8 research outputs found

    Resultado precoce e tardio da anastomose íleoanal com reservatório ileal na retocolite ulcerativa

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    Ileal pouch-anal anastomosis was an important advancement in the treatment of ulcerative colitis. The aim of this study was to determine whether early complications of ileal pouch-anal anastomosis in patients with ulcerative colitis are associated with poor late functional results. PATIENTS AND METHODS: Eighty patients were operated on from 1986 to 2000, 62 patients with ileostomy and 18 without. The early and late complications were recorded. Specific emphasis has been placed on the incidence of pouchitis with prolonged follow-up. RESULTS: The ileostomy was closed an average of 9.2 months after the first operation. Fourteen patients were excluded from the long-term evaluation; 6 patients were lost to regular follow-up, 4 died, and 4 patients still have the ileostomy. Of the 4 patients that died, 1 died from surgical complications. Early complications after operation (41) occurred in 34 patients (42.5%). Late complications (29) occurred in 25 patients as follows: 16 had pouchitis, 3 associated with stenosis and 1 with sexual dysfunction; 5 had stenosis; and there was 1 case each of incisional hernia, ileoanal fistula, hepatic cancer, and endometriosis. Pouchitis occurred in 6 patients (9.8%) 1 year after ileal pouch-anal anastomosis, 9 (14.8%) after 3 years, 13 (21.3%) after 5 years, and 16 (26.2%) after more than 6 years. The mean daily stool frequency was 12 before and 5.8 after operation. One pouch was removed because of fistulas that appeared 2 years later. CONCLUSIONS: Ileal pouch-anal anastomosis is associated with a considerable number of early complications. There was no correlation between pouchitis and severe disease, operation with or without ileostomy, or early postoperative complications. The incidence of pouchitis was directly proportional to duration of time of follow-up.A anastomose íleo-anal com reservatório ileal foi um importante avanço no tratamento da retocolite ulcerativa. O objetivo deste trabalho foi determinar se os maus resultados funcionais tardios estariam relacionados às complicações precoces da anastomose íleo-anal com reservatório ileal em doentes com retocolite ulcerativa. MATERIAL E MÉTODO: Oitenta doentes foram operados entre 1986 e 2000, 60 com ileostomia de proteção e 18 sem. Os doentes foram avaliados quanto a incidência de complicações pós-operatórias precoces e tardias. Enfatizou-se a incidência de bolsite no pós-operatório prolongado. RESULTADO: A ileostomia foi fechada em média 9,2 meses após a primeira operação. Quatorze doentes foram excluídos da avaliação tardia: seis perderam o seguimento e quatro faleceram. Quatro doentes permanecem com a ileostomia. Trinta e quatro doentes (42,5%) apresentaram 41 complicações precoces. Vinte e cinco apresentaram 29 complicações tardias: 16 bolsites, três associadas a estenose e uma a disfunção erétil; cinco estenoses e uma de cada das seguintes: hérnia incisional, fístula íleoanal, câncer hepático e endometriose. Seis doentes apresentaram bolsite um ano após a anastomose íleoanal com reservatório ileal (9,8%), nove (14,8%) após três anos, 13 (21,3%), após cinco anos e 16 (26,2%) após seis anos.A freqüência diária média de evacuação era de 12 antes e de 5,8 após a operação.Um reservatório foi removido devido ao aparecimento de fístulas dois anos depois. CONCLUSÃO: A anastomose íleoanal com reservatório ileal está associada com número considerável de complicações. Não há correlação entre bolsite e doença grave, operação com ou sem ileostomia ou complicações pós-operatórias imediatas. A incidência de bolsite foi diretamente proporcional ao tempo de seguimento

    Preparo intestinal para colonoscopia: manitol vs fosfato de sódio. Resultados de estudo prospectivo e randomizado

