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Avaliação da expressão das metaloproteinases de matriz -1, -2 e -9, presença de miofibroblastos e Ki-67 no tumor odontogênico ceratocístico
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Odontologia.O tumor odontogênico ceratocístico (TOC) é uma neoplasia odontogênica benigna de origem epitelial, de evolução lenta, o qual apresenta crescimento infiltrativo e elevado índice de recidiva após tratamento conservador, podendo ainda estar associado à síndrome do carcinoma nevoide de células basais (SCNCB). O objetivo deste estudo foi contribuir para um melhor entendimento sobre o crescimento infiltrativo do TOC, por meio da avaliação de proteínas envolvidas no processo de proliferação das células neoplásicas e na interação parênquima/estroma. A atividade proliferativa foi avaliada utilizando-se o antígeno de proliferação celular Ki-67. A interação entre parênquima/estroma foi avaliada: 1) pela produção de metaloproteinases de matriz (MMP-1, MMP-2 e MMP-9) no parênquima e estroma e 2) pela presença de miofibroblastos (MF), através da expressão de ?-actina de músculo liso no estroma. Os casos submetidos à técnica de imuno-histoquímica pelo método streptavidina-biotina-peroxidase foram classificados em: G1, 11 casos de TOC isolados; G2, 12 casos de TOC associados à SCNCB e G3, 6 casos de folículos pericoronários livres de inflamação (grupo controle). A análise e quantificação das reações foram obtidas com auxílio do programa NIH ImageJ. Foi realizada avaliação estatística para comparação da expressão proteica entre os grupos em estudo. Também foi realizada a correlação de Spearman, nos casos de TOC, para avaliar a existência de correlação entre os marcadores. Diferença estatística foi observada entre o grupo controle (G3) e os casos de TOC (G1 e G2) para o antígeno Ki-67, e para a MMP-1 e MMP-9 no tecido conjuntivo. Foi observada uma correlação positiva entre a MMP-1 no epitélio e no conjuntivo, MMP-2 no epitélio e MMP-1 no conjuntivo, MMP-2 no epitélio e MMP-1 no conjuntivo, MMP-9 no epitélio e MMP-1 no conjuntivo, MMP-9 e MMP-2 no epitélio, Ki-67 e MMP-1 no epitélio, MF e MMP-1 no epitélio. Concluiu-se que o aumento da atividade proliferativa no TOC está associado a um aumento da produção da MMP-1 no epitélio, o que pode influenciar no crescimento da lesão, associado ao aumento de miofibroblastos no tecido conjuntivo. A associação entre as MMPs indica a interação existente entre essas MMPs, pois a MMP-1 realiza a ativação da MMP-2 que por sua vez realiza a ativação da MMP-9.The Keratocystic odontogenic tumor (KCOT) is a benign neoplasia of odontogenic epithelial origin. Despite its slow evolution, it shows infiltrative growth and a high recurrence index after conservative treatment. It can be associated with the naevoid basal cell carcinoma syndrome (NBCCS). The aim of this study was to provide a better understanding of the infiltrative growth of KCOTs. This was attempted by evaluating the proliferative activity of neoplastic cells and by evaluating the interaction between parenchyma and stroma. The proliferative activity was assessed by analyzing the nuclear antigen Ki-67. The interaction between parenchyma and stroma was assessed by analyzing the following: 1) the production of matrix metalloproteinase (MMP-1, MMP-2, MMP-9) in the parenchyma and stroma and 2) the presence of myofibroblasts (MF) in the stroma, via the expression of á-smooth-muscle actin. All samples were processed using the streptavidinbiotin-peroxidase immunohistochemical technique and were classified as: G1, 11 cases of isolated KCOT; G2, 12 cases of KCOT associated with NBCCS, and G3, 6 cases of pericoronal follicles without inflammation (control group). Reaction analysis and quantification was performed with the software NIH ImageJ. Protein markers from the study groups were compared using statistical techniques. The correlation between the protein markers in KCOT cases were evaluated using the Spearman correlation test. The control group (G3) and the KCOT cases (G1 and G2) presented statistical differences in relation to the Ki-67 antigen and to the MMP-1 and MMP-9 in the stroma. A positive correlation was observed between the following markers: MMP-1 (in the) stroma and parenchyma; MMP-2 parenchyma and MMP-1 stroma; MMP-2 parenchyma and MMP-1 stroma; MMP-9 parenchyma and MMP-1 stroma; MMP-9 and MMP-2 parenchyma; Ki-67 antigen and MMP-1 parenchyma; and MF and MMP-1 parenchyma. The results obtained lead us to conclude that increased proliferative activity in the KCOT is associated with the increase of MMP-1 production in the parenchyma, which, linked with an increase of MF, may influence the growth of the lesion. The association observed between MMPs indicates real interaction between them, due to chain activation from MMP-1 to MMP-9
