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    Efeito do tipo de carne da dieta sobre a função renal de pacientes com diabete melito tipo 2

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    A Nefropatia Diabética (ND) é a principal causa de insuficiência renal crônica terminal e está fortemente associada à morbidade e mortal idade cardiovascular. Os pacientes com Diabete Melito tipo 2 (DM2) constituem mais de 50% dos pacientes diabéticos com insuficiência renal crônica. Entre as medidas terapêuticas utilizadas na ND, recomenda-se a restrição protéica da dieta. A mudança do tipo de proteína consumida pode representar uma alternativa à dieta hipoprotéica para os pacientes com doença renal. O objetivo deste estudo foi analisar o efeito da substituição da carne vermelha pela carne de galinha sobre a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) e a Excreção Urinária de Albumina (EUA) em pacientes com DM2. Neste estudo randomizado e com cruzamento, foram estudados 29 pacientes com DM2 (8 mulheres, 21 homens; idade = 57,7 ± 9,3 anos): 14 normoalbuminúricos (EUA<20 11g/min), 12 microalbuminúricos (EUA ~ 20 e < 20011g/m in) e 3 macroalbuminúricos (EUA ~ 200 11g/min). As três dietas foram: dieta usual (DU), dieta de galinha (DG; substituição da carne vennelha por apenas carne de galinha) e dieta hipoprotéica (DH). As dietas prescritas foram isoenergéticas, com duração de 4 semanas cada uma e com intervalo ("wash-out") de 4 semanas entre elas. A DU e a DG foram normoprotéicas ( I ,2 - 1,5 g proteína/kg peso/dia) e a DH continha 0,5 - 0,8 g proteína/kg peso/dia. A avaliação da adesão às dietas foi feita quinzenalmente, através da estimativa da ingestão protéica pelo histórico al imentar e pela medida de uréia urinária em 24 horas. No final de cada dieta, foram realizadas avaliação clínica e do controle metabólico e as medidas da TFG (injeção única de 51 Cr-EOTA) e da EUA (imunoturbidimetria; kit SERA-PAK® immuno, Bayer Corporation). A análise estatística consistiu do teste ANOVA para medidas repetidas, seguido por teste de comparação múltipla (Student-Newman-Keuls) e, para as variáveis com distribuição não normal, do teste ANOV A de Friedman seguido por teste de comparação múltipla não paramétrica (OMS= diferença mínima significativa). Considerando todos os pacientes, a TFG após a OG (1 O I ,8 ± 23,6 ml/min/1 ,73 m2 ) e após a OH (93,7 ± 17,9 mllmin/ 1 ,73 m2 ) foram menores do que a TFG após a OU (I 08,5 ± 27,0 mllmin/1 ,73 m2 ) (p<0,05). A EUA nos pacientes micro- e macroalbuminúricos foi menor após a OG (mediana = 47,5 ~g/min) do que após a OH (mediana= 61,3 ~g/min) e a OU (mediana= 70,1 ~g/min ; p<0.05), sem diferença entre a OH e a OU. Os níveis de colesterol total foram menores após as OG (I 81 ± 45 mg/dl) e OH ( 184 ± 31 mg/d l) do que após a OU (207 ± 35 mg/dl) (p<0.05) nos pacientes micro- e macroalbuminúricos. Os controles glicêmico e pressórico não se alteraram durante as três dietas. Os índices nutricionais mantiveram-se também inalterados, exceto pela redução do peso corporal e índice de massa corporal após a dieta hipoprotéica. Em