótese a ser testada é que o perfil protéico das secreções endometriais varia entre o estro e o diestro. Conclui-se que a composição protéica da secreção uterina da égua em estro é diferente daquela de éguas em diestro, podendo as diferenças protéicas estarem associadas tanto ao processo de manutenção e desenvolvimento embrionário, como a uma necessidade de eventual resposta inflamatória. O segundo experimento objetivou comparar as taxas de prenhez e morte embrionária em éguas não lactantes cobertas no primeiro, ou em outros ciclos durante a temporada reprodutiva. Foi concluído que: (a) durante a temporada reprodutiva, a fertilidade de éguas solteiras é menor no 1° ciclo que nos ciclos subseqüentes; (b) que uma taxa de morte embrionária maior pode ser esperada em éguas falhadas cobertas no 1° ciclo do que nos demais e (c) que a menor fertilidade observada no 1° ciclo não está relacionada à incidência de endometrite persistente pós-cobertura. O terceiro experimento objetivou comparar o perfil protéico da secreção endometrial e a expressão de receptores para esteróides ovarianos no endométrio de éguas em diestro após a 1ª ovulação e após a 2ª ovulação da temporada. Conclui-se que o ambiente uterino é diferente no primeiro diestro da temporada reprodutiva, comparado aos ciclos subseqüentes. O quarto experimento objetivou comparar o perfil protéico da secreção endometrial de éguas resistentes e susceptíveis à endometrite persistente pós-cobertura, durante o estro.Ahipótese a ser testada é que o ambiente uterino da égua susceptível encontra-se alterado no estro prévio à cobertura. Conclui-se que a composição da secreção endometrial das éguas susceptíveis, antes da cobertura, é diferente daquela observada nas éguas resistentes, estando as proteinas observadas relacionadas ao processo inflamatório e à contratilidade uterina. O quinto experimento objetivou (a) comparar a composição protéica da secreção endometrial de éguas em estro com e sem fibrose e (b) avaliar o efeito da inflamação endometrial sobre o perfil protéico da secreção uterina de éguas em estro e em diestro. A hipótese é que a fibrose e a inflamação alteram a composição protéica do fluído uterino, podendo prejudicar o desempenho reprodutivo da égua. Conclui-se que nas éguas em estro a inflamação e a fibrose endometrial alteram apenas a quantidade de poucas proteínas no ambiente uterino. Durante o diestro, a presença da inflamação alterou o ambiente uterino, havendo maior quantidade de proteínas inflamatórias. Os resultados apresentados neste trabalho requerem a confirmação da identidade das proteínas, através de seqüeciamento ou imuno identificação. No entanto, várias informações puderam ser obtidas e muitas novas perguntas podem ser geradas, em especial a partir dos resultados com as éguas susceptíveis.The main objective from this study was the characterization of the protein profile by SDS-PAGE, from mares during the estrous cycle and mares with uterine inflammation, fibrosis and susceptibility to persistent post-mating endometritis. Five experiments were performed. The first aimed to evaluate the protein profile of endometrial secretions of mares and to determine if any of these proteins was associated with estrous cycle. It was concluded that protein profile from estrous mares is different from the profile from diestrous mares. This difference can be explained by requirements to support and develop the embryo or to an eventually inflammatory response. The second experiment aimed to compare pregnancy and embryo loss rates in non-lactating mares bred either in the first, or in other estrus cycles during the breeding season. It was concluded that: (a) during the breeding the fertility of non-lactating mares is lower in the 1st than in other estrus cycles season; (b) that a higher embryo loss rate may be expected in barren mares bred in the 1st than in other estrus cycles of the breeding season and (c) that the lower fertility rate observed during the 1st estrus cycle is not related to the incidence of post-breeding endometritis. The third experiment aimed to compare the protein profile of endometrial secretions and the steroid hormone receptor expression of the uterus from diestrous mares in the first, or in other estrous cycles during the breeding season. It was concluded that the uterine environment in the first diestrus of the breeding season is different in relation of the other diestrus. The fourth experiment aimed to compare the protein profile of endometrial secretions from estrous mares resistant or susceptible to persistent post-mating endometritis (PPME). The tested hypothesis was that before the insemination in susceptible mares the uterine environment is disturbed. It was concluded