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    Sensibilidade e especificidade dos sistemas de classificação para excesso de peso em crianças de 7-10 anos

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos. Programa de Pós-graduação em Educação FísicaComparar o desempenho de três sistemas de classificações baseados no IMC, para detecção do excesso de gordura corporal em crianças de Florianópolis, SC, Brasil. Métodos: Estudo transversal com 2795 crianças de 7 a 10 anos de idade. Os critérios do IMC da: 1) International Obesity Task Force (IOTF-2000); 2) Organização Mundial de Saúde (OMS-2007) e 3) Brasil-2006 foram avaliados quanto à sensibilidade e especificidade em detectar o excesso de gordura corporal através das dobras cutâneas. A medida de referência utilizada para definir o excesso de gordura corporal foi o percentil 90 do resíduo padronizado do somatório das três dobras cutâneas (tríceps, subescapular e panturrilha medial). O excesso de peso foi computado de acordo com os valores de referência para cada sistema de classificação baseado no IMC e valores dos escores Z-IMC foram calculados para OMS-2007 (Z-OMS) e Brasil-2006 (Z-BR). A curva Receiver Operating Characteristic (ROC) foi utilizada para avaliar os valores de referência para excesso de peso como indicadores do excesso de gordura corporal. Positive e negative likelihood ratio (LR+ e LR-) foram calculados para definir o melhor ponto de corte dos escores Z (Z-OMS e Z-BR) para detectar o excesso de gordura corporal. Utilizando os princípios do teorema de Bayes, a probabilidade do excesso de gordura corporal em crianças classificadas como peso normal ou excesso de peso foi computada de acordo com os pontos de corte alternativos dos escores Z-OMS e Z-BR. Resultados: Os três sistemas de classificação para excesso de peso obtiveram áreas sob a curva ROC acima de 0,800, sugerindo boa precisão do diagnóstico nutricional nas crianças estudadas. Para meninas, melhor sensibilidade foi encontrada de acordo com a classificação Brasil-2006 (83,3%-100%), e para meninos com a classificação OMS-2007 (89,1%-100%). A classificação da IOTF-2000 apresentou alta especificidade, e moderada sensibilidade de diagnóstico para o excesso de gordura corporal em meninas (média 74%). Para as meninas, os pontos de corte alternativos dos escores Z-OMS e Z-BR apresentaram LR+ de 10,20 e 9,89, respectivamente. Para os meninos estes valores foram 8,41 e 9,60, para Z-OMS e Z-BR, respectivamente. O valor obtido de LR- foi 0,17 para as meninas de acordo com ambos os pontos de corte. Para os meninos foi de 0,16 e 0,17 de acordo com os escores Z-OMS e Z-BR, respectivamente. A probabilidade do excesso de gordura corporal em meninas classificadas como peso normal de acordo com ambos os pontos de corte alternativos foi 3,09%. Para os meninos foram de 3,22% e 3,41% de acordo com os escores Z-OMS e Z-BR, respectivamente. Meninas classificadas como excesso de peso pelos escores Z-OMS e Z-BR, obtiveram uma probabilidade do excesso de gordura corporal de 65,98% e 64,98%, respectivamente. Para os meninos estes valores foram 63,60% e 66,60% para Z-OMS e Z-BR, respectivamente. Conclusão: A precisão de diagnóstico dos escores Z-OMS e Z-BR foi similar, apresentando bom desempenho para detecção do excesso de gordura corporal, destacando-se a superioridade dos escores Z da classificação brasileira. Os três sistemas de classificação, de maneira geral, predisseram com precisão o excesso de gordura corporal, com exceção da moderada sensibilidade da classificação IOTF-2000 para as meninas. To compare the performance of three body mass index (BMI)-based classification systems for detecting excess fatness in children from Florianópolis, SC, Brazil. Methods: A cross-sectional analysis of 2795 children aged 7-10-y-old children was used. The BMI criteria from the 1) International Obesity Task Force (IOTF-2000); 2) World Health Organization (WHO 2007) and 3) Brazil-2006 were evaluated on the basis of their sensitivity and specificity for detecting excess body fat from multisite skinfold thicknesses (SFTs). The reference measure used to define excess body fat was the 90th percentile of the standardized residual of the sum of 3 SFTs (triceps, subscapular and medium calf). Excess weight was computed according to the reference values for each BMI-based classification system and the values for Z score BMI were calculated for WHO-2007 (Z-WHO) and Brazil-2006 (Z-BR). Receiver operating characteristic (ROC) curves were used to evaluate the reference values for excess weight as indicators of excess body fat. Positive and negative likelihood ratio (LR+ and LR-) were calculated to define the best cut-offs of Z scores (Z-WHO e Z-BR) for detecting excess body fat. Using the principles of Bayes#theorem, the probability for excess body fat in children classified as normal weight and as excess weight were computed according to the alternatives cut-offs of scores Z-WHO e Z-BR. Results: All three BMI classifications for excess weight obtained the areas under the ROC curves over the value of 0.800, suggesting good precision in diagnosing excess body fat in children studied. For girls, the best sensitivity was found according to Brazil-2006 classification system (83.3%-100%), and for boys with the WHO-2007 classification system (89.1%-100%). The IOTF-2000 classification system showed high specificity, and moderate sensitivity for diagnosing excess body fat in girls (mean 74%). The alternatives Z-scores cut-off points for WHO-2007 and BR-2006 presented LR+ of 10.20 and 9.89 for girls, respectively. For boys these values were 8.41 e 9.60, for Z-WHO and Z-BR, respectively. For girls, the obtained value of LR- was 0.17 for both cut-off points. For boys these values were 0.16 and 0.17 for Z-WHO and Z-BR, respectively. The probability of excess body fat in girls classified as normal weight by the alternatives cut-off points was 3.09%. For boys were 3.41% and 3.22%, according to the alternatives cut-offs of scores Z-WHO e Z-BR, espectively. For girls classified as excess weight by the alternatives cut-off points obtained for Z-WHO and Z-BR, the probability of excess body fat were 65.68% and 64.98%, respectively. For boys these values were 63.60% and 66.60%, for Z-WHO and Z-BR, respectively. Conclusions: The diagnostic accuracy for Z-WHO and Z-BR was similar, showing good performance for detecting excess of body fat, highlighting the superiority of Z scores of Brazilian classification. The three BMI-based classification systems, in general, accurately predicted excess of body fat, with exception of the moderate sensitivity of the IOTF-2000 classification for girls