conclusão, uma dieta normoprotéica, com carne de galinha como única fonte de carne, foi capaz de reduzir a TFG, assim como a EUA nos pacientes com OM2 micro- e macroalbuminúricos. A dieta de galinha pode representar uma alternativa no manejo da ND.Diabetic nephropathy (DN) is a major cause of end-stage renal disease and is strongly associated with cardiovascular morbidity and mortality. Patients with type 2 diabetes mellitus (DM2) constitute over one half of the chronic renal insufficiency cases among diabetic patients. Dietary protein restriction is recommended to treat DN. Changing the type of dietary protein consumed might represent an altemative to low protein diet in diabetic patients with renal disease. The aim of this study was to assess the effect o f replacing red meat by chicken on the glomerular fi ltration rate (GFR) and on the urinary albumin excretion rate (UAER) in type 2 d iabetes mellitus (DM2) patients. A crossover randomized clinicai trial was carried out with 29 DM2 patie nts (8 females; age= 57.7 ± 9.3 years), including 14 normoalbuminuric (UAER < 20 ~g/min), 12 microalbuminuric (UAER 2: 20 ~g/min and < 200 ~g/min) and 3 macroalbuminuric (UAER 2: 200 ~g/min) patients. Patients followed, in a random order, their usual diet (UD), a chicken-based diet (CD) - red meat was replaced by chicken - anda low protein diet (LPD). These 4-week diets were isoenergetic, with a 4-week washout period . The protein content in UD and CO was in average 1.2-1.5 g/kg/day, whereas the protein content in LPD was 0.5-0.8 g protein/ kg/day. A 24-h urinary urea measurement and biweekly interviews confinned compliance with the diet. At the end of each diet, patients underwent a clinicai and metabolic control evaluation, as well as GFR CS 1Cr-EDTA single injection technique) and 24-h UAER measurements (immunoturbidimetry, Sera-Pak, Bayer). Statistical analysis consisted of ANOV A for repeated measurements followed by multiple companson test (Student-Newman-Keuls), and for variables without normal distribution, Friedman 's ANOV A fo llowed by non-parametric multiple comparison test. Considering ali patients, the GFR after CD (101.8 ± 23.6 ml/min/1 .73m2 ) and aft.er LPD (93.7 ± 17.9 mllmin/1.73m2 ) was lower than after UD(108.5 ± 27.0 ml/min/1.73m2 ; p<0.05). In micro- and macroalbuminuric patients, the UAER was lower after CD (median=47.5 J..Lg/min) than after LPD (median=61.3 J..Lg/min) and UD (median=70.l J..Lg/min; p<0.05), with no difference between LPD and UD. Still in micro- and macroalbuminuric patients, total cholesterol was lower after CD ( 181 ± 45 mg/dl) and after LPD (184 ± 31 mg/dl) than after UD (207 ± 35 mg/dl) (p<0,05). Metabolic control indexes and blood pressure leveis did not change after the three diets. Nutritional indexes were also unchanged, except for weight and body mass index reduction after LPD. In conclusion, a normoproteic diet with chicken as the only source of meat decreases the GFR and the UAER in DM2 patients with micro- and macroalbuminuria. CD may represent an altemative strategy for the management of diabetic nephropathy

