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    Influência das manobras de recrutamento alveolar na melhora da mecânica ventilatória em pacientes obesos submetidos a cirurgia bariátrica / Influence of alveolar recruitment maneuvers in improving ventilatory mechanics in obese patients submitted to bariatric surgery

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    Introdução: A obesidade é um grave problema de saúde e uma alternativa para seu tratamento é a cirurgia bariátrica, que demanda anestesia geral, durante a qual são frequentes complicações pulmonares como a atelectasia. As manobras de recrutamento alveolar (MRA) são processos dinâmicos de aumento transitório da pressão pulmonar, utilizadas para recuperar alvéolos atelectasiados, aumentando a área pulmonar disponível para a troca gasosa e melhorando a oxigenação arterial. Objetivo: Realizar revisão sistemática para analisar as MRA na melhora da mecânica ventilatória em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica. Método: Utilizando os unitermos “obesity”, “PEEP”, “recruitment maneuvers” e “bariatric surgery”, com operador booleano ‘’AND’’, encontraram-se 15 artigos, sendo incluídos os quatro que preencheram os critérios de inclusão: ensaios clínicos randomizados, entre 2009-2020, nas línguas portuguesa, inglesa ou francesa das plataformas PUBMED e BVS. Revisão de literatura: Ao total, os artigos analisaram 2142 pacientes, entre 18-65 anos e IMC > 30kg/m², submetidos à cirurgia bariátrica laparoscópica e aberta. Wei utilizou MRA com incrementos graduais de PEEP em um grupo e MRA com PEEP de 8 cmH2O em outro, observando otimização da oxigenação arterial, tempo para extubação e redução da driving pressure nestes grupos comparado ao controle.  Souza, utilizando estratégia semelhante, descreveu melhor PaO2/FiO2 no grupo com PEEP de 30 cmH2O com dois minutos de manobra. Valenza utilizou a posição cadeira de praia e PEEP de 10 cmH2O com as MRA, observando em ambas neutralização semelhante das principais perturbações da anestesia. Por fim, Tafer utilizou MRA e PEEP de 10 cmH2O em um grupo e  no outro apenas PEEP, observando melhora da mecânica ventilatória no primeiro, porém como efeito transitório. Conclusão: As abordagens utilizando MRA com níveis mais altos de PEEP, assim como a posição cadeira de praia, foram eficazes em prevenir atelectasia, melhorar oxigenação e mecânica ventilatória em pacientes obesos submetidos à cirurgia bariátrica. 

    Anestesia livre de opióides e melhor status pós-operatório em colecistectomias laparoscópicas: Uma revisão sistemática / Opioid-free anesthesia and better postoperative status in laparoscopic cholecystectomies: A systematic review

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    Introdução: A anestesia opiod-free (OFA) é a prática anestésica sem o uso de opioides intraoperatórios, feita através de uma abordagem multimodal que resulta em anestesia satisfatória e uma melhor recuperação sem os danos amplamente conhecidos relacionados aos opióides. Contudo, essa técnica ainda precisa ser avaliada em diversos contextos cirúrgicos. Objetivo: Esta revisão sistemática teve como objetivo comparar abordagens de anestesia geral livre de opioides e anestesia com opióides e sua eficácia sobre variáveis de recuperação pós-operatória de colecistectomias laparoscópicas eletivas. Método: Utilizando os unitermos “opioid free anesthesia”, “nonopioid” e “laparoscopic cholecystectomy”, com o operador booleano ?AND?, foram encontrados 752 artigos nas bases de dados PubMed, Scielo, Cochrane, NBCI e Google Scholar. Os critérios de inclusão eram ensaios clínicos que avaliaram parâmetros de recuperação no pós-operatório de colecistectomias laparoscópicas eletivas como náuseas e vômitos, dor pós-operatória e necessidade de opioides de resgate, dentro do intervalo de 2015 a 2020. Ao final, 6 estudos atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. Revisão de literatura: Bakan (2015), utilizando anestesia venosa total, concluiu que o grupo OFA apresentou menor consumo de fentanil no pós-operatório, e nenhum paciente precisou de ondansetrona para Náusea e Vômito no Pós-operatório (NVPO). Shalaby (2018), Elsayea (2019), Toleska (2019), Abdelmoniem (2020) e Ahmed (2020), utilizando abordagens balanceadas, encontraram resultados concordantes entre si. Quatro estudos mostraram menor necessidade de antieméticos para NVPO e todos concluíram que a anestesia sem opióides fornece melhor controle da dor e menor necessidade de opióides no pós-operatório, sem efeitos adversos significativos em comparação com os grupos baseados em opióides. Conclusão: A anestesia sem opióides foi superior à baseada em opioides em relação aos parâmetros analisados na recuperação de pacientes submetidos a colecistectomias laparoscópicas eletivas, promovendo melhor analgesia, menor necessidade de opioides, menor incidência de NVPO e, de acordo com os autores, sempre com estabilidade hemodinâmica
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