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    Câncer Incidental de Vesícula Biliar: Recorte Estatístico em um Hospital Terciário em Fortaleza, CE, Brasil

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    Introdução: O adenocarcinoma da vesícula biliar é o tumor maligno mais comum das vias biliares, sendo descoberto às vezes incidentalmente após colecistectomia para doenças benignas da vesícula biliar. Objetivo: Determinar a prevalência e descrever aspectos epidemiológicos observados nos pacientes com diagnóstico de câncer incidental de vesícula biliar (CIVB) em colecistectomias realizadas entre 2015 e 2022 no Hospital Universitário Walter Cantídio. Método: Estudo do tipo transversal descritivo, com coleta retrospectiva de dados, em que foram incluídos todos os prontuários de pacientes submetidos à colecistectomia eletivas e não eletivas em um hospital público de alta complexidade em Fortaleza, entre janeiro de 2015 e dezembro de 2022. Os critérios de exclusão foram todos os pacientes que realizaram colecistectomia que apresentavam diagnóstico estabelecido ou presumido de neoplasia da vesícula biliar. Resultados: Durante o período do estudo, foram encontrados 1.707 pacientes submetidos à colecistectomia com diagnóstico de colelitíase ou colecistite. Nesse período, houve uma perda de 382 laudos anatomopatológicos, foram excluídos seis pacientes com diagnóstico prévio de neoplasia de vesícula biliar totalizando neste estudo 1.319 pacientes. Destes, nove (0,7%) foram incidentalmente diagnosticados como tendo adenocarcinoma de vesícula biliar após estudo anatomopatológico. Conclusão: Corroborando com a literatura mundial, a prevalência de CIVB neste estudo foi baixa e ocorreu mais frequentemente em pacientes do sexo feminino com mais idade do que aquelas acometidas pela doença benigna da via biliar.

    Ampulectomia transduodenal e a adaptação cirúrgica focada no paciente: Um relato de caso

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    Tumores da Ampola de Vater são entidades clínicas raras, em sua maioria adenocarcinomas, e em menor frequência do tipo neuroendócrino. O tratamento inclui ressecções endoscópicas e cirúrgicas, que podem ser extensas ou locais. Objetivo: Relatar um caso de Tumor Neuroendócrino de ampola em uma paciente idosa, que foi submetida a uma Ampulectomia Transduodenal. Relato: Paciente do sexo feminino, 83 anos, apresentou quadro de anorexia, icterícia progressiva, colúria e acolia fecal. Ecoendoscopia evidenciou lesão de 2,2 cm na ampola. Indicado o tratamento cirúrgico, no qual optou-se pela Ampulectomia Transduodenal. Após biópsia da peça cirúrgica, o estudo imunohistoquímico indicou Tumor Neuroendócrino grau III (Ki67 > 80%) Paciente evoluiu bem e foi seguida por 8 meses com relativa estabilidade clínica e sem complicações relativas ao tratamento cirúrgico ou a doença de base. Discussão: Os tumores neuroendócrinos correspondem a menos de 2% dos tumores da ampola. O tratamento mais indicado é a Duodenopancreatectomia, que promove um melhor controle locorregional e possibilita a obtenção de margens oncológicas, apesar de estar associado a complicações graves. Ressecções mais conservadoras como a endoscópica e a ampulectomia transduodenal estão associadas a menor morbimortalidade mas possuem a desvantagem do menor controle oncológico. Em pacientes bem selecionados, a Ampulectomia Transduodenal demonstrou taxas de sobrevida semelhantes à duodenopancreatectomia e com menor morbidade. Fatores associados à ausência de metástase linfonodal e obtenção de margem livre, incluindo tamanho, grau e diferenciação histológica, devem ser avaliados como preditores de sucesso terapêutico. Além disso, deve se considerar o status clínico na escolha. Conclusão: a ampulectomia transduodenal é uma opção que deve ser considerada no tratamento dos tumores da ampola, sendo particularmente eficaz em casos selecionados e em pacientes sem performance para duodenopancreatectomia
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