    Proteinúria ainda é útil para triagem e diagnóstico de nefropatia diabética sintomática

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    OBJECTIVE: To assess the performance of urinary total protein measurements intimed 24-h urine collection and in a diurnal random urine specimen for the screeningand diagnosis of overt diabetic nephropathy.PATIENTS AND METHODS: A total of 167 diabetic patients (20 type 1 and 147 type2 diabetic patients; 78 women and 89 men), aged 20-84 years, collected 217 timed24-h urine specimens. Albumin was measured by immunoturbidimetry, total proteinby the sulfosalicylic acid technique, and creatinine by Jaffé’s method. According tothe timed 24-h urinary albumin excretion rate, samples were divided into three groups:normoalbuminuric (urinary albumin excretion rate &lt; 20 mg/min; n = 84),microalbuminuric (urinary albumin excretion rate 20-200 mg/min; n = 78), andmacroalbuminuric (urinary albumin excretion rate &gt; 200 mg/min; n = 55). Eight-sixpatients also collected 105 random urine specimens (normoalbuminuric, n = 47;microalbuminuric, n = 37; macroalbuminuric, n = 21), and urinary protein concentrationand urinary protein-to-creatinine ratio were measured. The receiver operatingcharacteristics curve approach was used to analyze the performance of the diagnostictests.RESULTS: Spearman’s coefficient of correlation of 24-h urinary albumin excretionrate versus 24-h urinary protein was 0.95 ( P &lt; 0.001), and of 24-h urinary albuminexcretion rate versus urinary protein concentration and urinary protein-to-creatinineratio were 0.77 and 0.72, respectively (P &lt; 0.001). The calculated areas (±SEM)under the receiver operating characteristics curve for the diagnosis of overt diabeticnephropathy were 0.9987 ± 0.001 for 24-h urinary protein, 0.9926 ± 0.006 for urinaryprotein concentration, and 0.9751 ± 0.014 for urinary protein-to-creatinine ratio. Inthe receiver operating characteristics curves, the first points with 100% sensivitywere 541 mg (95.7% specificity) for 24-h urinary protein, 431 mg/l (92.9% specificity)for urinary protein concentration, and 0.2 (76.2% specificity) for urinary protein-tocreatinine ratio.CONCLUSIONS: Measurements of proteinuria presented almost perfect accuracyfor the screening and diagnosis of overt diabetic nephropathy. Protein measurementin spot urine is a reliable and simple method for the screening and diagnosis of overtdiabetic nephropathy.OBJETIVO: Avaliar a utilização de medições de proteína urinária total em coletasurinárias de 24 horas e em amostras diurnas coletadas aleatoriamente para triageme diagnóstico de nefropatia diabética sintomática. PACIENTES E MÉTODOS: Foram coletadas 217 amostras de urina a cada 24 h deum total de 167 pacientes diabéticos (20 pacientes com diabetes tipo 1 e 147 comdiabetes tipo 2; 78 mulheres e 89 homens), com idade entre 20 e 84 anos. A albuminafoi medida por imunoturbidimetria, a proteína urinário total foi medida pela técnicado ácido sulfosalicílico e a creatinina, pelo método de Jaffe. As amostras foramdivididas em três grupos de acordo com a taxa de 24 h de excreção urinária dealbumina: normoalbuminúricos (taxa de excreção urinária de albumina &lt; 20 mg/min;n=84), microalbuminúricos (taxa de excreção urinária de albumina 20-200 mg/min;n=78), e macroalbuminúricos (taxa de excreção urinária de albumina &gt; 200 mg/min;n=55). Foram coletadas ainda 105 amostras aleatórias de urina de 86 pacientes(normoalbuminúricos, n=47; microalbuminúricos, n=37; macroalbuminúricos, n=21),das quais a concentração urinária de proteina e a relação proteína/creatinina urináriaforam obtidas. O método da curva de características operacionais do receptor foiutilizado para analisar o desempenho dos testes diagnósticos.RESULTADOS: O coeficiente de correlação de Spearman para a comparação entrea taxa de 24 h de excreção urinária de albumina e a proteina urinária de 24 h foi 0,95(P &lt; 0,001). O mesmo coeficiente, para a comparação da taxa de 24 h de excreçãourinária de albumina com a concentração urinária de proteina, assim como com arelação proteína/creatinina urinária foi 0,77 e 0,72, respectivamente (P &lt; 0,001). Asáreas calculadas (+ erro padrão) abaixo da curva de características operacionais doreceptor para o diagnóstico de nefropatia diabética sintomática foram: 0,9987 + 0,001para a proteina urinária de 24 h; 0,9926 + 0,006 para concentração urinária deproteína; e 0,9751 + 0,014 para a relação proteina/creatinina urinária. Nas curvasde características operacionais do receptor os primeiros pontos com 100% desensitividade foram: 541mg (95,7% de especificidade) para proteína urinária de 24h, 431 mg/l (92,9% de especificidade) para concentração urinária, e 0,2 (76,2% deespecificidade) para a relação proteína/creatinina urinária.CONCLUSÕES: As medidas de proteinuria foram extremamente eficazes na triageme no diagnóstico de nefropatia diabética sintomática. A medição de proteína urináriaé um método confiável e simples para a triagem e diagnóstico de nefropatia diabéticasintomátic

    Pé Diabético – Vasculopatia Periférica

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    Paciente de 71 anos com diagnóstico de diabete melito tipo 2 desde os 63 anos, hipertenso, ex-tabagista e portador de doença arterial periférica, realizou cirurgia de revascularização fêmoro-poplítea em membro inferior direito aos 41 anos. Portador de nefropatia diabética clínica e retinopatia diabética proliferativa avançada. Apresentou lesão necrótica, sem secreção purulenta, em pequena área do primeiro pododáctilo do pé direito, a qual evoluiu lentamente de tamanho até envolver completamente o pododáctilo, sem relação com lesão traumática local (Figura). Durante a investigação evidenciou-se estenose de 50% do enxerto vascular do paciente, com pulsos pedioso e tibial posterior impalpáveis. Foi realizada amputação supracondiliana do membro inferior direito