    Mudanças de adiposidade em escolares de 7 a 10 anos e rastreamento do excesso de peso da infância para a adolescência: um estudo transversal e longitudinal

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    Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2015.Esta tese foi realizada com o objetivo de analisar as mudanças de adiposidade em escolares de sete a dez anos e o rastreamento do status de peso da infância para a adolescência em uma amostra de crianças e adolescentes do município de Florianópolis, durante um período de cinco anos. Para tal foram realizados três estudos, dos quais, dois foram de natureza transversal e um longitudinal. Os estudos transversais foram conduzidos com uma amostra probabilística de escolares de sete a dez anos de idade que participaram de dois inquéritos, realizados em 2002 (N=2.936) e em 2007 (N=1.232). No estudo longitudinal participaram escolares que no estudo base (2002) tinham idade entre sete e dez anos (N=2.959) e no seguimento (2007) tinham entre 11 e 14 anos (N=742). Nos estudos transversais foram analisadas as mudanças dos indicadores antropométricos (índice de massa corporal [IMC], circunferência da cintura [CC], razão cintura-estatura, dobras cutâneas do tríceps, subescapular, suprailíaca e panturrilha medial), de prevalências de baixo peso, excesso de peso e obesidade, utilizando-se os pontos de corte de referências internacionais e nacional do IMC, de déficit de estatura-para-idade e de risco e excesso de adiposidade abdominal (pontos de corte da CC da referência britânica). Adicionalmente foi determinada a contribuição de características individuais e da escola na variação do escore z do IMC dos escolares por meio de modelagem multinível, por sexo e ano de estudo. No estudo longitudinal foi investigada a influência de fatores sociodemográficos e do estado nutricional dos pais na mudança do status de peso (de acordo com o IMC) da infância para adolescência. Para tal utilizou-se a regressão multinomial multivariada para estimar as probabilidades da mudança na trajetória do status de peso da infância para adolescência, tendo como referência o grupo que manteve o peso normal. Entre os estudos transversais de 2002 e 2007, as prevalências de déficit de estatura-para-idade, baixo peso, obesidade e excesso de adiposidade abdominal permaneceram estáveis, enquanto que o sobrepeso (incluindo obesidade) aumentou em ambos o sexos. O risco de adiposidade abdominal aumentou em meninos, mas não em meninas. O IMC, CC e DC apresentaram tendência de aumento em todas as classes de idade, em ambos os sexos. A mudança relativa observada para as medianas das DC centrais (subescapular e suprailíaca) foi maior do que para as DC periféricas (tríceps e panturrilha medial). Na análise multinível, a contribuição do nível escola na variação do escore z do IMC foi baixa em 2002 (3%) e 2007 (6%), no entanto, asassociações foram significativas. Variáveis preditoras do nível individual explicaram 8,6-9,4% (para meninos e meninas em 2002, respectivamente) e 10,2-13,0% (para meninas e meninos, em 2007, respectivamente) da variação do IMC. Em ambas as pesquisas, a variável com maior influência sobre o IMC dos escolares foi o estado nutricional da mãe. Nas análises longitudinais, a probabilidade de manutenção do excesso de peso na adolescência mais do que quadruplicou entre os sete e 14 anos de idade. A probabilidade de manter o peso normal na adolescência foi maior nas crianças do quintil superior de renda familiar mensal. A obesidade dos pais reduziu em 20% a probabilidade das crianças manterem o peso normal na adolescência. Devido a esses resultados, as recomendações para medidas de política como parte da prevenção do sobrepeso/obesidade infantil devem começar em idades