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LITERATURA, FILOSOFIA E HISTÓRIA NA “GUERRA JUGURTINA” DE SALÚSTIO
RESUMO: O ato da escrita em Salústio revela a necessidade de exercitar o espírito e “transmitir à posteridade os feitos dignos de memória” (SALÚSTIO, 1993, p. 66). Por isso, nele unem-se o historiador e o artista, além do filósofo: a influência grega em Roma naquela época fazia-se sentir tão intensamente que era comum nobres romanos serem educados por preceptores gregos. Nisto, literatura, filosofia e história convergem, porque não se compreendiam ainda separadas, na obra deste homem público tão importante em sua época para a política e a literatura romana. Busca-se estudar a arte, o espírito e a memória sintetizados na obra escolhida, pois tais áreas atravessam um discurso comum. Justifica-se a escolha da “Guerra Jugurtina” pelo fato de nela poder-se verificar elementos caracterizadores da literatura, filosofia e história. A metodologia utilizada foi a bibliográfica. Os trabalhos de Zélia de Almeida Cardoso, Luís Costa Lima, Laura Silveira e Jacyara Ribeiro Salengue serviram de base teórico-metodológica. Na cultura latina, a literatura nem sempre pode ser claramente discernida da filosofia nem da história. Eis porque se faz imprescindível uma abordagem interdisciplinar, especialmente no estudo da obra de um autor como Salústio, ele mesmo filósofo, político, homem de letras, historiógrafo latino