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Trigo exportação: alternativa para sustentabilidade da cultura do trigo no Rio Grande do Sul.
A cultura do trigo, historicamente, desempenhou papel importante na abertura de áreas para agricultura no Rio Grande do Sul (RS), contribuindo para o estabelecimento de cooperativas agrícolas, para a geração de emprego e renda no meio rural e, como ponto mais importante, para a produção de alimentos que, nesse caso específico, busca reduzir a dependência brasileira da importação desse cereal. Entretanto, uma série de fatores, envolvendo aspectos climáticos, tecnológicos, mercadológicos e de políticas públicas, tem desestimulado a cultura nos últimos anos e aumentado o risco de redução de área e de produção a níveis preocupantes. Nesse cenário, surge a oportunidade para o desenvolvimento de novas formas de produção e de modelos de negócio que ajudem a diversificar a utilização do trigo e a reverter o quadro atual. Nesse sentido, atualmente, existem opções para produção de trigo para compor sistemas de integração lavoura-pecuária (para silagem, para pastejo e para duplo propósito no pastejo e posterior produção de grãos) e para produção de grãos (trigo Melhorador, trigo Pão, trigo branqueador, trigo biscoito, trigo padrão exportação e trigo para ração animal). Muitas dessas opções já são exercitadas pelo setor produtivo em projetos especiais com sistemas de produção e com modelos de negócio específicos que podem agregar valor e/ou melhorar a liquidez do produto gerado. Outros necessitam de desenvolvimento de suas bases técnicas, logísticas e comerciais, além da apropriação pelo setor, para que sejam praticados em larga escala. Em especial, o desenvolvimento de trigo para exportação é uma alternativa importante que pode ser desenvolvida no Estado. A localização geográfica do RS, o excesso de produção em relação ao consumo local, a dificuldade de escoamento do excedente para regiões consumidoras do país e a interação genótipo x ambiente complexa, que dificulta a produção de trigo com alguns padrões de qualidade, justificam a busca por mercados externos
"Trigo padrão exportação": alternativa para sustentabilidade da cultura do trigo no Rio Grande do Sul.
O cultivo de trigo é a principal opção utilizada para produção de grãos no Rio Grande do Sul durante o inverno. Apesar da tradição no cultivo e grandes avanços realizados para melhorar a eficiência produtiva, a comercialização ainda apresenta questões a serem desenvolvidas. Uma delas diz respeito aos modelos de negócio e oportunidades de acesso a novos mercados tanto internos quanto no exterior. Nesse processo estão envolvidas questões da produção, da qualidade tecnológica, da segregação, da logística para escoamento da safra e das oportunidades em relação a preços. Na busca por diversificar as opções de produção e mercado, em atendimento demanda da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul Ltda (Fecoagro/RS), a Embrapa Trigo desenvolveu estratégia voltada à produção de trigo destinado para exportação. As bases tecnológicas foram pensadas para alta produção de trigo com rendimento de grãos elevado, ao menor custo possível utilizando a melhor tecnologia para cada realidade de produção e com a qualidade tecnológica com maior segurança de produção no RS e compatível com as exigências dos mercados pretendidos. Esse modelo, nos aspectos relacionados à produção, foi validado em conjunto com várias cooperativas do Rio Grande do Sul. A Embrapa Trigo tem a satisfação de compartilhar os principais resultados obtidos durante três safras agrícolas. Foram construídos a várias mãos, em meio real, nas principais regiões produtoras de trigo do Estado. Considera-se este um exemplo das possibilidades de trabalho conjunto entre setor público e privado. A Fecoagro/RS atenta as oportunidades para suas Cooperativas associadas e a Embrapa exercitando sua missão de viabilizar soluções para a sustentabilidade da agricultura, gerando alternativas que possibilitem às cooperativas encontrarem caminhos para a viabilização da triticultura no Estado. As bases técnicas, metodologia de validação e principais resultados dessa iniciativa foram apresentados e discutidos no âmbito da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale (Pires et al., 2019) e serão apresentados aqui para conhecimento e análise.bitstream/item/224502/1/Doc-189-o.pd