precoces, incluir além de intervenções escolares e com foco em mudanças de comportamento individual, estratégias com engajamento familiar. Intervenções claramente dirigidas às mães dos escolares e àqueles com baixa posição socioeconômica deve ser uma prioridade.Abstract : This thesis was performed with the aim of analyze the adiposity changes in 7-10-year-old schoolchildren and the tracking of weight status from childhood to adolescence in a sample of children and adolescents from Florianopolis, over a period of five years. For such was performed three studies, of which two were cross-sectional and one longitudinal. The cross-sectional studies were conducted with a probabilistic sample of 7-10-year-old schoolchildren who participated of the two surveys conducted in 2002 (N=2,936) and 2007 (N=1,232). In longitudinal studyparticipated schoolchildren that in the baseline study (2002) had between 7-10-year-old (N=2,959) and in following (2007) had between 11-14-year-old (N=742). In cross-sectional studies were analyzed to change of the anthropometric indicators (body mass index [BMI], waist circumference [WC], waist-to-height ratio [WHtR] and the skinfold thicknesses [SFT] of triceps, subscapular, suprailiac and medial calf) and prevalences of thinness, overweight and obesity, using BMI cut-offs of international and national references, the stunting and risk and excess abdominal adiposity (WC cut-offs of the British reference). In addition was determined the contribution of individual and school characteristics on the variation of BMI z-score using the gender-stratified multilevel modeling. In the longitudinal study was investigated the influence of the sociodemographic factors and parental nutritional status in weight status change (according to BMI) from childhood to adolescence. Multivariate multinomial regression was performed to estimate the probabilities of change in weight status trajectories with the maintaining normal weight group as the reference. Among the cross-sectional studies of 2002 and 2007, the prevalence of stunting, thinness, obesity and excess abdominal adiposity remained stable, whereas overweight (including obesity) increased in both sexes. The risk of abdominal adiposity increased in boys, but not in girls. BMI, WC and SFT tended to increase across age classes in both sexes. The relative change observed for the median central skinfolds (subscapular and suprailiac) was greater than that of peripheral skinfolds (triceps and medial calf). In multilevel analysis, the contribution of the school-level for variations of the BMI z-score was low in 2002 (3%) and 2007 (6%), however the associations were significant. The predictor's variables at the individual level explained 8.6-9.4% (for boys and girls in 2002, respectively) and 10.2-13.0% (for girls and boys in 2007, respectively) of the variation in BMI. In both surveys, the variable with the greatest influence on schoolchildren BMI was the mother's nutritional status. In the longitudinal analysis, theprobability of maintaining the overweight in adolescence more than quadrupled between seven and 14-year-old. The probability of maintaining a normal weight in adolescence was higher for children in the top quintile of family income. Parental obesity reduced the probability of the children maintained the normal weight status by almost 20% in adolescence. Owing to these results, recommendations for policy measures as part of the prevention of childhood overweight/obesity should begin at an early age, including in addition to school-based interventions, and focus on individual behavior change, strategies with a family engagement. Interventions clearly addressed to mother's schoolchildren and those with low socioeconomic position should be a priority