AVALIAÇÃO DA AÇÃO DE FITOTERÁPICOS NA CICATRIZAÇÃO DE ÚLCERAS BUCAIS INDUZIDAS EM RATOS WISTAR
uso de fitoterápicos, como a copaíba e a romã, tem sido aplicado no tratamento de diversas patologias. Estas duas plantas apresentam potencial anti-inflamatório e cicatrizante, com isso podem contribuir para o tratamento de lesões ulceradas na mucosa oral, nas quais ocorre a perda do tecido epitelial expondo o tecido conjuntivo, gerando desconforto e sintomatologia dolorosa ao paciente. Este estudo teve como objetivo avaliar a ação da copaíba e da romã, na inflamação e na cicatrização das úlceras desenvolvidas nas línguas dos ratos Wistar. As úlceras foram provocadas por meio de queimaduras com dispositivo metálico aquecido. Os animais foram divididos em 3 grupos: controle, copaíba e romã. O tratamento consistiu em aplicação tópica de pomada a base do fitoterápico, durante 5 dias nas lesões. Os animais foram sacrificados nos dias 3, 7 e 14, a lesão foi removida da língua e confeccionadas lâminas histológicas para avalição microscópica. Com o uso da copaíba, houve menos casos de inflamação intensa se comparado com o controle, e 20% apresentou cicatrização com 7 dias. A romã não apresentou inflamação intensa, houveram menos casos de inflamação aguda com 3 dias e, aos 14 dias, 80% das lesões estavam cicatrizadas e 20% apresentavam atrofia epitelial. De modo geral, se obteve uma tendência na alteração do perfil inflamatório com o uso de fitoterápicos na forma tópica. Não foi observado alterações no grau de cicatrização das lesões bucais nos animais. É necessário realizar mais estudos sobre o assunto, bem como outras formas de aplicação de medicamentos fitoterápicos
Avaliação da ação de fitoterápicos na cicatrização de úlceras bucais induzidas em Ratos Wistar
O uso de fitoterápicos, substâncias extraídas de plantas com finalidade terapêutica, tem sido aplicado ao tratamento de diversas condições patológicas. A copaíba e a romã são plantas com potencial anti-inflamatório e cicatrizante, por isso podem contribuir para o tratamento de lesões ulceradas na mucosa oral, nas quais ocorre a perda do tecido epitelial expondo o tecido conjuntivo, o que gera desconforto e sintomatologia dolorosa ao paciente. O propósito com este trabalho foi avaliar a ação da copaíba e da romã na inflamação e na cicatrização das úlceras desenvolvidas nas línguas dos ratos Wistar. As úlceras foram provocadas por meio de queimaduras com dispositivo metálico aquecido. Os animais foram divididos em três grupos: controle, copaíba e romã. O primeiro grupo não recebeu tratamento, enquanto os outros dois foram tratados com copaíba e romã. O tratamento consistiu em aplicação tópica de pomada à base do fitoterápico nas lesões durante cinco dias. Os animais foram sacrificados nos dias 3, 7 e 14; a lesão foi removida da língua e foram confeccionadas lâminas histológicas para avalição microscópica. Com o uso da copaíba, houve menos casos de inflamação intensa se comparado ao controle, e 20% apresentaram cicatrização com sete dias. A romã apresentou inflamação intensa, houve menos casos de inflamação aguda com três dias, e aos 14 dias, 80% das lesões estavam cicatrizadas e 20% apresentavam atrofia epitelial. De modo geral, a copaíba exibiu aceleração no processo cicatricial, e a romã contribuiu para a redução da intensidade do processo inflamatório, diminuindo a sintomatologia dolorosa e também apresentou bons resultados na cicatrização. Não houve sucesso em 100% da amostra, por isso sugerem-se novos estudos associando o uso da forma sistêmica com a forma tópica e o aumento do número de aplicações ao dia.Palavras-chave: Cicatrização. Fitoterápicos. Úlceras bucais.