    Guidelines for the detection of diabetic nephropathy

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    A nefropatia diabética (ND) é uma complicação crônica grave do diabetes melito (DM); é a principal causa de insuficiência renal terminal. A ND é classificada em 3 estágios conforme a excreção urinária de albumina (EUA): normoalbuminúria (EUA 174 mg/l). Da fase de microalbuminúria pode ocorrer regressão para normoalbuminúria (30% casos) ou progressão para a macroalbuminúria, quando ocorre maior risco de evo- lução para a doença renal crônica (DRC) terminal. O diagnóstico da ND é realizado através da medida da albumina na urina e pela avaliação da taxa de filtração glomerular (TFG). Recomenda-se a medida da albumina em amostra isolada de urina (primeira da manhã ou amostra casual), podendo-se medir o índice albumina-creatinina ou a concentração de albumina. Valores elevados de albuminúria devem ser confirmados em pelo menos 2 de 3 coletas de urina, em um intervalo de 3 a 6 meses. Na impossibilidade da medida da albuminúria, a medida de proteínas totais (proteinúria @430 mg/l em amostra ou >500 mg/24 h), pode ser utilizada para diagnóstico de fases mais avançadas de ND. Em pacientes com DM tipo 2 o rastre- amento deve iniciar ao diagnóstico de DM, e nos pacientes com DM tipo 1 deve ser após os 10 anos de idade; logo após o início da puberdade; ou quando a duração do DM for >5 anos. Se negativo repetir anualmente; e, se positivo, recomenda-se a monitoração mais frequente da albumina urinária A estimativa da TFG é realizada através de fórmulas que empregam a creatinina sérica, ajustadas para idade, gênero e etnia. São recomendadas as equações do estudo Modification of Diet in Renal Disease (MDRD) e Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI). Deve ser levado em conta que, em pacientes com DM, essas equações tendem a subestimar a TFG. A ND deve ser identificada o mais precocemente pos- sível e para isto tanto os profissionais de saúde como os pacientes com DM devem ser enfaticamente conscientizados.Diabetic nephropathy (DN) is an important chronic complication of diabetes mellitus (DM) and is the leading cause of end- staage renal disease. DN is classified into stages according to the urinary albumin excretion (UAE): normoalbuminuria (UAE 174 mg/l. From microalbuminuria there might be regression to normoalbuminuria (30% cases) or progression to macroalbuminuria, in which case there is higher risk of progression to advanced chronic kidney disease (CKD). DN has a high cardiovascular morbidity and mortality rate that is possibly more significant than the progression to terminal CKD. DN diagnosis is established by the measurement of albumin in the urine and assessment of glomerular filtration rate (GFR). The measurement of albumin in an isolated urine sample (first morning urine or random sample) is recommended, with the possibility of measuring albumin-creatinine ratio or albumin concentration. High levels of albuminuria should be confirmed by at least 2 out of 3 urine samples within a time interval of 3 to 6 months. If albuminuria cannot be measured, total protein level (proteinuria @ 430 mg/l in a sample or > 500 mg/24 h) can be used to diagnose advanced stages of DN. In patients with type 2 DM, screening should start upon diagnosis of DM, and in patients with type 1 DM, it should be started after the patient turns 10 years old; soon after the onset of puberty; or when the duration of DM is >5 years In case of negative results, screening should be repeated annually and, if the result is posi- tive, more frequent monitoring of urinary albumin is recommended. GFR estimation is calculated using formulas that employ serum creatinine adjusted for age, gender, and ethnicity. Modification of Diet in Renal Disease (MDRD) study and CKD-EPI (Chronic Kidney Disease - Epidemiology Collaboration) equations are the recommended. In patients with DM, this equation shows a tendency to underestimate GFR. In conclusion, DN should be identified as early as possible and with that purpose both health professionals and patients with DM should be educated on that issue

    A curva de características operacionais do receptor na avaliação de amostra aleatória de urina como forma de triagem para nefropatia diabética