    ANTROPOMETRIA DE ATLETAS PROFISSIONAIS DE FUTEBOL: CALCULANDO O PERCENTUAL DE GORDURA

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    The purpose of this study was to analyze the parity of the equations which estimate body fat percentage using the body density as an independent variable in soccer professional athletes. The studied group was constituted of twenty-five soccer professional athletes with 22,7±4,4 years old. The anthropometric measures were evaluated: body mass and height, besides the hydrostatic weight, in order to determine the body density. Four equations which calculate the percentage of fat were analyzed by means of the body density: Rathburn & Pace (1945), Keys & Brozek (1953), Siri (1961) and Brozek et al. (1963). The average results, these were  respectively found 7,73±2,80%; 6,49±2,12%; 6,93±2,50%; 9,45±2,31%. When the paired “t” test was applied, there were not statistically significant differences. Although there is no difference, it is suggested to be used the equation developed by Brozek et al. (1963) since it shows less variability to predict the percentage of fat in soccer professional athletes.O objetivo do estudo foi analisar a paridade das equações que estimam o percentual de gordura corporal utilizando a densidade corporal como variável independente em atletas profissionais de futebol. O grupo estudado foi constituído de 25 atletas profissionais de futebol, com idade média de 22,7±4,4 anos. Foram avaliadas as medidas antropométricas: massa corporal e estatura, além da pesagem hidrostática, para determinação da densidade corporal. Foram analisadas quatro equações que calculam o percentual de gordura por meio da densidade corporal: Rathburn & Pace (1945), Keys & Brozek (1953), Siri (1961) e Brozek et al. (1963). Encontrou-se como resultado médio 7,73±2,80%; 6,49±2,12%; 6,93±2,50%; 9,45±2,31%, respectivamente. Através do teste “t” pareado não houve diferenças estatisticamente significativas. Apesar de não haver diferença sugere-se que seja utilizada a equação desenvolvida por Brozek et al. (1963) por possuir menor variabilidade para predizer o percentual de gordura em atletas profissionais de futebol

    Mudanças no consumo alimentar e atividade física de escolares de Florianópolis, SC, 2002 - 2007