that there is a difference in the uterine environmentbetween resistant and susceptible mares to PPME, probably resulting from the inflammatory response and affecting the uterine contractility. The fifth experiment aimed (a) to compare the protein profile of endometrial secretions from estrous mares with and without fibrosis and (b) to estimate the effect of inflammation in the protein profile of endometrial secretion from mares in estrous and in diestrous. The tested hypothesis was that fibrosis and inflammation disturb the uterine environment modifying the protein profile of the endometrial secretion impairing the reproductive performance. It was concluded that inflammation and fibrosis in estrous influenced the protein profile in a low number of spots. During diestrous, the inflammation affect uterine environment with an expressive number of inflammatory proteins. The protein profile observed in the experiments must be confirmed by sequencing or immunoidentification. However, much information could be obtained but many others must be investigated, principally by the susceptible mare
Protein profile from the endometrial secretion of the mare
O objetivo geral deste trabalho foi caracterizar o perfil protéico da secreção uterina pura, através da eletroforese bi-dimensional, de éguas em diferentes fases do ciclo estral, com diferentes graus de alterações inflamatórias e degenerativas, e com diferente capacidade de resposta à cobertura. Para tanto se realizaram cinco experimentos. O primeiro objetivou caracterizar o perfil protéico da secreção endometrial de éguas e determinar se essas proteínas estão associadas ao ciclo estral. A hipótese a ser testada é que o perfil protéico das secreções endometriais varia entre o estro e o diestro. Conclui-se que a composição protéica da secreção uterina da égua em estro é diferente daquela de éguas em diestro, podendo as diferenças protéicas estarem associadas tanto ao processo de manutenção e desenvolvimento embrionário, como a uma necessidade de eventual resposta inflamatória. O segundo experimento objetivou comparar as taxas de prenhez e morte embrionária em éguas não lactantes cobertas no primeiro, ou em outros ciclos durante a temporada reprodutiva. Foi concluído que: (a) durante a temporada reprodutiva, a fertilidade de éguas solteiras é menor no 1° ciclo que nos ciclos subseqüentes; (b) que uma taxa de morte embrionária maior pode ser esperada em éguas falhadas cobertas no 1° ciclo do que nos demais e (c) que a menor fertilidade observada no 1° ciclo não está relacionada à incidência de endometrite persistente pós-cobertura. O terceiro experimento objetivou comparar o perfil protéico da secreção endometrial e a expressão de receptores para esteróides ovarianos no endométrio de éguas em diestro após a 1ª ovulação e após a 2ª ovulação da temporada. Conclui-se que o ambiente uterino é diferente no primeiro diestro da temporada reprodutiva, comparado aos ciclos subseqüentes. O quarto experimento objetivou comparar o perfil protéico da secreção endometrial de éguas resistentes e susceptíveis à endometrite persistente pós-cobertura, durante o estro.Ahipótese a ser testada é que o ambiente uterino da égua susceptível encontra-se alterado no estro prévio à cobertura. Conclui-se que a composição da secreção endometrial das éguas susceptíveis, antes da cobertura, é diferente daquela observada nas éguas resistentes, estando as proteinas observadas relacionadas ao processo inflamatório e à contratilidade uterina. O quinto experimento objetivou (a) comparar a composição protéica da secreção endometrial de éguas em estro com e sem fibrose e (b) avaliar o efeito da inflamação endometrial sobre o perfil protéico da secreção uterina de éguas em estro e em diestro. A hipótese é que a fibrose e a inflamação alteram a composição protéica do fluído uterino, podendo prejudicar o desempenho reprodutivo da égua. Conclui-se que nas éguas em estro a inflamação e a fibrose endometrial alteram apenas a quantidade de poucas proteínas no ambiente uterino. Durante o diestro, a presença da inflamação alterou o ambiente uterino, havendo maior quantidade de proteínas inflamatórias. Os resultados apresentados neste trabalho requerem a confirmação da identidade das proteínas, através de seqüeciamento ou imuno identificação. No entanto, várias informações puderam ser obtidas e muitas novas perguntas podem ser geradas, em especial a partir dos resultados com as éguas susceptíveis.The main objective from this study was the characterization of the protein profile by SDS-PAGE, from mares during the estrous cycle and mares with uterine inflammation, fibrosis and susceptibility to persistent post-mating endometritis. Five experiments were performed. The