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    OBJECTIVE: To assess the performance of measurements of urinary albumin concentration and urinary albumin-to-creatinine ratio in diurnal random urine specimen for the screening of diabetic nephropathy. PATIENTS AND METHODS: A total of 95 ambulatory NIDDM patients (49 women, ages 40-75 years) collected 123 random urinary specimens during the morning after completing a timed 24-h urine collection. Albumin was measured by immunoturbidimetry. According to timed urinary albumin excretion rate measured in the 24-h collection (criterion standard), samples were classified as normoalbuminuric (urinary albumin excretion rate 200 mg/min; n = 25). The receiver operating characteristics curve approach was used. The receiver operating characteristics curves of urinary albumin concentration and urinary albumin-to-creatinine in random urine specimen for screening of microalbuminuria (normo- and microalbuminuric samples; n=98) and macroalbuminuria (micro- and macroalbuminuric samples; n=69) were plotted RESULTS: Spearman’s coefficients of correlation of 24-h urinary albumin excretion rate vs. urinary albumin concentration and urinary albumin-to-creatinine ratio were 0.91 and 0.92, respectively (P 0.05) as were the corresponding areas of microalbuminuria (0.9868 + 0.0094 and 0.9614 + 0.0241, respectively; P > 0.05). The first point with 100% sensitivity and the point of intersection with a 100%-to- 100% diagonal for microalbuminuria were as follows: 16.9 and 33.6 mg/l for urinary albumin concentration, and 15.0 and 26.8 mg/g for urinary albumin-to-creatinine ratio; for macroalbuminuria, 174.0 and 296.2 mg/l for urinary albumin concentration, and 116.0 and 334.3 mg/g for urinary albumin-to-creatinine ratio, respectively. CONCLUSIONS: Albumin measurements (urinary albumin concentration and urinary albumin-to-creatinine ratio) in a random urine specimen presented almost perfect accuracy for the screening of micro- and macroalbuminuria; urinary albumin concentration measured in a random urine specimen is simpler and less expensive than urinary albumin-to-creatinine ratio and urinary albumin excretion rate. It is suggested as a valid test for use in screening for diabetic nephropathy.OBJETIVO: Avaliar a aplicabilidade das medidas de concentração de albumina urinária e da relação entre albumina:creatinina urinária em amostras aleatórias diurnas de urina como método para a triagem de nefropatia diabética. PACIENTES E MÉTODOS: Foram coletadas 123 amostras aleatórias de urina de um total de 95 pacientes ambulatoriais DMDI (49 mulheres, idade 40-75 anos), durante a manhã, após o término da coleta de urina de 24h. A albumina foi medida por imunoturbidimetria. De acordo com a taxa de excreção urinária de albumina obtida na coleta de 24h (critério padrão), as amostras foram classificadas como normoalbuminúricas (taxa de excreção urinária de albumina 200 mg/min; n =25). O método da curva de características operacionais do receptor foi utilizado. Foram traçadas as curvas de características operacionais do receptor para a concentração urinária de albumina e para a relação albumina:creatinina urinária, a partir de amostras aleatórias de urina; estas curvas foram empregadas para a triagem de microalbuminuria (amostras normo e microalbuminúricas; n = 98) e para a triagem de macroalbuminúria (amostras micro e macroalbuminúricas; n = 69) RESULTADOS: Os coeficientes de correlação de Spearman para a taxa de excreção urinária de albumina de 24h vs. concentração urinária de albumina e vs. relação albumina:creatinina urinária foram 0,91 e 0,92, respectivamente (P 0,05). O primeiro ponto com sensibilidade de 100% e o ponto de intersecção com uma diagonal de 100%-a-100% para microalbuminuria foram os seguintes: 16,9 e 33,6 mg/l para a concentração urinária de albumina, e 15,0 e 26,8 mg/g para a relação albumina:creatinina urinária; para macroalbuminuria, 174,0 e 296,2 mg/l para a concentração urinária de albumina, e 116,0 e 334,3 mg/g para a relação albumina:creatinina urinária, respectivamente. CONCLUSÕES: As medidas de albumina (concentração urinária de albumina e relação albumina:creatinina uinária) feitas a partir de amostras aleatórias de urina indicaram uma precisão quase perfeita na triagem de micro e macroalbuminúria; medir a concentração urinária de albumina em amostras aleatórias de urina é mais simples e mais barato do que medir a relação albumina:creatinina urinária e a taxa de excreção urinária de albumina. Sugerese que o teste é válido para a triagem de nefropatia diabética