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    MÉTODOS: Oitenta pacientes foram prospectivamente randomizados para receber 750 ml de manitol a 10% (M) ou 180 ml de solução à base de fosfato de sódio (FS), como preparo intestinal para colonoscopia eletiva. Todos os pacientes foram submetidos a avaliação laboratorial (hemoglobina, hematócrito, sódio, potássio, fósforo, cálcio e osmolaridade sérica) antes e depois do preparo. Completado o preparo intestinal, antes da realização do exame, os pacientes foram avaliados por questionário com a finalidade de identificar efeitos indesejáveis e tolerabilidade inerentes à solução empregada. A qualidade do preparo foi avaliada pelo colonoscopista, que desconhecia o tipo de solução empregada. RESULSTADOS: A análise bioquímica demonstrou elevação significativa dos níveis séricos de sódio e fósforo no grupo do FS, bem como uma queda mais acentuada do pótassio e cálcio séricos neste grupo, mas nenhuma destas alterações foi clinicamente sintomática. Não houve diferença significante na incidência de seis efeitos colaterais pesquisados. Seis de oito pacientes do grupo FS que em exame colonóscopico anterior haviam recebido manitol, manifestaram melhor tolerabilidade com a solução de FS. A qualidade do preparo foi considerada excelente ou boa em 85% dos casos preparados com FS e em 82,5% do grupo M (p=0.37). CONCLUSÃO: As duas soluções foram similares quanto à qualidade do preparo e incidência de efeitos colaterais. O menor volume necessário para o preparo com FS parece estar relacionado com uma melhor tolerabilidade desta solução. No entanto, a retenção dos íons sódio e fosfato com o uso da solução de FS torna desaconselhável seu emprego em pacientes com insuficiência renal, cirrose e insuficiência cardíaca.METHOD: Eighty patients were prospectively randomized for precolonoscopic cleansing either with 750 ml of 10% mannitol (Group M) or 180 ml of a sodium phosphate preparation (Group NaP). Laboratory examinations before and after preparation on all patients included hemoglobin, hematocrit, sodium, potassium, phosphorous, calcium and serum osmolarity. A questionnaire was used to assess undesirable side effects and patient tolerance to the solution. The quality of preparation was assessed by the endoscopist who was unaware of the solution employed. RESULTS: Statistically significant changes were verified in serum sodium, phosphorous, potassium and calcium between the two groups, but no clinical symptoms were observed. There were no significant differences in the frequency of side effects studied. Six of the eight patients in Group NaP who had taken mannitol for a previous colonoscopy claimed better acceptance of the sodium phosphate solution. The endoscopic-blinded trial reported excellent or good bowel preparation in 85% prepared with sodium phosphate versus 82.5% for mannitol (p=0.37). CONCLUSIONS: Quality of preparation and frequency of side effects was similar in the two solutions. The smaller volume of sodium phosphate necessary for preparation seems to be related to its favorable acceptance. Nevertheless, the retention of sodium and phosphate ions contraindicates the use of sodium phosphate in patients with renal failure, cirrhosis, ascites, and heart failure

    Pouchitis: Mainfestação extracolônica da retocolite ulcerativa?

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    A bolsite é a complicação mais freqüente da anastomose íleo-anal com reservatório realizada para o tratamento da retocolite ulcerativa. Há várias hipóteses para explicá-la. Entre elas, focalizamos a que a considera como manifestação extracolônica da retocolite ulcerativa. O propósito deste estudo foi o de investigar a associação entre bolsite e manifestações extra-intestinais que são freqüentes nestes doentes. Sessenta doentes foram submetidos a colectomia com anastomose íleo-anal e reservatório em J de setembro/84 a dezembro/98. A bolsite foi definida por critérios clínicos, endoscópicos e histológicos. Foram estudadas as seguintes manifestações extra-intestinais: articulares, cutâneas, hepatobiliares, oculares, genito-urinárias e retardo de crescimento. Treze doentes dos quais dez (76,9%) eram mulheres desenvolveram um ou mais episódios de bolsite. Doze doentes deste grupo (92,3%) apresentaram manifestação extra-intestinal, sendo quatro exclusivamente no período pré-operatório, dois exclusivamente no pós e seis tanto pré como pós operação (1,7 manifestação/doente). Vinte doentes (42,7%) dos 47 sem bolsite não apresentaram nenhuma manifestação extra-intestinal. No grupo sem bolsite, 25 eram mulheres (53,2%). A bolsite foi mais freqüente em mulheres, embora não estatisticamente significante. A presença de manifestação extra-intestinal aumenta o risco de bolsite. A bolsite está relacionada a manifestação extra-intestinal em 92,3% dos casos, corroborando a hipótese de que seria uma manifestação extracolônica da retocolite ulcerativa.Pouchitis is the most frequent complication of ileal pouch-anal anastomosis for treatment of ulcerative colitis. There are several possible explanations. Among them, we focus on the one that considers pouchitis as an extracolonic manifestation of ulcerative colitis. The aim of this study was to investigate the association between pouchitis and extra-intestinal manifestations (EIM), which are frequent in these patients. Sixty patients underwent restorative proctocolectomy with an ileal J pouch (IPAA) from September 1984 to December 1998. Pouchitis was defined by clinical, endoscopic, and histologic criteria. The following extra-intestinal manifestations were studied: articular, cutaneous, hepatobiliary, ocular, genitourinary, and growth failure. Thirteen patients, of which 10 were female (76.9%), developed one or more episodes of pouchitis. Twelve patients of this group (92.3%) presented some kind of extra-intestinal manifestation, 4 pre-operatively (exclusively), 2 post-operatively (exclusively), and 6 both pre- and post-operatively (1.7 per patient). Twenty patients (42.7%) of the 47 without pouchitis did not present extra-intestinal manifestations; 10/35 (28.5%) of females had pouchitis, compared to 3/35 (12.0%) of men. Pouchitis was more frequent among females, though not statistically significant. EIM increases the risk of pouchitis. Pouchitis is related to EIM in 92.3 % of cases, corroborating the hypothesis that it could be an extracolonic manifestation of ulcerative colitis
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