first aimed to evaluate the protein profile of endometrial secretions of mares and to determine if any of these proteins was associated with estrous cycle. It was concluded that protein profile from estrous mares is different from the profile from diestrous mares. This difference can be explained by requirements to support and develop the embryo or to an eventually inflammatory response. The second experiment aimed to compare pregnancy and embryo loss rates in non-lactating mares bred either in the first, or in other estrus cycles during the breeding season. It was concluded that: (a) during the breeding the fertility of non-lactating mares is lower in the 1st than in other estrus cycles season; (b) that a higher embryo loss rate may be expected in barren mares bred in the 1st than in other estrus cycles of the breeding season and (c) that the lower fertility rate observed during the 1st estrus cycle is not related to the incidence of post-breeding endometritis. The third experiment aimed to compare the protein profile of endometrial secretions and the steroid hormone receptor expression of the uterus from diestrous mares in the first, or in other estrous cycles during the breeding season. It was concluded that the uterine environment in the first diestrus of the breeding season is different in relation of the other diestrus. The fourth experiment aimed to compare the protein profile of endometrial secretions from estrous mares resistant or susceptible to persistent post-mating endometritis (PPME). The tested hypothesis was that before the insemination in susceptible mares the uterine environment is disturbed. It was concluded that there is a difference in the uterine environmentbetween resistant and susceptible mares to PPME, probably resulting from the inflammatory response and affecting the uterine contractility. The fifth experiment aimed (a) to compare the protein profile of endometrial secretions from estrous mares with and without fibrosis and (b) to estimate the effect of inflammation in the protein profile of endometrial secretion from mares in estrous and in diestrous. The tested hypothesis was that fibrosis and inflammation disturb the uterine environment modifying the protein profile of the endometrial secretion impairing the reproductive performance. It was concluded that inflammation and fibrosis in estrous influenced the protein profile in a low number of spots. During diestrous, the inflammation affect uterine environment with an expressive number of inflammatory proteins. The protein profile observed in the experiments must be confirmed by sequencing or immunoidentification. However, much information could be obtained but many others must be investigated, principally by the susceptible mare
Efecto terapéutico de la Ozonoterapia en la cicatrización de heridas en perros: Reporte de casos
Skin, subcutaneous tissue and underlying muscles wounds are the most common injuries of the clinical routine in veterinary medicine and are usually the results of polytrauma decurrent of car accidents or by attacks by other animals. These wounds require rapid treatment with the aim of decontamination and healing. We have described four cases of wounds in dogs treated topically (bagging, intralesional applications and ozonized oil) and systemically (minor autohemo therapy and intrarectal therapy) with ozone therapy as complementary to the traditional treatment. The wounds had rapid evolution, with decontamination in 2-7 days, an reduction of 40-50% in area between 15-30 days and total healing between 48-60 days. The results of this work propose that the ozone therapy used as adjuvant therapy in the management of wounds is a secure, effective therapy and supports a prompt recovery of the patients.Las heridas de la piel, del tejido subcutáneo y de los músculos subyacentes son las lesiones más comunes de la rutina clínica en Medicina Veterinaria y son generalmente resultados de politraumatismos decurrentes de accidentes automovilísticos o de ataques de otros animales. Estas heridas requieren rápido tratamiento con objetivo de descontaminación y cicatrización. Se describe cuatro casos de heridas en perros tratadas tópicamente (bolsas de ozono, inyecciones intralesionales y aceite ozonizado) y sistémicamente (auto hemo menor y terapia rectal) con ozonoterapia como terapia complementaria al tratamiento tradicional. Las heridas evolucionaron de manera rápida, con descontaminación entre 2-7 días, reducción de 40 % - 50 % del área entre 15-30 días y cicatrización total entre 48-60 días. Los resultados de este trabajo sugieren que la ozonoterapia como terapia adyuvante en el manejo de heridas es segura, eficaz y permite una rápida recuperación de los paciente