    Recomendações Atuais Para a Detecção da Nefropatia Diabética

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    A nefropatia diabética (ND) é uma importante complicação do diabetes melito (DM) e é a principal causa de insuficiência renal terminal. A ND é classificada em fases: normoalbuminúria, microalbuminúria e macroalbuminúria. Da fase de microalbuminúria, pode ocorrer regressão para a normoalbuminúria (30% casos) ou progressão para a macroalbuminúria, quando ocorre maior risco de evolução para a DRC terminal. A ND apresenta alta morbimortalidade CV que possivelmente seja mais significativa do que a evolução para a DRC terminal. O diagnóstico da ND é realizado através da medida da albumina na urina e pela avaliação da taxa de filtração glomerular (TFG). Recomenda-se a medida da albumina em amostra isolada de urina (primeira da manhã ou amostra casual), podendo-se medir o índice albumina-creatinina ou a concentração de albumina. Valores elevados de albuminúria devem ser confirmados em pelo menos 2 de 3 coletas de urina, em um intervalo de 3 a 6 meses. Na impossibilidade da medida da albuminúria, a medida de proteínas totais (proteinúria ≥430 mg/l em amostra ou >500 mg/24 h), pode ser utilizada para diagnóstico de fases mais avançadas de ND. Em pacientes com DM tipo 2 o rastreamento deve iniciar ao diagnóstico de DM, e nos pacientes com DM tipo 1 deve ser após os 10 anos de idade; logo após o início da puberdade; e quando a duração do DM for > 5 anos. Se negativo repetir anualmente; e, se positivo, recomenda-se a monitoração mais freqüente da albumina urinária. A estimativa da TFG é realizada através de fórmulas que empregam a creatinina sérica, ajustadas para idade, gênero e etnia. A equação CKD-EPI (Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration) parece ter melhor acurácia, sendo a equação de escolha. Em pacientes com DM seu desempenho pode ser limitado pela tendência a subestimar a TFG. Concluindo, a ND deve ser identificada o mais precocemente possível e para isto tanto os profissionais de saúde como os pacientes com DM devem ser enfaticamente conscientizados

    The 2021–2022 position of Brazilian Diabetes Society on diabetic kidney disease (DKD) management : an evidence-based guideline to clinical practice. Screening and treatment of hyperglycemia, arterial hypertension, and dyslipidemia in the patient with DKD

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    Background: Diabetic kidney disease is the leading cause of end-stage renal disease and is associated with increased morbidity and mortality. This review is an authorized literal translation of part of the Brazilian Diabetes Society (SBD) Guidelines 2021–2022. This evidence-based guideline provides guidance on the correct management of Diabetic Kidney Disease (DKD) in clinical practice. Methods: The methodology was published elsewhere in previous SBD guidelines and was approved by the internal institutional Steering Committee for publication. Briefly, the Brazilian Diabetes Society indicated 14 experts to constitute the Central Committee, designed to regulate methodology, review the manuscripts, and make judgments on degrees of recommendations and levels of evidence. SBD Renal Disease Department drafted the manuscript selecting key clinical questions to make a narrative review using MEDLINE via PubMed, with the best evidence available including high-quality clinical trials, metanalysis, and large observational studies related to DKD diagnosis and treatment, by using the MeSH terms [diabetes], [type 2 diabetes], [type 1 diabetes] and [chronic kidney disease]. Results: The extensive review of the literature made by the 14 members of the Central Committee defined 24 recommendations. Three levels of evidence were considered: A. Data from more than 1 randomized clinical trial or 1 metanalysis of randomized clinical trials with low heterogeneity ( I2 < 40%). B. Data from metanalysis, including large observational studies, a single randomized clinical trial, or a pre-specified subgroup analysis. C: Data from small or non-randomized studies, exploratory analyses, or consensus of expert opinion. The degree of recommendation was obtained based on a poll sent to the panelists, using the following criteria: Grade I: when more than 90% of agreement; Grade IIa 75–89% of agreement; IIb 50–74% of agreement, and III, when most of the panelist recommends against a defined treatment. Conclusions: To prevent or at least postpone the advanced stages of DKD with the associated cardiovascular complications, intensive glycemic and blood pressure control are required, as well as the use of renin–angiotensin–aldosterone system blocker agents such as ARB, ACEI, and MRA. Recently, SGLT2 inhibitors and GLP1 receptor agonists have been added to the therapeutic arsenal, with well-proven benefits regarding kidney protection and patients’ survival
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