Manejo odontológico do paciente com osteonecrose associada ao uso de bisfosfonatos
Os bisfosfonatos (BFs) são fármacos utilizados na prevenção e no tratamento de doenças ósseas, em que há um intenso trabalho dos osteoclastos na reabsorção óssea. Como efeito adverso, tais fármacos podem interferir na angiogênese, por meio da inibição do fator de crescimento endotelial vascular, e desenvolver metástases ósseas nos ossos maxilares, sobretudo após exodontias. O objetivo com este trabalho foi descrever, a partir de uma revisão de literatura, as linhas de orientação a considerar durante o atendimento odontológico na abordagem de pacientes em tratamento com bisfosfonatos. Foram utilizados artigos das plataformas de pesquisa da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Scielo e Pubmed. A osteonecrose associada a bisfosfonatos (OABF) é uma condição clínica caracterizada por uma região com osso necrótico exposto, na área maxilofacial, que não cicatriza há mais de oito semanas, em pacientes que usam ou fizeram o uso de bisfosfonatos. A OABF possui três estágios: exposição e necrose óssea assintomática; exposição e necrose óssea com dor e infecção; e exposição de tecido ósseo necrótico, dor, infecção, fratura patológica, fístula extraoral e extensa osteólise. Durante todos os estágios é recomendado o uso de um colutório antibacteriano como a clorexidina 0,12%. A partir do segundo estágio, a utilização de antimicrobianos orais é necessária, além de fármacos para o controle da dor. Também poderá ser necessária a realização de desbridamento cirúrgico superficial para alívio da irritação dos tecidos moles. No terceiro estágio, além do desbridamento cirúrgico, a ressecção do osso exposto. Ainda não existem evidências científicas que sustentem a instalação de implantes dentários ou até mesmo um protocolo seguro. A OABF ainda é uma condição nova, a qual necessita de maiores estudos e protocolos de tratamento adequados. Palavras-chave: Osteonecrose associada a bisfosfonatos. Doenças maxilomandibulares. Osteonecrose dos maxilares
OSTEONECROSE ASSOCIADA AO USO DE BIFOSFONATOS
Os bisfosfonatos (BFs) são fármacos utilizados na prevenção e tratamento de doenças ósseas, onde há um intensa atividade dos osteclastos na reabsorção óssea. Como efeito adverso, tais fármacos podem interferir na angiogênese, por meio da inibição do fator de crescimento endotelial vascular, e desenvolver metástases ósseas nos ossos maxilares, sobretudo após exodontias. O objetivo deste trabalho é descrever, a partir de uma revisão de literatura as características clínicas da osteonecrose induzida por BFs, drogas mais suscetíveis ao aparecimento da doença, e bem como a conduta mais indicada para cada caso. Os BFs agem bloqueando a reabsorção óssea, promovendo inibição dos osteoclastos e osteoblastos, apoptose dos osteoclastos, bem como interferindo na angiogênese. O pamidronato e o zoledronato são os principais BFs responsáveis pelo processo de osteonecrose dos maxilares. Ocorre uma maior prevalência da osteonecrose na mandíbula, embora haja um envolvimento de ambos os maxilares. Os fatores de risco para a osteonecrose associada aos BFs incluem: idade avançada, uso de corticoides, drogas quimioterápicas, diabéticos, tabagismo, etilismo e deficiente higiene oral. A osteonecrose associada aos BFs possui 3 estágios: 1) exposição e necrose óssea assintomática; 2) exposição e necrose óssea com dor e infecção; 3) exposição de tecido ósseo necrótico, dor, infecção, fratura patológica, fístula extraoral e extensa osteólise. Antes de iniciar o tratamento com BFs, é interessante realizar uma adequação de meio bucal (eliminar todas as infecções) para prevenir uma futura abordagem invasiva. A osteonecrose associada aos BFs ainda é uma condição não totalmente conhecida, a qual ainda necessita maiores estudos e protocolos de tratamento adequados
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