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    OBJECTIVE: To assess changes in food consumption and physical activity levels in schoolchildren. METHODS: A study was conducted with a representative sample (n = 4,168) of schoolchildren aged between seven and ten years living in the city of Florianópolis, Southern Brazil. Food consumption and physical activity were assessed in two school-based studies in 2002 (n = 2,936; 51% boys; mean age = 8.5 years) and 2007 (n = 1,232; 50.7% boys; mean age = 8.6 years), using illustrated questionnaires. The chi-square test was used to assess changes in the consumption of eight foods/food groups, in terms of the recommendations of the Brazilian Food Guidelines and physical activity levels (assessed according to tertiles of distribution of score and type of transportation to school). Analyses were performed according to the type of school attended (private or public). RESULTS: There was a reduction in the proportion of schoolchildren who reported eating fruits, vegetables, beans, meat, snack foods, pizza, French fries and sodas. A higher proportion of private school children met the recommendations that restricted the consumption of sodas, pizza and French fries and promoted the consumption of fruits and vegetables, in both studies. On the other hand, a higher proportion of public school children met the recommendations of meat consumption in 2007. Median values of scores of physical activity decreased in 2007. In both years, private school children were more active. The proportion of schoolchildren who actively commuted to school decreased from 49% to 41% (p < 0.01). CONCLUSIONS: There was a reduction in the consumption of markers of a healthy diet (beans, meat/fish, fruits and vegetables) and high-energy and low-nutrient foods (sodas, snack foods and pizza/French fries). In addition, there was a decrease in the proportion of schoolchildren who reported actively commuting to school.OBJETIVO: Evaluar el cambio en cinco años de consumo alimentario y nivel de actividad física en escolares. MÉTODOS: Estudio con muestra representativa (n=4.168) de escolares de siete a diez años de Florianópolis, Sur de Brasil. Medidas de consumo alimentario y actividad física fueron realizadas en dos estudios de base escolar en 2002 (n=2.936; 51% niños; edad promedio = 8,5 años) y 2007 (n=1.232; 50,7% niños; edad promedio = 8,6 años), utilizando cuestionarios ilustrados. La prueba de Chi-cuadrado fue utilizada para evaluar el cambio en el consumo de ocho alimentos/grupos de alimentos, atendiendo las recomendaciones de la Guía Alimentaria para la Población Brasileña y en el nivel de actividad física (evaluado según los tercios de distribución del escore y el tipo de transporte a la escuela). Los análisis fueron realizados según la red de enseñanza. RESULTADOS: Hubo reducción de la proporción de niños que mencionó el consumo de frutas, verduras y legumbres, granos, carnes, golosinas, pizza, papa frita y gaseosas. Mayor proporción de escolares de la red privada atendió las recomendaciones de restricción de consumo de gaseosas, pizzas y papa frita y de mayor consumo de frutas, verduras y legumbres, en ambos estudios. Por otro lado, mayor proporción de escolares de la red pública atendió las recomendaciones para el consumo de carnes en 2007. Los valores medianos del escore de actividad física disminuyeron en 2007. En ambos años escolares de la red privada fueron más activos. La proporción de escolares que se trasladó activamente a la escuela redujo de 49% a 41% (p < 0,01). CONCLUSIONES: Hubo reducción en el consumo de alimentos marcadores de dieta saludable (granos, carnes/pescado, frutas, legumbres y verduras) y de alimentos de alta densidad energética y bajo valor nutricional (gaseosas, golosinas y pizza/papas fritas). También hubo disminución en la proporción de escolares que mencionaron traslado activo a la escuela.OBJETIVO: Avaliar a mudança em cinco anos do consumo alimentar e nível de atividade física em escolares. MÉTODOS: Estudo com amostra representativa (n = 4.168) de escolares de sete a dez anos de idade de Florianópolis, SC. Medidas do consumo alimentar e atividade física foram realizadas em dois estudos de base escolar em 2002 (n = 2.936; 51% meninos; idade média = 8,5 anos) e 2007 (n = 1.232; 50,7% meninos; idade média = 8,6 anos), utilizando questionários ilustrados. O teste do qui-quadrado foi utilizado para avaliar a mudança no consumo de oito alimentos/grupos de alimentos, no atendimento às recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira e no nível de atividade física (avaliado segundo os terços de distribuição do escore e o tipo de deslocamento para a escola). As análises foram realizadas segundo a rede de ensino. RESULTADOS: Houve redução da proporção de crianças que relatou o consumo de frutas, verduras e legumes, feijão, carnes, guloseimas, pizza, batata frita e refrigerantes. Maior proporção de escolares da rede privada atendeu às recomendações de restrição de consumo de refrigerantes, pizzas e batata frita, e de maior consumo de frutas, verduras e legumes, em ambos os estudos. Por outro lado, maior proporção de escolares da rede pública atendeu às recomendações para o consumo de carnes em 2007. Os valores medianos do escore de atividade física diminuíram em 2007. Em ambos os anos escolares da rede privada foram mais ativos. A proporção de escolares que se deslocou ativamente para a escola reduziu de 49% para 41% (p < 0,01). CONCLUSÕES: Houve redução no consumo de alimentos marcadores de dieta saudável (feijão, carnes/peixes, frutas, legumes e verduras) e de alimentos de alta densidade energética e baixo valor nutricional (refrigerantes, guloseimas e pizza/batatas fritas). Também houve decréscimo da proporção de escolares que relataram deslocamento ativo para a escola

    Atividade física e crianças

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    Devido às diversas variáveis que influenciam a atividade física em crianças, tem-se como objetivo neste estudo revisar na literatura a relação da atividade física com a idade, gênero e raça/etnia em crianças. Foi utilizada a base de dados do PubMed do ano de 1998 ate 2005, onde foram cruzadas as palavras chaves children, physical activity, race, ethnicity, sex and age. Fica claro que com o avançar da idade existe uma tendência a um declínio das atividades físicas, especialmente nas meninas, e que parece existir um ponto critico, sendo este na idade de 15 anos. Os meninos realizam atividades físicas moderadas-vigorosas e vigorosas em maior quantidade que as meninas, salientando as diferenças entre os gêneros, mas mesmos nestes ocorrem um declínio com o passar da idade. A raça/etnia tem forte influencia nos níveis de atividade física das crianças, podendo ser conseqüência da cultura particular de cada uma
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