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Por uma Formação Matemática Orientada pela Prática Docente na Educação Básica
Currently, there is a considerable number of researches in the field of Mathematics Education that discuss, based on teaching practice, aspects of specific mathematical knowledge for teaching in Basic Education. Increasingly, these researches have represented a better understanding of the constitution of school mathematics and, as a consequence, provided greater clarity about a more appropriate mathematical education of the prospective teacher. However, teaching practice and research on this practice are still not a parameter for designing the mathematical education of teachers. What has prevented us from moving towards a practice-based mathematics teacher education program? This paper, a theoretical essay, aims to problematize some discourses on this issue, presenting reflections that point to how the mathematics present in current prospective teacher education programs in Brazil portrays a devalued view of the school teaching practice.
Atualmente, há um considerável número de pesquisas no âmbito da Educação Matemática que discutem, com base na prática docente, aspectos do conhecimento matemático específico para o ensino na Educação Básica. Cada vez mais, essas pesquisas têm representado uma maior compreensão sobre a constituição da matemática escolar e, por consequência, proporcionado maior clareza sobre uma formação matemática adequada ao futuro professor. Entretanto, nem sempre a prática docente e as pesquisas sobre essa prática têm sido valorizadas enquanto parâmetro para se pensar a formação matemática de futuros professores. O que tem nos impedido de caminhar na direção de uma formação com base na prática profissional do professor? O presente artigo, que se caracteriza como um ensaio teórico, visa problematizar alguns discursos e tecer reflexões que vão na direção de mostrar como uma desvalorização do professor da Educação Básica também pode ser retratada a partir da matemática presente na formação inicial desse professor
Prática como componente curricular: a análise de uma experiência com a disciplina "Funções Reais de Uma Variável Real"
Neste artigo, apresentamos uma experiência de trabalho com as atividades práticas como componente curricular em uma disciplina de “Funções Reais de uma Variável Real”, de um curso de licenciatura em Matemática e avaliamos os resultados obtidos, com o auxílio de um questionário respondido pelos estudantes. Concluímos que essas atividades possibilitaram aos estudantes conhecerem aspectos curriculares da matemática e relativas ao ensino de determinados conteúdos, que eles aprofundassem seus conhecimentos acerca do conteúdo em questão e permitiram que eles preparassem tarefas que facilitassem o aprendizado do conteúdo e antecipassem possíveis erros dos alunos. Entendemos, portanto, que o formato adotado para as atividades práticas favoreceu a formação profissional do professor, nos aspectos já destacados
A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA PROPORCIONANDO UMA DISCUSSÃO SOBRE CURRÍCULO NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES
Este artigo se propõe a analisar uma discussão, proporcionada pela Educação Matemática Crítica, a respeito de temas diversos, em especial sobre o currículo de matemática, a partir da transcrição do áudio gravado de uma aula (que chamamos de aula debate), ocorrida em uma disciplina do curso de Licenciatura em Matemática, do câmpus de Cornélio Procópio, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Nessa aula, oito licenciandos, mediados pela professora, refletem e debatem sobre a formação do sujeito enquanto cidadão crítico e autônomo e as funções da escola nesse contexto, sobre quais são os grupos representados nos currículos, sobre o significado de a escola ser para todos, sobre a formação inicial de professores de matemática, no que se refere à importância de discussões como essas para a futura prática profissional e à ausência desse tipo de debate em disciplinas de conteúdo matemático, bem como a preocupação com os professores em serviço, formados, na maioria das vezes, sem espaço para esse tipo de reflexão
Um ensaio teórico sobre saber mais matemática para ensinar
Este artigo trata-se de um ensaio teórico que tem por objetivo problematizar um discurso recorrente, tanto entre matemáticos como entre educadores matemáticos, de que o professor precisa saber mais matemática para exercer sua tarefa de ensinar matemática na Educação Básica. Evidenciamos, a partir de três pesquisas científicas e um texto de uma coluna de jornal, que, de fato, defender que o professor deve saber mais matemática, mesmo que não se explicite o que isso significa, é recorrente quando se fala em formação de professores. Fundamentados na diferenciação entre Matemática Escolar e Matemática Acadêmica, de Moreira e David (2010), tecemos algumas considerações acerca da formação matemática do professor e selecionamos um tema matemático, o conjunto dos números inteiros, para exemplificar e pautar nossas discussões. Nossa argumentação vai na direção de defender que a matemática a ser trabalhada na formação inicial deve estar conectada aos saberes que efetivamente são mobilizados na prática docente
ASPECTOS DE COLABORAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO CONHECIMENTO ESPECIALIZADO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA
In this paper, we aim to analyze the potential of a work with collaborative characteristics for the development/improvement of the specialized knowledge of the mathematics teacher to use fractions. The theoretical foundation assumed considers three characteristic aspects of a collaborative work - trust, dialogue and negotiation - and one of the subdomains of the theoretical framework of the so-called Mathematics Teachers’ Specialized Knowledge, the Knowledge of Topics subdomain. The data were obtained in a face-to-face meeting of a training process, which took place in 2019, with teachers who teach Mathematics in the early years of elementary school. It took two relevant episodes that took place while group members were discussing a math task. The results show that when a group of teachers performs a work that manifests aspects of collaboration, its members can expose their ways of thinking without fear of being wrong or not, enabling a rethinking about their Knowledge of Topics. This result allows us to demand about the need to investigate in greater depth the role of error in the learning of teachers or trainers.Neste artigo, temos por objetivo analisar potencialidades de um trabalho com características colaborativas para o desenvolvimento/aprimoramento do conhecimento especializado do professor de matemática para ensinar frações. A fundamentação teórica assumida considera três aspectos característicos de um trabalho colaborativo – confiança, diálogo e negociação – e um dos subdomínios do quadro teórico do chamado Conhecimento Especializado do Professor de Matemática, o subdomínio do Conhecimento dos Tópicos. Os dados foram produzidos em um encontro presencial de um processo formativo, ocorrido em 2019, com professoras que ensinam Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Foram analisados dois episódios relevantes que aconteceram enquanto os integrantes do grupo discutiam a respeito de uma tarefa matemática. Os resultados apontam que quando um grupo de professores desempenha um trabalho que manifesta aspectos da colaboração, seus integrantes podem expor suas formas de pensar sem medo de estarem errados ou não, possibilitando um repensar sobre seu Conhecimento dos Tópicos. Tal resultado nos permite concluir sobre a necessidade de se investigar com mais profundidade o papel do erro na aprendizagem dos professores ou dos professores formadores
Equações Diferenciais Ordinárias em cursos de Engenharia: um levantamento bibliográfico
This research aims to survey and analyze works (papers, dissertations and theses) that investigated the teaching and/or learning of Ordinary Differential Equations (ODE) in Engineering courses in Brazil. The survey was carried out using the Capes Catalog of Theses and Dissertations and in Qualis A1 and A2 journals in the Teaching area. From the search trigger and the defined filters, twelve works were raised. The analyzes were carried out based on the following aspects: the research objectives; the main theoretical foundations; the context in which the research was carried out; and the most commonly used ODE topics and mathematical models. From the analyses, we concluded that all studies focused on first-order ODE, mainly equations of separable variables. All researches have a practical part, that is, they all developed a sequence of activities in Engineering classes, showing an interventionist characteristic of these investigations in Higher Education, with Mathematical Modeling being the most used teaching approach.Esta pesquisa tem por objetivo levantar e analisar trabalhos (artigos, dissertações e teses) que investigaram o ensino e/ou a aprendizagem de Equações Diferenciais Ordinárias (EDO) em cursos de Engenharia no Brasil. O levantamento foi feito pelo Catálogo de Teses e Dissertações da Capes e em periódicos Qualis A1 e A2 da área de Ensino. A partir do disparador de busca e dos filtros definidos, foram levantados doze trabalhos. As análises foram realizadas com base nos seguintes aspectos: os objetivos das pesquisas; as principais fundamentações teóricas; o contexto em que foi realizada a pesquisa; e os tópicos de EDO focalizados e modelos matemáticos mais utilizados. Das análises, concluímos que todas as pesquisas focaram EDO de primeira ordem, principalmente as equações de variáveis separáveis. Todas as pesquisas possuem uma parte prática, isto é, todas elas desenvolveram uma sequência de atividades em turmas de Engenharia, mostrando uma característica intervencionista dessas investigações no Ensino Superior, sendo a Modelagem Matemática a abordagem de ensino mais utilizada
Desenvolvimento do conhecimento matemático para o ensino favorecido pelo trabalho colaborativo
Este artigo encontra-se disponível no seguinte link: https://ojs.ghemat-brasil.com.br/index.php/ACERVO/article/view/30O objetivo deste artigo é identificar que elementos emergentes de um processo formativo, que busca realizar um trabalho colaborativo, favorecem a constituição e o refinamento do conhecimento matemático de professoras que ensinam Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Para tanto, analisa um episódio ocorrido durante um encontro presencial do processo formativo em que as professoras participantes e os professores formadores debatem a respeito de uma tarefa matemática
envolvendo o tema fração. Nesse debate, diferentes subdomínios do Conhecimento Matemático para o Ensino foram manifestados pelas professoras e, por meio deles, foi possível elencar os elementos de um trabalho colaborativo capazes de favorecer a constituição e o refinamento do conhecimento matemático das professoras. Nossos resultados indicam que o compartilhamento de diferentes olhares sobre uma mesma situação, as divergências de ideias, os diferentes conhecimentos matemáticos dos envolvidos e a possibilidade dos integrantes se desafiarem são alguns desses elementos emergentes procurados
O ensino do corpo dos números racionais na Licenciatura em Matemática: explorando o processo de construção de um conjunto de tarefas
A preocupação em desenvolver produtos educacionais no contexto da Educação Matemática não precisa se restringir a programas de mestrados profissionais apenas, mas pode, também, se expandir a outros pesquisadores, como é o caso deste trabalho fruto de um doutorado acadêmico. Neste artigo, temos como objetivo apresentar e discutir o processo de construção de um produto educacional, um conjunto de tarefas, para o ensino do corpo dos números racionais em cursos de formação inicial de professores. A elaboração do produto educacional se deu com base em dados oriundos de livros didáticos, pesquisas acadêmicas e entrevistas com professores tanto da Educação Básica como professores formadores. Ao apresentar o processo de construção das tarefas, explicitando conflitos e comparações entre os modos de significar os números racionais na Matemática Escolar e os modos de significar os números racionais na Matemática Acadêmica, estamos propondo um modelo plausível para se repensar a formação matemática do professor