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    QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE KIWI EM ATMOSFERA MODIFICADA

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    O kiwi (Actinidia deliciosa), é um fruto da família Actinidiaceae, de origem chinesa e característico de clima temperado. No Brasil, a colheita ocorre entre os meses de abril a maio e após este período há falta do produto no mercado, decorrente da baixa produção brasileira e reduzido tempo de conservação. A região Sul do Brasil concentra a maior produção do fruto, principalmente da cultivar Bruno, por apresentar baixa necessidade de horas de frio. Para aumentar o tempo de oferta do produto no mercado, o controle das condições de armazenamento é crucial para garantir a qualidade do fruto e aumentar a vida útil na prateleira. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do armazenamento em diferentes atmosferas modificadas na qualidade dos frutos de kiwi da cultivar Bruno. O experimento foi realizado no laboratório de Fisiologia Vegetal e Pós-colheita do IFC – campus Rio do Sul no ano de 2022. O experimento foi inteiramente casualizado com cinco tratamentos e três repetições, cada repetição composta por três frutos, totalizando 45 frutos. Os frutos foram colhidos no mês de maio, ainda com textura firme e submetidos aos tratamentos: T1 – colheita (testemunha); T2 – armazenamento sem atmosfera modificada; T3 - armazenamento em saco plástico transparente; T4 – armazenamento em saco de papel pardo; T5 - armazenamento em saco plástico transparente + saco de papel pardo. Todos os tratamentos foram armazenados em temperatura ambiente (17±3°C e 55±5% UR).  Ao final do armazenamento foram avaliados nos frutos: dias até chegar ao ponto de consumo (caracterizado pela perda de firmeza dos frutos), perda de massa fresca, pH, sólidos solúveis totais (SS; %), acidez titulável total (AT; %) e a relação SS/AT. Os frutos armazenados em saco de papel pardo apresentaram as maiores perdas de massa fresca, com 50,5% em relação a colheita, enquanto os armazenados somente em saco plástico transparente as menores, com 26,9%. Todos os frutos ficaram armazenados por 35 dias, sem diferença entre os tratamentos. O resultado foi atribuído as baixas temperaturas ocorridas no período do experimento, estendendo o tempo de armazenando dos frutos. Houve aumento nos valores de SS dos frutos em todos os tratamentos quando comparados a colheita, variando de 7,6% na colheita a 13,1% no armazenamento em saco de papel. Os valores de AT, pH e relação SS/AT não apresentaram diferenças entre os tratamentos com valores médios de 0,27%, 3,5 e 44,9, respectivamente. Os resultados indicam que o armazenamento em atmosfera modificada nas condições do experimento não influenciou as características químicas dos frutos, porém a utilização de saco plástico reduziu a perda de massa fresca

    DIVERSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO RURAL COM O CULTIVO DE FLORES DE CORTE NA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ, SC

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    A floricultura brasileira se caracteriza como um dos mais promissores segmentos da horticultura, gerando grande contingente de empregos e alta rentabilidade por área. A base produtiva da floricultura brasileira é o cultivo em pequenas áreas, contribuído fortemente no desenvolvimento de pequenas propriedades rurais. Neste contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade das hastes florais de três flores de corte (sete cultivares de gladíolo, duas de statice e uma de girassol) na região do Alto Vale do Itajaí, SC e divulgar para a comunidade acadêmica e geral as ações de pesquisa e extensão realizados. Os trabalhos foram realizados em cinco propriedades rurais da região do Alto Vale do Itajaí, sendo quatro com girassol e uma com statice e gladíolo. Nas propriedades foram realizados a implantação, acompanhamento e avaliação do cultivo das flores. O experimento foi conduzido no segundo semestre de 2021 para gladíolo e statice e primeiro de 2022 para o girassol. Nas flores foram avaliados os atributos de comprimento e diâmetro total das hastes, além do número de perfilhos e corimbos por haste em statice. Também foi realizado um seminário virtual para divulgação dos resultados à comunidade. Todas as cultivares de gladíolo apresentaram hastes de padrão comercial com comprimento e diâmetro médio de 110 cm e 0,8 cm, respectivamente. O girassol apresentou boa adaptação em todos os quatro municípios avaliados com comprimento e diâmetro da haste superior a 1,25 m e 1,08 cm, respectivamente, conferindo excelente qualidade comercial. A cultivar de statice QIS Yellow apresentou maior comprimento de haste (56,22 cm) e número de perfilhos por hastes (4,01), enquanto a QIS Purple apresentou maior diâmetro de haste (5,3 mm). O seminário foi intitulado: “Flores de corte – renda e diversificação na produção rural” e foi totalmente online com transmissão ao vivo pelo canal do PET Agroecologia no YouTube. No evento foram apresentadas palestras sobre as três flores de corte e os principais resultados das pesquisas realizadas, além do relato de experiência do cultivo destas espécies por uma das produtoras rurais acompanhadas durante os trabalhos de pesquisa on farm. Na transmissão teve-se a presença de estudantes da instituição dos cursos de agronomia, técnico em agroecologia e agropecuária, docentes, técnicos da área, produtores rurais, além da comunidade em geral, totalizando 603 visualizações. Toda organização, apresentação, divulgação e transmissão do evento foi realizado pelos estudantes do curso de Agronomia e do grupo PET Agroecologia Rural Sustentável. O evento exigiu dos estudantes e demais envolvidos desenvolver habilidades de organização, simplificação da informação, uma vez que tempo utilizado para este tipo de evento é reduzido. Permitiu aos estudantes e a instituição a prática da extensão, por meio da inovação, junto à comunidade. Além disso, os resultados indicam que é possível o cultivo de statice, girassol e gladíolo de corte com produção de hastes com qualidade comercial na região do Alto Vale do Itajaí, sendo uma alternativa viável, especialmente aos pequenos produtores rurais.Suporte financeiro Ed. 12/2021/IFC - Campus Rio do Sul
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